Silêncio e clima de incerteza marcam participação do argentino na pré-temporada do Fluminense na Flórida. Meia volta ao Brasil com adeus muito próximo
Conca volta ao Brasil após pré nos EUA com adeus muito próximo (Foto: Richard Souza)
- Obrigado por ter ficado no Fluminense, Conca.
O argentino apenas sorriu. Um sorriso amarelo, que passou
batido por aquele tricolor, mas refletia o desconforto com sua situação no
clube e a incerteza sobre o cumprimento do contrato até janeiro de 2017.
Conca começou 2015 insatisfeito. Reapresentou-se com um mês
dos direitos de imagem pagos pela Unimed atrasado e a três dias de completar
mais um (o pagamento costuma ser feito dia 13). O jogador recebe R$ 750 mil.
Deste valor, R$ 500 mil são pagos pela antiga patrocinadora. O clube é responsável
pelos R$ 250 mil restantes.
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O camisa 11 e seus representantes receberam um aviso da cooperativa de médicos. O presidente da empresa, Celso Barros, não faria mais os depósitos. O jogador, que já havia recebido uma proposta do Flamengo, ficaria sem a fatia mais grossa da remuneração. Pesou no bolso.
Procurado novamente pelos chineses (jogou no Guangzhou
Evergrande de 2011 a 2013), o meia, de 31 anos, considerou a proposta salarial
irrecusável. Desta vez, o destino seria o Shanghai Dongya, comandado por Sven
Göran Eriksson.
Silêncio sobre futuro impera
Principal jogador do Fluminense ao lado de Fred, Conca
também esteve entre os mais assediados nos Estados Unidos. Participou de quase
todos os eventos promocionais do Torneio da Flórida, mas sempre sem falar com
os jornalistas sobre o futuro.
No domingo, dia 11, a ausência em uma ação de marketing na
loja da fornecedora de material esportivo do clube, em um Outlet de Orlando, chamou
a atenção. A participação de Darío chegou a ser anunciada, mas ele não
compareceu.
Dois dias depois, ao lado do filho Benjamin, de dois anos e
meio, e da esposa Paula, foi o representante do clube na Parada da Disney.
Falou sobre o evento, mas se recusou a falar sobre sua permanência nas
Laranjeiras.
Conca nos EUA: sorriso amarelo,
encontro com o Mickey e desejo
de voltar à China (Foto: Globo
Esporte.com)
Veio o primeiro jogo da competição, dia 15, e Conca falou
após a derrota por 3 a 0 para o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Antes de começar
a ouvir as perguntas, pediu ao assessor de imprensa do Fluminense que deixasse
claro: "só sobre o jogo".
Nos bastidores, no entanto, Conca falou. Procurou o vice de
futebol Mário Bittencourt para uma reunião e avisou que gostaria de sair. Não
aceitou a contraproposta do clube e mostrou-se decidido.
- O Conca nos chamou para uma reunião e comunicou que havia
chegado uma proposta para ele. Segundo ele, muito boa do ponto de vista
financeiro. Irrecusável. Nos disse que a vontade dele é aceitar, até por causa
da idade que ele está (31 anos). Nós dissemos a ele que essa possibilidade só
existe quando o Fluminense receber a compensação da multa de rescisão.
Situação
simples, direta e reta. Tentamos melhorar bastante, fizemos uma contraproposta
para ele, mas disse que não tínhamos chegado nem perto. Não abriu valores, o
que é direito dele. Se é da vontade dele, da família dele, obviamente que vamos
respeitar, desde que seja respeitado o desejo do Fluminense. Ele é um grande
jogador e ídolo da torcida, o mínimo que queremos é uma compensação financeira
que o Fluminense entenda ser suficiente. Se ele não quer, não podemos ter ele
no clube insatisfeito. Que percentual é esse? Algo sigiloso. No contrato tem
uma multa para saída, e queremos o valor percentual que temos direito - disse
Bittencourt.
A
delegação do Fluminense volta ao Brasil neste domingo. A chegada está
prevista para 11h de segunda-feira (horário de Brasília).
FONTE:
http://glo.bo/1CBRkS0
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