segunda-feira, 13 de junho de 2016

Justiça recebe pedido de suspensão dos direitos políticos de Cunha



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/justica-recebe-pedido-de-suspensao-dos-direitos-politicos-de-cunha


Jornal GGN – A força-tarefa da Lava Jato enviou hoje, dia 13, à Justiça Federal de Curitiba, uma ação de improbidade administrativa contra o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro e presidente afastado da Câmara dos Deputados, além de ser do mesmo partido do presidente interino e transitório Michel Temer. Além de Cunha, os procuradores enviaram à Justiça Federal ações contra a mulher dele, Cláudia Cruz, e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada e mais dois investigados.
Na ação enviada, os procuradores pedem que Cunha seja condenado a devolver R$ 20 milhões, referente aos valores movimentados em contas não declaradas no exterior, além da suspensão dos direitos políticos por dez anos. A mulher de Cunha, se condenada, deverá devolver cerca de R$ 4,4 milhões, que são valores que foram despositados em uma das contas que a beneficiou.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), Cunha foi beneficiário de, pelo menos, US$ 1,5 milhão em propina envolvendo um contrato de exploração da Petrobras no campo de petróleo em Benin, na África, em 2011. Na época, Jorge Zelada chefiava a Diretora Internacional da estatal, que era responsável pelo contrato. Zelada está preso por causa das investigações.
Para a força-tarefa o valor foi recebido por Cunha em contas de trustes e offshores não declaradas na Suíça. “Era tamanha a intenção do deputado federal Eduardo Cunha em ocultar a titularidade das contas mantidas na Suíça, que, em formulário próprio, solicitou encaminhamento de correspondência da instituição financeira para endereço nos Estados Unidos, sob alegação de que o serviço postal em seu país de origem não seria confiável”, afirmaram os procuradores.
Esta ação contra Cunha corre na Justiça Federal por ser uma matéria civil, não tendo relação com as imputações penais, que estão no Supremo. Segundo a Constituição, parlamentares tem foro privilegiado no STF em questões criminais. O STF deverá julgar a ação criminal contra Cunha na semana que vem.
(com informações da Agência Brasil)

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