terça-feira, 14 de junho de 2011

Justiça do RJ manda prender o ex-jogador Edmundo

uiz rejeitou alegação de prescrição e determinou expedição de mandado.
Advogado do ex-jogador diz que vai entrar com pedido de habeas corpus.

Rodrigo Vianna Do G1 RJ

Justiça mandou prender o ex-jogador Edmundo (foto) (Foto: Reprodução / TV Globo)Justiça mandou prender o ex-jogador Edmundo
(Foto: Reprodução / TV Globo/ Arquivo)

O juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, rejeitou a alegação de prescrição e determinou nesta terça-feira (14) a expedição de mandado de prisão contra o ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), os advogados do ex-jogador ainda podem recorrer.

De acordo com o TJ-RJ, Edmundo foi condenado em março de 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais também culposas em outras três vítimas do acidente ocorrido na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.

Desde então, a defesa tenta na Justiça reverter a sentença da 17ª Vara Criminal da Capital, que condenou o ex-jogador. Ainda segundo o TJ-RJ, na época, os advogados do Edmundo recorreram, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Edmundo chegou a ficar preso por 24 horas.
No entanto, os advogados de defesa conseguiram um habeas corpus que permitiu que o ex-jogador recorresse em liberdade. O TJ-RJ informou que Edmundo recorreu, então, aos órgãos superiores, em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, manteve a condenação.

Defesa alega prescrição
Após o STF ter mantido a condenação, os advogados de Edmundo alegaram que ele não poderia ser preso porque o processo já havia sido prescrito. De acordo com o TJ-RJ, o juiz Carlos Eduardo rejeitou a alegação de prescrição, afirmando que ainda não ocorreu o lapso temporal exigido pela lei. O TJ-RJ informou que o mandado de prisão ainda não foi expedido.
Procurado pelo G1, o advogado Arthur Lavigne, que representa o ex-jogador, afirmou que não tem dúvidas de que o processo está prescrito. Segundo ele, em maio de 2010, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) chegou a emitir um parecer reconhecendo a prescrição do caso. Ele afirmou que vai entrar com um pedido de habeas corpus após analisar a decisão do juiz.

“Eu não tenho a menor dúvida de que esse processo está prescrito. O caso estava parado há um ano na Vara de Execuções. A primeira providência a tomar será justamente tomar conhecimento da decisão do juiz para poder impetrar um habeas corpus, o que deve acontecer amanhã (15). O Edmundo já está sabendo da decisão e aguarda as medidas”, disse Lavigne.

FONTE:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/06/justica-do-rj-manda-prender-o-ex-jogador-edmundoo.html

Para superar a distância de casa, Elkeson transforma saudade em gols

Em três semanas no Bota, jogador não conhece nada do Rio de Janeiro, mas já balançou as redes duas vezes. GLOBOESPORTE.COM leva o meia à praia

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro

elkeson botafogo (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)Elkeson conheceu a praia da Barra
(Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)

Elkeson foi o personagem principal de uma arrastada novela envolvendo dois grandes rivais cariocas e alguns coadjuvantes. Disputando com o Fluminense, o Botafogo teve que negociar com o Vitória, o atleta, o empresário e o Benfica-POR, que detinha parte de seus direitos econômicos. O esforço parece ter valido a pena. Em três semanas (e três jogos) no clube, o meia já marcou dois gols e mostra a cada dia que está se entrosando com os companheiros.
O bom início, entretanto, não é uma surpresa na vida do jogador. Aos oito anos, quando se mudou para Marabá (MS), fez muitos gols nas aulas de educação física. Isso lhe valeu um convite para treinar nas escolinhas locais. Logo nos primeiros jogos, balançou as redes. Aos 12 anos, foi recrutado por um olheiro que o levou ao Vitória. E aí começou o grande desafio de sua carreira: ficar longe da família.
O meia se mudou sozinho para Salvador. Ficou durante alguns anos morando na concentração do time baiano até que o clube resolveu alugar apartamentos para que os jogadores dividissem. Ao lado de dois amigos, teve que se virar com os afazeres domésticos e com a saudade de casa.
- Essa época foi muito difícil. Eu era muito novo, e a saudade da família batia muito forte. Tinha os amigos que ajudavam a esquecer um pouco, mas era complicado. Quando me mudei para o apartamento, passei a ter que fazer as coisas do dia a dia. Na hora de comer, a gente dava um jeito de fazer. Pedia ajuda para alguém e aí um fazia o arroz, e o outro, feijão. Não ficava muito bom, mas dava para comer (risos).
A previsão é fim do ano que vem? Vai demorar, então. Eu nunca joguei lá. Sempre que ia jogar, acontecia alguma coisa. Agora no Botafogo fica mais fácil"
Elkeson, sobre o Maracanã
A saudade da família fazia o jogador pensar em voltar para casa. Mas os gols durante as
partidas nas categorias de base davam a certeza de que estava no caminho certo, assim como acontece hoje no Botafogo.
- Eu fiz gols logo nos primeiros jogos das categorias de base. É bom porque dá confiança para você e as pessoas passam a te ver com outros olhos. Sabia que era isso que eu queria para minha vida. É bom saber que confiam em você. Acho que, aos poucos, vou conquistar isso no Botafogo também.
Em 2009, Elkeson voltou a morar com os pais, que se mudaram para Salvador. Mas a transferência para o Botafogo fez com que mais uma vez ficasse longe da família. Há três semanas na cidade, o meia teve pouco tempo para se organizar. Comprou um apartamento com a ajuda do empresário que o acompanha desde os 12 anos. Foi ele também quem ajudou com a mudança do atleta para o Rio.
- Eu trouxe só o essencial: minhas roupas, a bíblia e meu iPad, que uso para conversar com minha família. Do resto, ficou quase tudo. Meus pais virão aqui de vez em quando. Agora, já estou acostumado. Não é tão difícil quanto antes.
elkeson botafogo (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)Elkeson com o Ipad em casa: ajuda para manter contato com os pais (Thiago Fernandes/Globoesporte.com)

Prazer, praia da Barra
As roupas, inclusive, são o único sinal de vaidade do jogador. Ao ser convidado pelo GLOBOESPORTE.COM para conhecer a praia da Barra (Zona Oeste do Rio de Janeiro), o jogador coloca óculos escuros, um boné e uma camisa de marca. Mas o jeito tranquilo e educado permanece o mesmo. No pouco tempo que teve no Rio, já conquistou amigos, a confiança de Caio Júnior e, claro, fez gols. Mas não conseguiu sair do trajeto trabalho-casa.
- Não conheci nada ainda. Não tive tempo de ir aos pontos turísticos e nem mesmo de conhecer o que está perto da minha casa. A praia é muito bonita. Vou vir aqui quando tiver uma folga. Em Salvador, eu gostava muito de ir à praia.
O ponto turístico que o jogador mais quer conhecer, porém, está fechado para obras. Sem nunca ter jogado no Maracanã, Elkeson sonha pisar o gramado do estádio. Por isso, questionou a reportagem sobre quando o maior palco do futebol brasileiro deve ser liberado. A resposta não agradou muito.
- A previsão é fim do ano que vem? Vai demorar, então. Eu nunca joguei lá. Sempre que ia jogar, acontecia alguma coisa. Agora no Botafogo fica mais fácil.
elkeson botafogo (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)Elkeson quer voltar à praia da Barra com calma (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)

FONTE: