Gol de Erviti aos 46 minutos do segundo tempo salva o Boca e dá ao superclássico a emoção habitual no Monumental de Nuñez
Eles se provocam, eles se odeiam, mas eles não vivem um sem o outro.
Passaram-se 532 dias até que River Plate e Boca Juniors pudessem se
reencontrar em um jogo oficial. E com a emoção habitual. Os millonarios,
de volta à primeira divisão, receberam o rival xeneize no Monumental de
Nuñez neste domingo e saborearam a vitória até os 46 minutos do segundo
tempo, quando Erviti, do Boca, empatou a partida por 2 a 2. Foi um jogo
com características habituais aos últimos encontros entre dois clubes
que já viveram fase melhor: feio, truncado, mas sempre empolgante.
As duas equipes foram a campo questionadas, com seus treinadores pressionados – até ameaçados de demissão. O River foi beneficiado por um gol logo na largada da partida, com Ponzio, e depois ampliou com Mora – o jogador mais produtivo da partida. Quando o Boca parecia morto, reagiu com um gol de pênalti de Santiago Silva, El Tanque. E depois empatou com Erviti.
O resultado não alivia a barra do técnico Matías Almeyda e evita que a bronca vá para cima do colega dele, Julio César Falcioni. O River, com o empate, sobe para 16 pontos, na nona colocação, ainda três abaixo do Boca, o quinto no Torneio Inicial.
Gol precoce
Boa parte das duas toneladas de papel picado arremessados ao campo pela torcida do River ainda estava voando rente ao gramado quando o time da casa pulou na frente. Para um jogo que tinha toda a pinta de que seria feio, truncado, de mais destruição do que criação, os millonarios encontraram um gol que valeu ouro, com um minuto e meio de partida. O lance foi um misto de mérito do River e falha do Boca.
Foi uma falta pela esquerda de campo, daquelas quase sem ângulo para uma cobrança direta, daquelas que quase obrigam o batedor a cruzar. Mas Ponzio sabe como lidar com uma bola parada. Ele mandou de perna direita, no primeiro poste. O goleiro Orión corria para um lado e teve que voltar para o outro. Acabou se atrapalhando com as próprias pernas. Quando foi encaixar a bola, ela passou ao lado dele. Enorme frango.
A câmera panorâmica da transmissão da TV argentina ricocheteava, tamanho o surto no Monumental de Nuñez. Muito cedo, o jogo parecia destinado a ser quente, agitado.
Mas a verdade é que quase nada aconteceu depois do gol no primeiro
tempo. O River manteve a supremacia em campo, aproveitando especialmente
as escapulidas do uruguaio Mora – e apesar da necessidade de duas
trocas com menos de 15 minutos: González Pirez no lugar de Funes Mori e
Rojas na vaga de Aguirre. O controle, porém, resultou em pouca ação
efetiva. Trezeguet até que tentou. Pegou uma sobra na área e emendou de
primeira, mas a bola desviou na zaga.
O Boca levou 34 minutos para chegar com algum perigo à área rival. Cabeceio de Viatri fez a torcida lembrar que o goleiro Barovero estava em campo. Pouco depois, Santiago Silva teve sua chance, mas bateu prensado na zaga.
A reação do Boca
O Boca ficou sem seu treinador no segundo tempo. Existe uma regra
curiosa na Argentina: se um time leva mais do que 15 minutos para
retornar do intervalo, o treinador é expulso. Foi o que aconteceu com
Julio César Falcioni. Enquato isso, a torcida local exibia um porco
inflável com a camisa do adversário - o bicho foi apelidado de Riquelme
durante a semana.
Apesar da ausência do comandante na beira do campo, o Boca melhorou na comparação com o primeiro tempo. Saiu mais para o jogo. Teve mais a posse. Ameaçou em cabeceio de Viatri e chute de Sánchez Miño. Acima de tudo, conseguiu dar ao River o aviso de que havia outro time em campo.
O River, em contrapartida, ficou mais retraído. Desde muito cedo, pareceu valorizar um resultado perigoso. Se a feiúra do primeiro tempo foi mais culpa do Boca, na etapa final a responsabilidade foi maior para o River.
