Em entrevista à Rádio Itatiaia, Gilvan de Pinho Tavares comenta troca de Marcelo Oliveira por Luxemburgo e diz que mudança de treinador poderia ter ocorrido antes
Gilvan de Pinho Tavares considera que Cruzeiro tem boas chances no Brasileiro (Foto: Light Press)
- Não vejo nenhum time melhor que o Cruzeiro. Nós fomos obrigados a vender alguns jogadores, pois os valores oferecidos a eles eram muito altos e não podíamos concorrer com clubes de Europa, Arábia e China. Mas trouxemos peças de reposição à altura e que podem render bem. O Gabriel Xavier é um exemplo. Por insistência nossa, começou a jogar e caiu no gosto da torcida. E nesse jogo contra o Atlético, mostrou o potencial dele. Foi por teimosia, pois nós pedimos para que ele fosse lançado. O Alisson também não é teimosia. Se ele voltar a jogar com regularidade, sem essas interrupções de contusão, tem um potencial imenso. Era considerado até pouco tempo, pelo ex-treinador Alexandre Gallo, o melhor jogador da seleção brasileira sub-20. O Luxemburgo também disse isso. Tanto que pediu ao Alisson para ir para cima do Atlético no clássico, pois ele é diferenciado. O Luxemburgo acha que o time do Cruzeiro tem potencial grande e pode brigar pelo título brasileiro. Não sabe se será campeão, mas tem condições. A gente vê de novo o time do Cruzeiro brigando para conquistar títulos - disse Gilvan, em entrevista à Rádio Itatiaia.
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Sobre o atacante Robinho, que rescindiu contrato com o Milan no mês passado e tem vínculo com o Santos até o dia 30 de junho, o presidente do Cruzeiro deixou transparecer que está atento ao futuro do jogador, sonho antigo do clube mineiro. O Rei das Pedaladas está com a Seleção no Chile, para a disputa da Copa América, e ainda não chegou a um denominador comum com a diretoria do Santos. O Cruzeiro monitora à distância o desfecho da negociação
Robinho, que está com a seleção brasileira, ainda não renovou com o Santos (Foto: AFP)
A demissão de Marcelo Oliveira foi outro tema abortado na entrevista do presidente do Cruzeiro. De acordo com Gilvan, a saída do técnico poderia ter ocorrido na última rodada da fase de classificação do Mineiro, quando a Raposa perdeu para o Tombense, por 2 a 1, em casa, e deixou escapar a liderança do primeiro turno do campeonato, obrigando o time a enfrentar o rival Atlético-MG, na semifinal da disputa.
- Desde o jogo contra o Tombense, achei que já era a hora. Mas o time também começou a mostrar uma certa reação e aí demos uma segurada. Mais à frente, jogamos uma péssima partida contra o São Paulo na Libertadores e merecíamos ter tomado uma goleada enorme, não fizemos nada para mudar dentro de campo. Como foi um placar mínimo fora, poderíamos inverter em casa. E nós escapulimos de tomar uma goleada histórica contra o São Paulo.
Contudo, na volta em Belo Horizonte, o Cruzeiro teve uma pegada diferente, um comportamento bem diferente. Achei que dava para continuar, pois fizemos cobranças e os atletas passaram a render mais. Contra o River Plate, na Argentina, o time teve um procedimento idêntico. Mas depois voltamos a Belo Horizonte, voltou aquele marasmo, voltou aquela mesma coisa, e aí não dava mais para segurar. Eu tinha que fazer qualquer coisa e a troca mostrou que a gente estava certo - afirmou o presidente do Cruzeiro.
Marcelo Oliveira concede entrevista no dia em
que foi demitido no Cruzeiro (Foto:
Washington Alves/Light Press)
- A gente ponderou muito, conversou muito e discutiu internamente muito o que teria de ser feito, qual a forma e o momento. (A saída do treinador) Teria acontecido alguns dias antes do que aconteceu. Mas pesou a situação dele com a mãe, que estava muito doente em casa. (O Marcelo) Trouxe a mãe para morar com ele, depois veio o falecimento dela, o luto. A gente esperou o quanto pôde, mas infelizmente o presidente do clube que assume a responsabilidade que eu assumi tem que tomar as decisões. Não podemos deixar levar pelos nossos sentimentos de amizade e respeito ao trabalho que foi feito se as coisas estão deixando de acontecer. Se o time passou a render menos e os jogadores não produzem a mesma coisa, é preciso sacudir e mexer. Ele ficou dois anos e meio no Cruzeiro, nos ajudou a conquistar títulos e somos muito gratos a ele. Mas a vida do clube continua. E nós vivemos de vitórias. O torcedor não aceita derrotas.
O patrocínio master na camisa do Cruzeiro foi outro assunto abordado por Gilvan. O presidente do time celeste ainda sonha com a chegada de um banco estatal para estampar a marca no uniforme, que é a prioridade da diretoria, enquanto outras opções são discutidas. As conversas para o acerto com o novo patrocinador vêm desde o ano passado.
- Não desistimos da Caixa Econômica, estamos usando as forças políticas que temos. Temos promessa que a coisa está sendo estudada. O Governo Federal está fazendo avaliações. No mercado de empresas privadas também está havendo retrações. Temos possibilidade de uma rede de hotéis e de outros bancos que têm interesse. Não vamos revelar o valor.
FONTE:
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