Vistoria constata problemas na rampa de fuga utilizada pelos operários na escavação do subsolo. Arena de tênis também tem problemas de segurança e sofre embargo
Considerada a maior preocupação dentre todas as obras de equipamentos esportivos do Rio 2016, a construção do velódromo ganhou um novo problema. Nesta quarta-feira, técnicos do Ministério do Trabalho fizeram uma visita técnica no local e constataram irregularidades no que diz respeito à segurança dos operários que trabalham na escavação do subsolo. Com o diagnóstico, as obras foram interrompidas somente neste local até que a RioUrbe (Empresa Municipal de Urbanização) e a Tecnolosolo Serviços de Engenharia (responsável pela obra) encontrem uma solução. A construção do velódromo está atrasada em relação às demais estruturas que estão sendo erguidas no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.
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Foto de abril de 2015 mostra um velódromo
ainda em fase inicial de construção (Foto:
Gabriel Heusi/brasil2016/ME)
Procurado pelo GloboEsporte.com, o Ministério do Trabalho afirmou que além dos problemas na rampa de fuga, foi verificada "a ausência de proteção coletiva nos locais com risco de queda de trabalhadores, falta de acesso seguro, acúmulo de material na borda dos taludes, inexistência de projeto de escavação e falta de escoramento, além de laudo técnico que comprovasse a estabilidade dos taludes."
Outra obra do Parque Olímpico que apresentou problema foi a Arena de Tênis. Segundo o Ministério do Trabalho, a falta de guarda-corpo (mureta de proteção) no último andar da arquibancada para 10 mil lugares coloca em risco a segurança dos operários. A obra foi embargada até a instalação do material. De acordo com a RioUrbe, o problema será resolvido até sexta-feira.
A arena de tênis começou a ser construída em novembro de 2013, com recursos do governo federal e execução da prefeitura. A quadra principal terá capacidade para 10 mil lugares, a 2 para 5 mil e a 3 para 3 mil. A sete quadras menores terão capacidade para 250 pessoas. Outras seis serão para aquecimento. O evento-teste será em dezembro de 2015.
Centro Olímpico de Tênis, em janeiro de 2015:
perigo para os operários (Foto: Bruno
Carvalho/Brasil 2016-ME)
confira a nota oficial da riourbe
A RioUrbe esclarece que as obras do Velódromo Olímpico não
estão paralisadas. Durante visita ordinária realizada nesta quarta-feira
(29/04), os auditores do Ministério do Trabalho pediram melhorias na inclinação
da rampa de fuga utilizada pelos operários na escavação do subsolo do velódromo. Para cumprir o pedido do MT,
as atividades, nesse ponto específico, precisaram ser interrompidas. Nas
outras áreas o trabalho prossegue normalmente. A solicitação será atendida até
amanhã, às 13h, como estipulado pelo Ministério do Trabalho à empresa Tecnosolo
Serviços de Engenharia.
veja a nota do ministério do trabalho
Auditores
da SRTE/RJ verificaram risco grave e iminente à integridade física dos
trabalhadores em obras do Complexo Olímpico
e decidiram, nesta quarta-feira (29) pela interdição do serviço de
escavação na obra do velódromo e embargo da obra da arena de tênis 1.
Na arena de tênis houve o embargo total da obra, por falta de proteção contra quedas em diversos pavimentos, aberturas de piso e vãos de elevadores e escadas de acesso desprotegidos.
A empresas responsáveis pela obra foram notificadas a apresentar documentação e deverão sanear as irregularidades para que os serviços sejam liberados. Durante a paralisação dos serviços, os empregados devem receber como se estivessem em efetivo exercício.
FONTE:
http://glo.bo/1ESk4LZ?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
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