Quando mais parecia adormecido, o time millonario deu outro golpe. Em boa jogada de Sánchez, a bola sobrou para Mora na área, pela direita. Ele bateu cruzado, desta vez sem chances para Orion: 2 a 0.
Restavam poucas esperanças para os xeneizes. Mas um pênalti de Pirez em Acosta fez renascer a confiança. Santiago Silva bateu forte e recolocou o Boca na luta.
Era guerrear até o último minuto. E deu certo. O Boca puxou contra-ataque e fez a bola chegar até seu lado direito. O cruzamento teve desvio de Santiago Silva e conclusão de Erviti. Era a salvação xeneize, bem no estilo do grande clássico da Argentina.
As duas equipes foram a campo questionadas, com seus treinadores pressionados – até ameaçados de demissão. O River foi beneficiado por um gol logo na largada da partida, com Ponzio, e depois ampliou com Mora – o jogador mais produtivo da partida. Quando o Boca parecia morto, reagiu com um gol de pênalti de Santiago Silva, El Tanque. E depois empatou com Erviti.
O resultado não alivia a barra do técnico Matías Almeyda e evita que a bronca vá para cima do colega dele, Julio César Falcioni. O River, com o empate, sobe para 16 pontos, na nona colocação, ainda três abaixo do Boca, o quinto no Torneio Inicial.
Duelo entre River e Boca foi bastante pegado. Como de costume (Foto: AFP)
Boa parte das duas toneladas de papel picado arremessados ao campo pela torcida do River ainda estava voando rente ao gramado quando o time da casa pulou na frente. Para um jogo que tinha toda a pinta de que seria feio, truncado, de mais destruição do que criação, os millonarios encontraram um gol que valeu ouro, com um minuto e meio de partida. O lance foi um misto de mérito do River e falha do Boca.
Foi uma falta pela esquerda de campo, daquelas quase sem ângulo para uma cobrança direta, daquelas que quase obrigam o batedor a cruzar. Mas Ponzio sabe como lidar com uma bola parada. Ele mandou de perna direita, no primeiro poste. O goleiro Orión corria para um lado e teve que voltar para o outro. Acabou se atrapalhando com as próprias pernas. Quando foi encaixar a bola, ela passou ao lado dele. Enorme frango.
A câmera panorâmica da transmissão da TV argentina ricocheteava, tamanho o surto no Monumental de Nuñez. Muito cedo, o jogo parecia destinado a ser quente, agitado.
Jogadores do River celebram primeiro gol do jogo (Foto: EFE)
O Boca levou 34 minutos para chegar com algum perigo à área rival. Cabeceio de Viatri fez a torcida lembrar que o goleiro Barovero estava em campo. Pouco depois, Santiago Silva teve sua chance, mas bateu prensado na zaga.
A reação do Boca
Torcida do River exibe porco como provocação
aos rivais (Foto: AFP)
aos rivais (Foto: AFP)
Apesar da ausência do comandante na beira do campo, o Boca melhorou na comparação com o primeiro tempo. Saiu mais para o jogo. Teve mais a posse. Ameaçou em cabeceio de Viatri e chute de Sánchez Miño. Acima de tudo, conseguiu dar ao River o aviso de que havia outro time em campo.
O River, em contrapartida, ficou mais retraído. Desde muito cedo, pareceu valorizar um resultado perigoso. Se a feiúra do primeiro tempo foi mais culpa do Boca, na etapa final a responsabilidade foi maior para o River.
Quando mais parecia adormecido, o time millonario deu outro golpe. Em boa jogada de Sánchez, a bola sobrou para Mora na área, pela direita. Ele bateu cruzado, desta vez sem chances para Orion: 2 a 0.
Restavam poucas esperanças para os xeneizes. Mas um pênalti de Pirez em Acosta fez renascer a confiança. Santiago Silva bateu forte e recolocou o Boca na luta.
Era guerrear até o último minuto. E deu certo. O Boca puxou contra-ataque e fez a bola chegar até seu lado direito. O cruzamento teve desvio de Santiago Silva e conclusão de Erviti. Era a salvação xeneize, bem no estilo do grande clássico da Argentina.
Santiago Silva deixou sua marca no Superclássicoe (Foto: AFP)
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