Após o 2 a 0 para a Chape, JEC termina a quinta rodada ainda sem vencer e pressão aumenta para o treinador, que não desanima: “Cabe a nós não nos entregarmos”
O Joinville entrou em campo para enfrentar a Chapecoense e saiu ainda mais depois do revés por 2 a 0, o quarto em cinco jogos do time no Campeonato Brasileiro. O JEC não encontra o primeiro triunfo no retorno à Série A e a sequência, aumentada pelo estadual, de oito partidas sem vencer pesa contra o técnico Hemerson Maria. Tanto que, além do jogo na Arena Condá, o treinador teve que falar sobre o risco de uma possível demissão. Deixou-a de lado, e projeta os próximos passos na função: reanimar o JEC na competição.
- Estou tranquilo, os jogadores me respeitam, e todos estão chateados
com o momento. Não temos mercenários para se aproveitarem do clube. Somos formigas,
estes constroem o formigueiro, e ajudam, não são gafanhotos, que acabam com a
plantação e vão embora depois. Pegamos o Joinville levamos a dois títulos (Série
B e Campeonato Catarinense) e cabe a nós não voltar para o lugar que tanto lutamos
para sair. Vamos lutar, no dedicar e honrar a camisa do Joinville. O grupo merece
um voto de confiança, ele se entrega e luta. Os erros fazem parte do jogo, e
temos que elevar o nível concentração. No jogo vacilamos e se o adversário faz um
ou dois (gols) e complica. Série A é complicada e não podemos vacilar – disse Maria,
na entrevista coletiva após a partida.
Joinville sobre o quarto revés em
cinco jogos no Brasileirão
(Foto: Márcio Cunha/Agência O Dia
/ Estadão Conteúdo)
O treinador sabia que seria inevitável falar sobre o risco
de demissão, e administrou bem na hora de responder sobre o tema. Segundo ele,
a pressão sobre os seus ombros não muda tanto por conta do resultado na noite
desta quarta-feira.
- Sabia que viria esta pergunta, estou tranquilo. Sou o
treinador com mais tempo de trabalho na Série A do Campeonato Brasileiro. Em momentos
turbulentos provei que posso comandar o grupo por uma saída. Não estão vindo os
resultados, não estão acontecendo. Eu não me sinto pressionado. A pressão está
em toda a sua vida, a pressão agora é para fazer um trabalho legal. Antes, tive
a pressão da minha mãe para aprender a
falar e caminhar, tive quando entrei no profissional, mostrar que não era um
treinador de base, tive pressão para conquistar o acesso com o Joinville e
também o título do Catarinense. No Joinville tem pessoas acompanhando o trabalho. A minha preocupação é motivar o
grupo. A gente tem tentado a primeira vitória, quando conseguirmos vai dar
tranquilidade e aumentar a confiança. Mas para que isso ocorra temos que elevar
o nível de concentração, e deixar de perder para nós mesmos.
Confira a íntegra da entrevista coletiva.
Avaliação da partida
- Tranquilo não tem como estar pelo mal início de campeonato. Continuo a afirmar que a solução está no elenco. Contra a Chapecoense, o Joinville começou melhor, pressionando, com duas ou três finalizações. O primeiro gol (da Chape) foi mérito de uma saída de bola e também colaboramos com erro de comunicação, não acompanhamos o Abuda, tinha que ter um jogador para marcá-lo. É complicado tomar gol com 10 minutos, até pela proposta da Chapecoense em usar jogadores rápidos. O jogo ficou à feição deles, e jogando no nosso erro. A Chapecoense administrou o jogo e a gente tentando furar o bloque. Não tivemos força para o primeiro gol, que quem sabe nos daria a reação. Vejo que novamente perdemos para nós mesmos, com erros que não costumamos cometes. Vamos voltar para Joinville, trabalhar e tentar vencer a equipe do Corinthians (sábado, às 22h, na Arena Joinville).
- Tranquilo não tem como estar pelo mal início de campeonato. Continuo a afirmar que a solução está no elenco. Contra a Chapecoense, o Joinville começou melhor, pressionando, com duas ou três finalizações. O primeiro gol (da Chape) foi mérito de uma saída de bola e também colaboramos com erro de comunicação, não acompanhamos o Abuda, tinha que ter um jogador para marcá-lo. É complicado tomar gol com 10 minutos, até pela proposta da Chapecoense em usar jogadores rápidos. O jogo ficou à feição deles, e jogando no nosso erro. A Chapecoense administrou o jogo e a gente tentando furar o bloque. Não tivemos força para o primeiro gol, que quem sabe nos daria a reação. Vejo que novamente perdemos para nós mesmos, com erros que não costumamos cometes. Vamos voltar para Joinville, trabalhar e tentar vencer a equipe do Corinthians (sábado, às 22h, na Arena Joinville).
