sábado, 6 de junho de 2015

Feliz, René destaca compreensão dos jogadores e "protocolo" no intervalo

Treinador do Botafogo diz ainda que time poderia ter marcado mais gols além dos feitos na vitória por 3 a 0 sobre o Mogi Mirim



Por Rio de Janeiro

 

René Simões está feliz. Mais até do que pela vitória por 3 a 0 sobre o Mogi Mirim (veja os melhores momentos acima), mais uma vitória, mais um número para a invencibilidade na Série B, René está feliz pela compreensão tática e técnica dos jogadores. Após a partida no Estádio Nilton Santos, o treinador explicou que a equipe tem um "protocolo" nos intervalos dos jogos. E que, pela primeira vez, em seis meses, os atletas observaram em campo o mesmo que a comissão técnica. Motivo para alegria.

René Simões, Botafogo x Mogi Mirim (Foto: Vitor Silva / SSPress)
René Simões, Botafogo x Mogi Mirim 
(Foto: Vitor Silva / SSPress)


- Hoje, o que mais me agradou foi o que aconteceu no intervalo. Nós temos um protocolo que mantemos em todas as partidas. No intervalo, converso com assistentes, trocamos ideia, pego minhas anotações, discutimos, vamos para o quadro e montamos o que queremos. Então peço aos jogadores que me digam alguma coisa. Nesses seis meses, hoje foi o dia em que mais fiquei feliz, porque eles disseram exatamente o que nós da comissão técnica vimos. Dei os parabéns por ver que, mesmo naquela adrenalina, estão entendendo o que está acontecendo. Hoje, o lateral-esquerdo deles estava descendo muito, o Pedro Rosa não estava definindo bem a marcação e o Mogi Mirim ficou com um jogador a mais no meio. Foi um achado o nosso primeiro gol, embora tenha sido consequência da mudança do Pimpão para o lado direito. No segundo tempo, foi encaixar a marcação toda para o time conseguir jogar e fazer os gols. Poderíamos ter feito mais - avaliou René.


Confira mais trechos da entrevista de René Simões:

Vaias da torcida a Pedro Rosa
- Tem dias que a gente está mais confuso, todo mundo passa por isso. Hoje ele estava assim. É um belíssimo jogador e vai dar alegrias. Vejo a qualidade dele nos treinos, mas hoje estava confuso. A torcida pegou no pé porque viu que ele não sabia se atacava ou defendia. O Luis Ricardo entrou muito bem, é um jogador agudo. Agora tenho mais uma opção ali. O Pedro vai melhorar, temos o Jean e o Luis Ricardo para o lado esquerdo também.


Reencontro de Bill com o gol
- No jogo passado o árbitro poderia ter dado o gol para ele, dar gol contra foi maldade. Bill é um belo jogador, que trabalha bastante e ajuda, é um cara de grupo. O centroavante vive disso. Quando cheguei ao Fluminense (em 2008), o Washington Coração Valente estava angustiado porque há muito tempo não fazia gol. Mas eu disse para ele ter calma porque seria o artilheiro, e realmente foi. O Bill tem muitas chances de gol pela forma como o Botafogo joga. Foi legal ele ser aplaudido quando saiu de campo.


Dupla de ataque fazendo outras funções no campo
- Não estamos mais jogando por posição, mas por função. Se eu tenho a oportunidade de ocupar espaço, por que ficar preso à posição? O volante pode ir na área se está protegido atrás. Bill e Pimpão têm que ajudar a compactar o time com um retorno rápido e fazem isso muito bem. O jogador precisa ver onde está e executar a função.


12º vitória seguida em casa
- É preponderante o fato de jogar no Estádio Nilton Santos. Lembrar o nome desse monstro sagrado é uma responsabilidade. Desde que o estádio foi rebatizado, ganhamos todos os jogos. Jogar em casa faz toda a diferença. Também já ganhamos sete pontos fora de casa, o que mostra que o time está sendo constante. Essa regularidade talvez seja fruto da metodologia de trabalho. Mesmo com a rotatividade de atletas, a equipe mantém o padrão. Eles conseguem jogar, descansar e mantém todo mundo feliz.


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