sábado, 7 de maio de 2016

Moreira vai desviar (o São Francisco)?




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/moreira-vai-desviar-o-sao-francisco



Ou vai chamar novas empreitagens?

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Trabalhos deverão ser concluídos em dezembro deste ano
O Conversa Afiada reproduz informação do Ministério da Integração sobre essa obra es-pe-ta-cular do Lula (Ciro foi o Ministro da Integração) e da Dilma.

Mas, ela corre sério risco: o gatinho angorá, ministro da Empreitagem, pode querer desviar (o curso do rio São Francisco) ou suspender as obras para convocar novas empreitagens.

Projeto de Integração do São Francisco está em fase final com 86,3% das obras concluídas

Trabalhos deverão ser concluídos em dezembro deste ano. Antes disso, a água do rio São Francisco já beneficiará populações em Pernambuco, Ceará e Paraíba

Brasília-DF, 6/5/2016 - O empreendimento que tem transformado a paisagem do sertão brasileiro e levará água a mais de 12 milhões de pessoas em quatro estados – Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte – está cada vez mais próximo de ser concluído. Em abril, o Projeto de Integração do Rio São Francisco alcançou o índice de 86,3% de avanço físico nos dois eixos de obras. Nesta sexta-feira (6), em Cabrobó, a presidenta Dilma Rousseff visitou uma das maiores estruturas do projeto: a segunda estação de bombeamento (EBI-2) do Eixo Norte.

Acompanhada dos ministros Josélio Moura, da Integração Nacional, e Maurício Muniz, da Secretaria de Portos, Dilma Rousseff sobrevoou trechos da maior obra de infraestrutura hídrica do país. "Esta é uma obra que há muito tempo estava proposta para o Brasil, desde a época de Dom Pedro II. Nós escolhemos fazer a Integração do São Francisco porque trazer água para essa região do Nordeste era uma das exigências para garantir condições dignas de vida à população", afirmou a presidenta, ao destacar o esforço de milhares de trabalhadores da obra e dos governos de estados que serão beneficiados pelo projeto. Os governadores do Ceará, Camilo Santana, e da Paraíba, Ricardo Coutinho, participaram do ato, além de parlamentares e outras autoridades locais.

Prioridade do governo federal, o Projeto São Francisco não sofreu contingenciamento de recursos e, nos dois últimos anos, registrou o maior desembolso financeiro desde o início das obras. Foram investidos R$ 1,8 bilhão em 2015 e R$ 1,4 bilhão em 2014. No mesmo período, a média de trabalhadores contratados girou em torno de 10 mil profissionais, indicador que reforça outra característica do projeto, de fomentar o desenvolvimento econômico na região.

O aporte de recursos nos últimos anos e o ritmo de trabalho impresso ao longo dos 477 quilômetros por onde passa o projeto permitem ao governo manter o calendário de conclusão previsto para dezembro deste ano. Mesmo antes disso, populações já serão abastecidas pela água do rio São Francisco em estados como Pernambuco, Ceará e Paraíba.

São 325 quilômetros de canais, dos quais 265 já estão concluídos - 139 quilômetros no Eixo Leste e outros 126 no Eixo Norte. Do total de 27 reservatórios do projeto, 15 foram concluídos e oito estão em fase final com mais de 95% de execução, também aptos para receber as águas do São Francisco. Outros quatro reservatórios seguem em plena atividade de construção. Onze aquedutos, do total de 13, já foram totalmente concluídos; os outros dois estão em fase de conclusão, com índice de execução entre 70% e 95%. Dos 23 quilômetros de túneis, quase 22 km estão prontos. Um dos túneis, o Cuncas 1, é considerado o maior da América Latina para transporte de água.

A segunda estação de bombeamento (EBI-2) do Eixo Norte, em Cabrobó, encontra-se em fase de testes. Outras três estações de bombeamento foram entregues pelo governo entre 2014 e 2015: as duas primeiras do Eixo Leste (EBV-1 e 2), em Floresta, e a primeira estação do Eixo Norte (EBI-1), no município de Cabrobó. Das demais estações, entre o total de nove do projeto, duas estão em estágio avançado de montagem dos equipamentos e as outras três seguem em ritmo intenso de construção. A água do rio São Francisco já percorre 79,9 quilômetros nos dois eixos.