Ideia e mudanças
- A ideia está compreendida. Não vejo como mudança as voltas do Welinton Júnior e do Augusto Cesar, jogaram conosco na função. Quando tínhamos a bola, jogávamos no 4-3-3. Acho que começamos bem, e o gol atrapalhou os planos. Eles teriam espaço para contra-atacar, mas depois do gol eles nos deram a bola e era nós que tínhamos que contra-atacar. Por isso fiz as mudanças no intervalo (entradas de Tiago Luís e Kempes), com dois jogadores de frente, e não funcionou. Tentamos com mais mobilidade com a entrada do Marcelinho (Paraíba) para tentar chute ou jogada e também não funcionou. Tentamos de tudo, todas as alternativas. Vejo que as mudanças (na formação) não são o motivo do mal resultado do Joinville, não somos omissos, e vamos tentar solucionar. O Joinville está perdendo as partidas por seus erros. É o momento de ficar quieto, não falar muito e nos unir mais. A solução está no vestiário.
- A ideia está compreendida. Não vejo como mudança as voltas do Welinton Júnior e do Augusto Cesar, jogaram conosco na função. Quando tínhamos a bola, jogávamos no 4-3-3. Acho que começamos bem, e o gol atrapalhou os planos. Eles teriam espaço para contra-atacar, mas depois do gol eles nos deram a bola e era nós que tínhamos que contra-atacar. Por isso fiz as mudanças no intervalo (entradas de Tiago Luís e Kempes), com dois jogadores de frente, e não funcionou. Tentamos com mais mobilidade com a entrada do Marcelinho (Paraíba) para tentar chute ou jogada e também não funcionou. Tentamos de tudo, todas as alternativas. Vejo que as mudanças (na formação) não são o motivo do mal resultado do Joinville, não somos omissos, e vamos tentar solucionar. O Joinville está perdendo as partidas por seus erros. É o momento de ficar quieto, não falar muito e nos unir mais. A solução está no vestiário.
Defesa
- Tem dois quadros no CT, o de campeão brasileiro Série B, que vai ser difícil um clube com o tamanho do Joinville repetir – podem me cobrar - e um de campeão catarinense, que é nosso em campo. Nestes quadros, o Guti e o Bruno Aguiar estão. Ninguém é eterno e não tem cadeira cativa, mas na minha visão eles não estão comprometendo em nada. Podem render mais, e não podemos sobrecarregar os dois. Os gols foram em erros coletivos, e não individuais como já ocorreu. A solução não são as duas peças, nosso problema é no setor de construção e de definição, mas principalmente de concentração, e que temos que melhorar.
- Tem dois quadros no CT, o de campeão brasileiro Série B, que vai ser difícil um clube com o tamanho do Joinville repetir – podem me cobrar - e um de campeão catarinense, que é nosso em campo. Nestes quadros, o Guti e o Bruno Aguiar estão. Ninguém é eterno e não tem cadeira cativa, mas na minha visão eles não estão comprometendo em nada. Podem render mais, e não podemos sobrecarregar os dois. Os gols foram em erros coletivos, e não individuais como já ocorreu. A solução não são as duas peças, nosso problema é no setor de construção e de definição, mas principalmente de concentração, e que temos que melhorar.
Especulação sobre saída
- Eu estou aqui para responder sobre o jogo, não falo sobre especulação. Tenho um respeito muito grande pela camisa, cidade e pelos dirigentes. Sou profissional e me dedico ao máximo ao objetivo, que é fazer uma campanha legal na Série A. Como comandante gostaria de falar sobre o jogo. Para falar sobre decisões são diretores. O Nereu (Martinelli, presidente) tem meu respeito, não mudo a minha opinião sobre ele. É o responsável pelo crescimento do Joinville. Vi o CT do Joinville aumentar, clube cresceu e hoje tem estrutura. Estou tranquilo quanto ao trabalho executado, mas triste porque o resultado não é de vitória. Quando resultado não vem, podem ocorrer mudanças. Mas não sou eu que deveria falar sobre elas.
- Eu estou aqui para responder sobre o jogo, não falo sobre especulação. Tenho um respeito muito grande pela camisa, cidade e pelos dirigentes. Sou profissional e me dedico ao máximo ao objetivo, que é fazer uma campanha legal na Série A. Como comandante gostaria de falar sobre o jogo. Para falar sobre decisões são diretores. O Nereu (Martinelli, presidente) tem meu respeito, não mudo a minha opinião sobre ele. É o responsável pelo crescimento do Joinville. Vi o CT do Joinville aumentar, clube cresceu e hoje tem estrutura. Estou tranquilo quanto ao trabalho executado, mas triste porque o resultado não é de vitória. Quando resultado não vem, podem ocorrer mudanças. Mas não sou eu que deveria falar sobre elas.
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