quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Xadrez do não temos provas, mas temos convicção



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-nao-temos-provas-mas-temos-conviccao





Nos anos 90, entrei em uma lista de procuradores da República, para me defender de críticas pelo fato de ter condenado, na época, o uso abusivo da prisão preventiva. Uma subprocuradora me enviou um e-mail pessoal, contando as agruras dela com alguns colegas. Dois procuradores adversários enviaram uma denúncia em off para o Correio Braziliense.  Com base na denúncia, fizeram uma representação contra ela na corregedoria.
Li o relato, e, embora nada soubesse da subprocuradora, confirmei e denunciei a manobra, por abusiva.
Tempos depois, participei de um programa do Observatório da Imprensa, sobre os abusos do MP, com um procurador penal que atuara do caso Banestado. No ar, ao vivo, ele dispara:
- Este jornalista defendeu uma subprocuradora que foi a última pessoa que autorizou o repasse para as obras do TRT em São Paulo. E ele atacou o pedido de prisão preventiva dos empresários suspeitos. Logo, é cúmplice do golpe do TRT.
Agradeci ao Alberto Dines a oportunidade de uma análise de caso, ao vivo. Ao vivo, mostrei o ridículo das ilações e ponderei: se eu não estivesse ali, para rebater na hora as insinuações do procurador, qual seria o resultado final? Ficaria a suspeita lançada.

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