quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cervejaria recua, e cariocas devem ficar sem aporte para erguer CTs


Ambev entraria com 50% do valor para Bota, Flu e Vasco, mas saída da Prefeitura atrapalhou acordo. Cruz-Maltino diz que há contrato assinado

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

O sonho de Botafogo, Fluminense e Vasco finalmente começarem a construir seus centros de treinamento ganhou um obstáculo. A Ambev, parceira em diversas ações nos últimos anos, recuou e não deve entrar mais com o aporte financeiro imediato para iniciar as obras ainda este ano, conforme publicou o jornal "Extra" em sua edição desta terça-feira. A verba seria de 50% do orçamento, mas dois fatores primordiais afastaram o investimento: a demora da cessão dos terrenos, a saída da Prefeitura do acordo que fecharia os outros 50%. Assim, os clubes terão de encontrar uma nova solução para não atrasar os planos.

O caso do Flamengo é semelhante, embora já tenha um CT erguido. A diretoria contava com pelo menos R$ 5 milhões da empresa transnacional para finalizar as melhorias necessárias para o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os outros três rivais deveriam receber R$ 6,5 milhões, de acordo com a previsão de custo de R$ 13 milhões para deixar o local (hoje repleto de mata alta) em condições de começar a receber treinos.


terreno CT Vasco Botafogo Vargem Grande (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Local de Botafogo e Vasco ainda conta com mata alta (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Desde que a Prefeitura se afastou da transação, mesmo que ainda de forma extraoficial, a Ambev passou a ter o receio de injetar dinheiro em projetos que poderiam ficar emperrados, como em todas as tentativas dos clubes cariocas até hoje. Todos estão endividados, com dificuldades para pagar salários em dia, e a situação do Vasco, em especial, é de grave crise há oito meses, a ponto de ter as receitas penhoradas pela Fazenda Nacional.
Não está descartado, porém, o auxílio por novas maneiras, como a coparticipação no investimento de outros eventuais parceiros, na infraestrutura após a construção ou até a entrada como fiador caso empréstimos privados sejam aprovados posteriormente.

Três clubes desconhecem a decisão

O atraso na definição dos detalhes e, consequentemente, da assinatura dos documentos também teria feito com que a cervejaria redirecionasse parte de seus recursos no período e revisse sua realidade. Após o aval do prefeito Eduardo Paes, o Diário Oficial publicou a cessão das áreas de Vasco e Botafogo apenas no último dia 2 de abril. Ambos dividirão o espaço, também em Vargem Grande, de 58 mil metros quadrados. Já o Flu tem seu terreno separado, em Jacarepaguá.

No entanto, a diretoria cruz-maltina, por exemplo, desconhece a mudança e garante ter um contrato registrado com a parceira, válido por cinco anos, para a exploração do CT com sua marca, em relação a placas de publicidade, anúncios gerais e exclusividade em itens do tipo. O Fla é outro que não sabe do provável afastamento. O vice de patrimônio do Rubro-Negro, Alexandre Wrobel, disse que almoçará com um representante da empresa nesta terça. O Botafogo também prefere esperar a manifestação da empresa para se posicionar.

Terreno do Fluminense na Barra da Tijuca (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Terreno para o CT do Flu em 2012, entre a Barra e Jacarepaguá (Foto: André Durão / Globoesporte.com)


  FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/04/cervejaria-recua-e-cariocas-devem-ficar-sem-aporte-para-erguer-cts.html

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