quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

RS pedirá ao COL inclusão da Arena na Copa das Confederações



Presidente do Grêmio e deputado estadual Paulo Odone havia convocado Assembleia para fazer o pedido, que acabou atendido pelo estado

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre

Arena do Grêmio obras 50% metade (Foto: Juliano Kracker, Divulgação)Arena do Grêmio tem mais de 50% de conclusão
(Foto: Juliano Kracker, Divulgação)

Surtiu efeito imediato o discurso do presidente do Grêmio e deputado estadual Paulo Odone na Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira em Porto Alegre, pedindo que Porto Alegre faça parte da rota da Copa das Confederações. O Governo do Rio Grande do Sul acolheu o pedido e vai encaminhá-lo ao Comitê Organizador Local (COL), para que a Arena, futuro estádio do clube, possa concorrer como uma das sedes do torneio, a ser realizado em junho de 2013.

- Como governo, não entramos na discussão Gre-Nal, pois o mais importante é a realização de um megaevento como este em nosso Estado. Assim, vamos acolher a demanda e encaminhá-la ao Comitê Organizador Local (COL). Se houver esta possibilidade, vamos tentar - afirmou o secretário estadual do Esporte e do Lazer e coordenador do Comitê Gestor da Copa 2014 no RS (CGCopa), Kalil Sehbe.

De acordo com o autor da proposta, o novo estádio do Grêmio ficará pronto no final de 2012 e estará adequado aos padrões exigidos pela Fifa, estando apto a sediar os jogos da Copa das Confederações, que ocorrerão entre 15 e 30 de junho de 2013.

Pedido vai contra tendência da Fifa

Com o Beira-Rio, estádio do Inter, Porto Alegre é uma das sedes da próxima Copa do Mundo, mas não conseguiu figurar na Copa das Confederações, conforme anúncio divulgado pelo COL em outubro do ano passado. Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza já estão confirmadas.

Caso a solicitação gaúcha surta efeito, será uma mudança de comportamento por parte da Fifa. A entidade adota como norma realizar a Copa das Confederações nos mesmos estádios que sediarão os jogos da Copa do Mundo no ano seguinte ao primeiro torneio.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2012/02/rs-pedira-ao-col-inclusao-da-arena-na-copa-das-confederacoes.html

Lei Geral: presidente de comissão diz que não haverá bebida fora da Copa


Renan Filho afirma que venda só deve ser liberada durante Mundial e contraria declaração de relator. Projeto deve ser votado na próxima semana

Por Marcelo Parreira Brasília

A comissão especial que analisa o projeto da Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados deve votar a proposta na próxima semana. A previsão é do presidente da comissão, deputado Renan Filho (PMDB-AL). Mas, ao contrário do que foi dito recentemente pelo relator da proposta, deputado Vicente Cândido (PT-SP), o texto não vai propor a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros de forma definitiva (ou seja, também antes e depois do Mundial).
Hoje, o comércio é proibido por regulamentos da CBF e por algumas leis estaduais. O Estatuto do Torcedor também veta a presença nos estádios de "objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência". Mas o consumo deve ser liberado durante a Copa do Mundo de 2014, uma exigência da Fifa, que tem uma fabricante de cervejas como um de seus principais patrocinadores.

- Nós tivemos uma reunião e chegamos à definição de que a proposta mais consensual é de que a bebida seja vendida apenas na Copa do Mundo. Essa é a proposta que permite a votação - disse Renan Filho.

O temor era de que uma proposta mais ousada, que alterasse o Estatuto do Torcedor e permitisse o comércio de bebidas antes e depois da Copa, impedisse a aprovação do texto.

- Tudo isso é fruto de negociação. Tem gente aqui que é vinculada à saúde, à segurança, e tem gente que acha a liberação seria comercialmente importante para os eventos esportivos. Mas tudo isso tem que ser negociado, e da forma que está há uma chance de aprovação com mais velocidade.

Aldo Rebelo, Ministro do Esporte, visita as obras da Arena do Corinthians (Foto: Sergio Gandolphi / GLOBOESPORTE.COM)Liberação de bebidas foi assunto durante visita de
Aldo às obras de Itaquera (Foto: Sergio Gandolphi)

No último dia de janeiro, Vicente Cândido acompanhou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, na visita às obras do estádio do Corinthians em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, e afirmou que havia chegado a um acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para que houvesse a mudança no Estatuto do Torcedor liberando a venda de bebidas alcoólicas antes e depois da Copa.

- Mostramos que seria injusto penalizar um setor da economia com a proibição. Num estádio como esse, que terá 18 pontos de venda de comida, seria injusto não poder comercializar bebida alcoólica - disse o relator, segundo a "Folha".

Um dia depois, Aldo esteve em Cuiabá para visitar a Arena Pantanal e confirmou a informação, mostrando-se favorável à liberação da bebida nos estádios brasileiros. Mas, o ministro lembrou que a decisão seria tomada pelo Congresso:

- O Congresso vai tomar uma decisão tranquila, que seja bem equilibrada e proteja o interesse público e o direito do consumidor. O governo trabalha com os líderes dos partidos da base, do governo na própria Câmara, e eu tenho conversado permanentemente com o presidente da Comissão Especial, com o relator da Lei Geral da Copa, no sentido de concluirmos os detalhes que impediram a votação da Lei Geral da Copa em dezembro, para que ela possa ser votada na Câmara em fevereiro e no Senado em março – disse.

Responsabilidade civil
Outro ponto de conflito no texto - e o que, na prática, inviabilizou a votação da proposta na comissão no ano passado - se refere à chamada responsabilidade civil da União em incidentes. A Fifa queria que o texto fosse mais abrangente, o que encontrou resistência no governo. A solução dada pelo Congresso foi se retirar da discussão, e esperar que o governo federal e a Fifa se entendam. Enquanto isso, o texto do projeto deve seguir com a redação original enviada pelo Executivo.
Outra questão relevante foi a definição de que os idosos não serão enquadrados na categoria 4, dos chamados ingressos populares, mas sim terão direito à meia-entrada em todas as demais categorias, como prevê o Estatuto do Idoso. Assim, os cerca de 300 mil ingressos a US$ 25 (R$ 42) serão divididos entre estudantes, indígenas, beneficiários do Bolsa-Família e participantes da campanha do desarmamento.

A expectativa é de que o texto final do relatório esteja concluído até quinta-feira para votação na semana que vem. Depois da comissão especial, o projeto precisa passar ainda pelo plenário da Câmara dos Deputados e pelo Senado antes de chegar à sanção da presidente Dilma Rousseff. O deputado Renan Filho acredita ser possível que tudo isso seja realizado até março, antes da visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao país.