Mesmo com gramado ruim, Timão mantém seu estilo e faz três gols em jogadas bem trabalhadas por baixo. Mas defesa vacila e cede dois gols a equipe com um a menos
O Capivariano chegou à Série A-1 do Paulistão pela primeira vez na história este ano e caprichou na reforma de seu estádio. Faltou, porém, criar um sistema de irrigação para o gramado. Após uma semana de chuvas, o campo da Arena Capivari parecia um lamaçal. Natural que um time técnico como o Corinthians abandonasse seu estilo de toque de bola e buscasse os "chuveirinhos". Mas não foi isso o que aconteceu. Com a bola no chão, e com um homem a mais em campo desde os 24 minutos do primeiro tempo, o Timão venceu por 3 a 2, mantendo-se tranquilo na liderança do Grupo 2 do Paulistão.
Os três gols do Corinthians saíram em jogadas bem trabalhadas, de movimentação, passe e infiltração. Sheik abriu o placar e Guerrero fez os outros dois, todos após a expulsão do goleiro Douglas Friedrich, ainda na etapa inicial. A superioridade fica evidente nas estatísticas. O Corinthians teve 73% da posse de bola e trocou 349 passes certos, contra 95 do Capivariano.
O que era para ser uma vitória tranquila acabou se tornando um sufoco no fim. Em dois vacilos da defesa alvinegra, a menos vazada do Paulistão, o Capivariano fez dois gols. Foi a primeira vez que a equipe de Tite tomou dois gols num mesmo jogo este ano. O time de Capivari lutou até o fim, mas não conseguiu impedir a vitória corintiana.
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Com a vitória, o Corinthians foi a 26 pontos, cinco a mais do que a Ponte Preta, segunda colocada no Grupo 2. Já o Capivariano, com 12, está em segundo no Grupo 4, mas não totalmente livre da luta contra o rebaixamento.
O Corinthians terá agora uma semana cheia, com jogos na terça-feira (contra a Portuguesa, em Itaquera), quinta (Penapolense, também em casa) e domingo (Bragantino, em Bragança Paulista). Já o Capivariano volta a campo na quarta-feira, contra o Audax, em Osasco.
Guerrero, em lance do jogo entre
Capivariano e Corinthians
(Foto: Celio Messias
/ Agência O Globo)
Mesmo num gramado castigado por conta de uma semana com fortes chuvas, o time do Corinthians tratou de tentar jogar sempre com a bola no chão - e muito pelas laterais. Fagner e principalmente Uendel se apresentavam constantemente no ataque. O domínio corintiano, que já era grande, ficou ainda maior aos 24, quando o Capivariano perdeu o goleiro Douglas Friedrich, expulso por tocar com a mão na bola fora da área, cortando um drible de Renato Augusto. O goleiro tentava consertar uma lambança incrível do lateral Oliveira, que perdera a bola para o camisa 8 do Timão.
Com um a mais em campo, o Corinthians fez dois gols em dois minutos, ainda no primeiro tempo. O primeiro foi de Emerson Sheik, aos 44, aproveitando belo passe de Renato Augusto. O segundo foi de Guerrero, em triangulação com Uendel e Sheik.
Na etapa final, o Timão voltou relaxado demais. Acabou castigado aos 12, com Kleiton Domingues marcando após cruzamento rasteiro de Rodolfo. O Corinthians, então, acordou para matar o jogo aos 20. Jadson deixou Guerrero na cara do gol, e o peruano não perdoou, fazendo seu segundo na partida.
O Capivariano tornou a diminuir aos 38. Em bola alçada na área, Fernando Lombardi subiu mais do que Edu Dracena e fez o segundo gol do time de Capivari. Com um homem a menos, a equipe vermelha lutou até o fim, mas não conseguiu chegar ao empate.
Guerrero (à dir) comemora com Uendel e Sheik
um de seus gols em Capivari (Foto: Mauro
Horita / Agência Estado)
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