O curso da água

O cronograma de execução das obras do Projeto São Francisco prioriza uma sequência construtiva do curso das águas, ou seja, das captações em direção aos estados que serão beneficiados pelo projeto. No Eixo Norte, a água do rio captada pelo canal de aproximação segue até a primeira estação de bombeamento (EBI-1) e é elevada a 36 metros de altura para seguir, por gravidade, até a segunda estação, num percurso de 49,6 quilômetros. Nesse trajeto, a água passa por dois reservatórios (Tucutú e Terra Nova) e quatro aquedutos (Logradouro, Saco da Serra, Mari e Terra Nova), estruturas todas concluídas.

Na EBI-2, em Cabrobó, a água será elevada a uma altura superior a 58 metros e avançará por mais 28,5 quilômetros até a terceira e última estação elevatória do Eixo Norte, a EBI-3, em Salgueiro, completando 80 quilômetros. No percurso, a água do São Francisco passará por dois reservatórios (Serra do Livramento e Mangueira) e um aqueduto (Salgueiro). A EBI-3 bombeará a água por mais 93 metros de altura para seguir, também por gravidade, por quase 180 quilômetros do Eixo Norte e, assim, beneficiar os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.


No Eixo Leste, a água captada pelo canal de aproximação no lago de Itaparica, em Floresta, é elevada a uma altura de 61 metros na primeira estação de bombeamento (EBV-1), de onde segue até a segunda estação (EBV-2). As duas estruturas estão em pleno funcionamento. Antes de chegar à terceira estação (EBV-3), com 80% das obras concluídas, a água passará pelos reservatórios Braúnas e Mandantes, num trajeto de 32,4 quilômetros.

A EBV-3 vai bombear a água do rio por mais 63 metros de altura até chegar à quarta estação (EBV-4), depois de passar por três reservatórios já concluídos e um aqueduto em construção com 95% de avanço. A quarta estação eleva a água a mais 59 metros antes de percorrer 67,2 quilômetros até a quinta estação (EBV-5). Nesse trajeto, seis estruturas compõem o empreendimento, das quais três já estão prontas e as demais em execução - uma delas com avanço de 98% dos trabalhos.

Na quinta estação de bombeamento (EBV-5) a água do São Francisco será elevada em mais 41 metros para chegar à sexta e última estação (EBV-6) do Eixo Leste, totalizando cerca de 170 quilômetros. A EBV-6 vai bombear a água do rio em mais 63 metros de altura de onde ela escoará por canais, reservatórios e um túnel até o açude Poções, na Paraíba, completando os 217 km do eixo. De lá, a água beneficiará os estados de Pernambuco e Paraíba.

Abastecimento de residências

 Além dos moradores que residem em áreas urbanas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, o projeto beneficiará 78 mil habitantes de 294 comunidades rurais próximas aos canais. São elas: 12 comunidades quilombolas, 23 indígenas e nove assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

As comunidades rurais serão atendidas por meio de sistemas de distribuição de água, obras de responsabilidade dos governos dos estados, com apoio financeiro do governo federal no montante de R$ 285 milhões.

O Ministério da Integração Nacional (MI) forneceu aos estados os projetos executivos dessas obras. Os Termos de Compromisso foram assinados com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e com os governos dos estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará.



Vida em comunidade


Nas ações socioambientais, o Projeto São Francisco também chega à fase final. Das 18 Vilas Produtivas Rurais (VPRs) construídas para o reassentamento de moradores que viviam na área de implantação das estruturas, 16 já estão habitadas por 623 famílias nos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba. A inciativa do governo federal contempla um total de 848 famílias, com investimentos de R$ 207,53 milhões. Outras duas vilas deverão ser entregues ainda este semestre, no Ceará.



As VPRs são constituídas por um setor residencial e um setor produtivo. Dispõem de redes de água, esgoto e energia elétrica, posto de saúde, escola, estrutura de lazer - praça e campo de futebol - e áreas destinadas ao comércio e à construção de espaços religiosos.  O setor produtivo tem, no mínimo, cinco hectares por família, sendo 1 ha destinado à irrigação

(OBS. DO BLOG:
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