Amigas e inseparáveis desde que jogaram juntas no Minas e agora na seleção, loira e morena falam da amizade construída desde 2014. Casada, Jaquelina dá dicas a Mari
De longe, Mari Paraíba observava Jaqueline e já a admirava. Mal sabia a ponteira que a bicampeã olímpica um dia seria sua companheira de clube. Mais que isso. Amiga. Adversárias até novembro de 2014, as duas passaram a jogar juntas no Minas Tênis Clube em novembro do ano passado. Surgia ali uma amizade que não para de crescer. Juntas nos treinos, nos jogos e nas folgas, as duas mostram uma sintonia impressionante no dia a dia e sincronia ainda maior nas fotos que postam nas redes sociais. "Inseparáveis", elas se ajudam no que podem. Jaque virou a "conselheira amorosa" da solteira Mari, e a loira a "palhaça" que diverte a morena na Vila Pan-Americana em Toronto, no Canadá.
- Eu sempre admirei muito a Jaque. É uma grande jogada, passadora. No começo você fica meio assim e fala: "Cara... Vou jogar com a Jaque". Mas ela tem o mesmo jeito que eu, é divertida, brincalhona. Deu um feeling, a amizade vai crescendo. A história dela é parecida com a minha. Nos identificamos. Trocamos conversas, uma pede a ajuda da outra. Dica. Ela é casada, eu sou solteira, então ela me dá dica de algumas coisas. Às vezes tem algum garoto e ela fala: "Mari, esse não, investe naquele". Mas acho muito bom, tem amigas que falam assim: "Pega qualquer um". Ela não. Então está sendo uma conselheira amorosa (risos) - brinca Mari Paraíba.
Jaqueline e Mari Paraíba, já em Toronto
(Foto: Reprodução/Instagram)
Jaqueline também adora ter Mari como amiga. A loira entrou bem na semifinal e ajudou o Brasil a virar sobre as portorriquenhas por 3 sets a 2. Mas não é apenas em quadra que a paraibana ajuda. Mari também é quem diverte as jogadoras e faz a colega sentir menos falta da família.
- Somos nordestinas né? Mas nos conhecemos no Minas. A Mari é uma menina que está crescendo.
Não dou para ela 29 anos, dou 20 anos. Ela vem evoluindo, quase velha igual a mim, mas acho que o mais importante é o que está acontecendo aqui. Quando uma não está bem a outra entra, uma dá força para a outra. Estou aqui para isso mesmo. O que ela precisar estou aqui, a nossa amizade é massa. Fora de quadra também. Sentimos o feeling de conversa, ela passou por dificuldades no Minas, ela me procurava, conversava, e estamos juntas aqui também. Não conhecia ela antes e a Mari vem me ajudando muito. A falta do meu filho, da minha família. Sou a única mãe aqui e acabo sentindo muita falta. Mas ela é tão palhaça que supre tudo isso. Ter conhecido ela foi muito legal - diz Jaqueline.
Jaqueline e Mari Paraiba, em sintonia fina
(Foto: Reprodução)
JAQUE AINDA SENTE DORES
- Ainda estou sentindo muita dor na lombar, não estou conseguindo fazer alguns movimentos, entrei meio que com dificuldade. Mas o mais importante é estar aqui e ajudar. São vários movimentos que não estou conseguindo fazer. Dói para tudo um pouco, pois pegou bem no cóccix. Estou com uma contratura bem grande, tentei jogar de cinta, não consegui. Tirei. Agora é esquecer isso daqui e vamos embora para a final. Eu vou, nem que fique no banco e entre. Ou entre e saia. Senti a lesão aqui, depois do segundo jogo. Não sei como foi. É difícil falar um motivo, mas acabei sentindo. Agora é cuidar, preparar e pensar só na final. Tomei remédio, joguei e preciso fazer minha parte - garante a ponteira Jaqueline.
Com Mari e Jaqueline, o Brasil disputa o ouro nos Jogos Pan-Americanos neste sábado, a partir das 21h30 (de Brasília), diante dos Estados Unidos.
FONTE:
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