FONTE:
Machado diz que deu dinheiro de propina à cúpula do PMDB
O ex-presidente da Transpetro Sérgio
Machado disse em delação premiada ao Ministério Público que repassou
propina à cúpula do PMDB – e citou, nominalmente, Renan Calheiros (AL),
José Sarney, Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA) e Edison Lobão (MA).
Os
recursos, segundo Sérgio Machado, eram distribuídos por meio de doações
legais das empresas fornecedoras da Transpetro e até mesmo em dinheiro
vivo.
Nos termos da delação, Machado se comprometeu a
devolver dinheiro proveniente de propina. O montante estaria em uma
conta no exterior.
Ele detalhou o "esquema Transpetro" revelando
que a partir dos contratos com estaleiros e empreiteiras que
participaram do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota), a
arrecadação variava entre 1% e 1,5% do contrato e aditivos. Na área de
serviços, a propina era de 3% dos contratos. Machado contou que
conversava diretamente com os donos das empresas.
O primeiro
depoimento da delação premiada de Sérgio Machado foi feito já no
encontro que teve com procuradores da força-tarefa do Ministério
Público, quando entregou o conteúdo das conversas que gravou com Renan,
Romero Jucá e José Sarney.
O conteúdo dessas conversas provocou a
demissão de dois ministros do governo Temer – Romero Jucá, do
Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência. O filho de Machado,
Expedito Machado Neto, também fez delação, igualmente homologada.
O
depoimento de Sérgio Machado foi considerado um dos "melhores" até
agora porque, ao contrário do de Delcídio Amaral, que muitas vezes
afirmou "ouvir dizer" sobre envolvimento de outros políticos em casos de
corrupção, o ex-presidente da Transpetro contou, na primeira pessoa,
como se dava o esquema de cobrança de propina nos contratos da estatal e
a forma como repassava os recursos à cúpula do PMDB.
Segundo relatou, esse esquema funcionou durante todo o período em que esteve à frente da Transpetro – quase 12 anos.
Machado
disse que chegou ao cargo por indicação da cúpula do PMDB e afirmou que
o que acontece é o indicado politicamente ter de arrecadar e distribuir
a propina entre os patrocinadores de sua indicação.
Em seu caso, ele citou como patrocinadores de sua indicação os peemedebistas Renan, Sarney, Jader, Jucá e Lobão.
Os
procuradores foram surpreendidos com a iniciativa de Machado de propor
acordo de delação premiada. Em janeiro, um de seus advogados esteve no
Ministério Público para saber do andamento do processo contra ele e
manifestou preocupação sobre a instância em que ele seria processado,
uma vez que Sérgio Machado não tem prerrogativa de foro.
A
informação dada foi a de que provavelmente o processo seria desmembrado,
pois o interesse do Ministério Público era enviar o mínimo possível de
casos ao Supremo Tribunal Federal.
Essa informação preocupou claramente Sérgio Machado, que passou a definir sua estratégia de fazer delação premiada.
Na
conversa, ele disse que sofreu pressão da família para fazer a delação,
uma vez que o filho Expedito Machado Neto acabou sendo envolvido como
gerenciador de um fundo de recursos no exterior. Ele mora em Londres -
onde Sérgio Machado admitiu ter uma conta bancária. O valor do saldo e a
movimentação dessa conta será conhecido nos detalhes pelos
investigadores pois, pelo acordo, ele terá de informar tudo, sob risco
de perder o benefício da delação.
Os recursos, segundo Sérgio Machado, eram distribuídos por meio de doações legais das empresas fornecedoras da Transpetro e até mesmo em dinheiro vivo.
Nos termos da delação, Machado se comprometeu a devolver dinheiro proveniente de propina. O montante estaria em uma conta no exterior.
Ele detalhou o "esquema Transpetro" revelando que a partir dos contratos com estaleiros e empreiteiras que participaram do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota), a arrecadação variava entre 1% e 1,5% do contrato e aditivos. Na área de serviços, a propina era de 3% dos contratos. Machado contou que conversava diretamente com os donos das empresas.
O primeiro depoimento da delação premiada de Sérgio Machado foi feito já no encontro que teve com procuradores da força-tarefa do Ministério Público, quando entregou o conteúdo das conversas que gravou com Renan, Romero Jucá e José Sarney.
O conteúdo dessas conversas provocou a demissão de dois ministros do governo Temer – Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência. O filho de Machado, Expedito Machado Neto, também fez delação, igualmente homologada.
O depoimento de Sérgio Machado foi considerado um dos "melhores" até agora porque, ao contrário do de Delcídio Amaral, que muitas vezes afirmou "ouvir dizer" sobre envolvimento de outros políticos em casos de corrupção, o ex-presidente da Transpetro contou, na primeira pessoa, como se dava o esquema de cobrança de propina nos contratos da estatal e a forma como repassava os recursos à cúpula do PMDB.
Segundo relatou, esse esquema funcionou durante todo o período em que esteve à frente da Transpetro – quase 12 anos.
Machado disse que chegou ao cargo por indicação da cúpula do PMDB e afirmou que o que acontece é o indicado politicamente ter de arrecadar e distribuir a propina entre os patrocinadores de sua indicação.
Em seu caso, ele citou como patrocinadores de sua indicação os peemedebistas Renan, Sarney, Jader, Jucá e Lobão.
Os procuradores foram surpreendidos com a iniciativa de Machado de propor acordo de delação premiada. Em janeiro, um de seus advogados esteve no Ministério Público para saber do andamento do processo contra ele e manifestou preocupação sobre a instância em que ele seria processado, uma vez que Sérgio Machado não tem prerrogativa de foro.
A informação dada foi a de que provavelmente o processo seria desmembrado, pois o interesse do Ministério Público era enviar o mínimo possível de casos ao Supremo Tribunal Federal.
Essa informação preocupou claramente Sérgio Machado, que passou a definir sua estratégia de fazer delação premiada.
Na conversa, ele disse que sofreu pressão da família para fazer a delação, uma vez que o filho Expedito Machado Neto acabou sendo envolvido como gerenciador de um fundo de recursos no exterior. Ele mora em Londres - onde Sérgio Machado admitiu ter uma conta bancária. O valor do saldo e a movimentação dessa conta será conhecido nos detalhes pelos investigadores pois, pelo acordo, ele terá de informar tudo, sob risco de perder o benefício da delação.
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