sábado, 1 de março de 2014

Eduardo Hungaro reconhece situação difícil do Bota, mas não joga a toalha

Técnico diz que é preciso acreditar enquanto existir chances de classificação para a semifinal: 'Eu sou o último a pular do navio, não vou largar esta esperança'

Por Rio de Janeiro

A derrota por 2 a 0 para o Macaé, neste sábado, em Moça Bonita, deixou o Botafogo em situação bastante complicada no Carioca para tentar a classificação para as semifinais. O Glorioso permanece com 15 pontos e, a quatro rodadas do fim, esta a seis pontos de distância do quarto colocado, o Vasco (veja o vídeo com os melhores momentos da partida).



O técnico Eduardo Hungaro reconheceu que o cenário é ruim para o Bota, mas afirmou que não vai jogar a toalha enquanto a matemática permitir.

- Nossa situação é difícil, temos que ser realistas, mas enquanto houver chances nós vamos acreditar. Precisamos trabalhar e buscar. Estamos a seis pontos, e são 12 ainda em disputa. Temos a chance matemática ainda, por isso acredito. Eu sou o último a pular do navio, não vou largar esta esperança porque tenho confiança nos jogadores. O resultado de hoje foi muito ruim.

Na próxima rodada, quinta-feira, contra o Audax, novamente em Moça Bonita, o Botafogo vai entrar com força máxima. O elenco ganha folga neste domingo e segunda-feira e retorna ao trabalho na terça.

Confira a entrevista completa do técnico Eduardo Hungaro:

Análise da partida
- A equipe começou bem o jogo, controlando as ações, mas se desestabilizou com o gol do Macaé. Nossas piores atuações foram em Moça Bonita, o campo não nos favorece. Mas não serve de desculpa, o adversário também teve dificuldades. O Macaé ficou postado atrás e buscou os contra-ataques. Individualmente também tivemos uma partida abaixo.

Planejamento daqui para frente no Carioca
- Nosso planejamento não depende de resultados. Na quinta-feira vai atuar a equipe que está jogando a Libertadores, mas hoje não tinha condição nenhuma, os jogadores estavam em um nível físico muito abaixo (do ideal). Não esperávamos estes resultados no Carioca. Os gols não estão saindo quando as chances aparecem. O lugar que estamos na tabela não corresponde ao Botafogo, e a responsabilidade é minha.


Eduardo Hungaro, Botafogo x Macaé (Foto: Vitor Silva/SSPress) 
Eduardo Hungaro, na derrota do Botafogo para 
o Macaé em Moça Bonita 
(Foto: Vitor Silva/SSPress)


Consequências de uma possível desclassificação no Carioca
- Temos consciência que pode existir (mais pressão na Libertadores), mas fizemos uma opção. Não vou passar a trabalhar de uma forma que considero errada porque os resultados imaginados não aconteceram. Gostaríamos de estar no G-4, mas isso não pode interferir naquilo que imaginamos ser o melhor para o Botafogo. Os resultados da Libertadores nos credenciam a pensar que estamos fazendo o planejamento certo.

O próximo é o time da Libertadores, e a tendência é de que o clássico contra o Flamengo seja a equipe que está jogando o Carioca. Os resultados estão aquém, e a responsabilidade é minha."
Eduardo Hungaro
 
 Inconstância do time B do Bota
- Não deu liga neste jogo. Semana passada todos estavam elogiando a bela partida que fizeram contra o Fluminense. Pela primeira vez repetimos a escalação. Realmente não foi bem hoje (sábado). Repito que teríamos que estar em uma situação melhor, mas ainda há um fio de esperança.

Diferença do time em relação ao 3 a 0 em cima do Flu
- Ambiente, campo, posicionamento do adversário, horário e o mau jogo que fizemos depois de levar o primeiro gol.

Falha coletiva no lance que originou o primeiro gol do Macaé


- Saiu em uma jogada mostrada por nós, sabíamos que o tiro de meta deles era batido daquela forma para o camisa 9 raspar de cabeça. Falhamos algumas vezes no jogo. Eu assumo essa falha junto com o grupo. Deveríamos ter treinado mais para estarmos melhor preparados para a situação. Tínhamos o domínio do jogo, mas a partir dali mudou tudo. 


Atuação de Bolatti
- Fez um bom jogo, mas ele sofre muito nesse campo. É muito importante a aceleração no passe para dar velocidade aos lances. Não saímos na cara do goleiro nenhuma vez, porque o gramado está alto e prende a bola. Não é desculpa. Tínhamos que construir o jogo, e o Macaé se fechar e sair no contra-ataque. O Bolatti, apesar de ter ido bem, acho que em outros jogos foi ainda melhor.

Dificuldade de enfrentar times retrancados
- Temos que melhorar isso. Temos uma dificuldade na construção ofensiva por sermos uma equipe que mudou bastante neste setor. A equipe da Libertadores tem essa dificuldade e também vai enfrentar isso aqui em Moça Bonita contra o Audax na quinta-feira. Isso requer tempo, entrosamento. Por vezes tem faltado mais de magia. Estamos tendo dificuldades quando os adversários se trancam.

Clássico com o Fla com o time B?
- O próximo é o time da Libertadores, e a tendência é de que no clássico com o Flamengo seja a equipe que está jogando o Carioca. Os resultados estão aquém, e a responsabilidade é minha. Não é querer bancar o herói, mas não vamos mudar o planejamento porque os resultados do Carioca não vieram. 




FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/03/hungaro-revela-que-primeiro-gol-do-macae-desestabilizou-o-botafogo.html

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