COPA LIBERTADORES
Bruno Henrique tem dificuldade para fazer a mesma função de seu antecessor e deixa defesa exposta. Fato raro, Timão se descontrola e tem dois jogadores expulsos
Cerro Porteño concentra estratégia em cima
de Uendel para virar a partida em Assunção
O “cão de guarda” alvinegro funcionava como um ponto de equilíbrio no posicionamento da equipe. Cabia a ele se transformar em um terceiro zagueiro para suportar qualquer pressão adversária, cobrir as descidas dos laterais e o mais importante: marcar o principal articulador de jogadas rival.
A
versão 2016 do Corinthians está bem mais exposta defensivamente. Bruno Henrique
passa melhor a bola do que Ralf, é verdade. Mas nem de longe tem o poder
de marcação ou o senso de proteção de seu antecessor para fechar o meio de campo e impedir
avanços mais perigosos pelo setor.
Os
dois últimos jogos evidenciaram o problema. Curiosamente, ambos fora de casa, quando o Timão deveria se fechar mais. Lucas
Lima jogou praticamente livre no primeiro tempo do clássico contra o Santos e
foi decisivo no gol de Ricardo Oliveira que abriu o placar. No Paraguai, na última quarta-feira, o Timão voltou a
dar espaços demais. Sergio Díaz e Luís Leal tiveram campo de sobra para
infernizar a defesa e serem decisivos para o Cerro Porteño vencer por 3 a 1.
Tite
também precisa de mais tempo para trabalhar. O Corinthians ainda não
tem as linhas tão compactadas como no ano passado. O time campeão
brasileiro funcionava como uma engrenagem perfeita. Há um detalhe
importante: Guilherme, Giovanni Augusto e André marcam bem menos que
Renato Augusto, Jadson e Vagner Love. Isso também ficou evidente no
Paraguai.
CABEÇA QUENTE
Os espaços dados em Assunção obrigaram o Corinthians a correr atrás dos paraguaios e a exagerar em lances mais bruscos. Foram 16 faltas cometidas, número dentro da média nacional, mas os seis cartões amarelos pesaram. André e Rodriguinho acabaram expulsos e abriram caminho para que o Cerro Porteño virasse. Veja: o vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo
Giovanni
Augusto e principalmente Lucca correram demais pelos lados para ajudar a
marcação, mas não foi o bastante. Se Fagner teve problemas no primeiro tempo,
Uendel acabou engolido na etapa final. O Cerro concentrou toda sua esperança
pelo lado direito, com o trio Bonet, Jorge Rojas e Luís Leal.
A
maior exposição defensiva também atingiu em cheio os zagueiros. Ambos
não estiveram bem. Felipe perdeu o duelo individual com o centroavante
Beltrán no primeiro e no terceiro gols dos paraguaios. Um fantasma para
quem falhou no mesmo estádio Defensores del Chaco no ano passado, contra
o Guaraní, carrasco corintiano nas oitavas.
Tite
não tem muito o que fazer para corrigir de marcação no meio. Provavelmente, insistirá com
Bruno Henrique. No máximo, o trocará por Willians, jogador que mais se
assemelha a Ralf no elenco. Cristian, na análise da comissão técnica, não tem
mais o vigor físico para ser primeiro volante. Maycon e Elias jogam mais
adiantados. Ralf faz falta. E como fa
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