Após fazer golaço e chamar a atenção com comemoração contra Grécia, Pibe é pego no antidoping por efedrina e vê Argentina cair nas oitavas de final da Copa de 9
Estreia da Argentina na Copa do Mundo de 1994. Aos 33 anos, Diego Maradona voltava a usar a camisa 10 "albiceleste". Já não era mais aquele que encantou o mundo na conquista de 1986 ou o vice-campeão de 1990.
Gordinho, desacreditado... Mas logo no primeiro jogo, contra a Grécia, no dia 21 de junho, o Pibe acertou um chutaço de canhota e marcou na vitória por 4 a 0, em Boston. Na comemoração, um misto de raiva e desabafo, com olhos arregalados que chamaram a atenção do planeta. Parecia o início de um novo show do craque, mas o espetáculo foi interrompido de forma prematura: Maradona acabou pego no exame antidoping durante o torneio e até hoje acusa a Fifa de perseguição.
Entre 1991 e 1992, o argentino passou 15 meses suspenso por uso de cocaína. A Copa nos Estados Unidos seria a volta por cima de Maradona. Após o golaço na estreia, o camisa 10 voltou a atuar no 2 a 1 sobre a Nigéria, também em Boston, quatro dias depois. Sorteado para o exame, o capitão do time treinado por Alfio Basile deixou o gramado ao lado de uma enfermeira, sua última imagem como atleta em uma Copa: o meia acabou tendo resultado positivo para efedrina (substância usada em remédios para emagrecer).
Maradona em ação contra a Nigéria e
deixando o campo com enfermeira:
adeus à Copa (Foto: Getty
Images e AP)
A confirmação da suspensão de Maradona aconteceu no dia 30, horas antes da partida contra a Bulgária pela terceira rodada do Grupo D.
A Argentina não venceria mais nos Estados Unidos. Naquele dia, 2 a 0 para os búlgaros e, três dias depois, derrota por 3 a 2 para a Romênia nas oitavas de final. O Pibe acompanhou a eliminação das tribunas e chorou.
A partida contra a Nigéria marcou a despedida de Diego com a camisa argentina (no total, foram 91 jogos e 34 gols). Aquela foi ainda a última vez em que um jogador foi flagrado em um exame antidoping em Copas do Mundo.
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