A defesa do jogador aceitou que as partes suspendessem o processo para negociar, mas aguarda uma nova e mais robusta oferta, mais perto dos R$ 55 milhões referentes aos dois processos que correm na 9 Vara do Trabalho, por atraso salarial e danos morais.
— Ficou aquém do que o atleta esperava. Depois de tanto tempo que a ação foi movida, a defesa pensou que o Flamengo teria um valor mais concreto para fechar acordo — explicou a advogada Clara Galdino, do escritório de Gislaine Nunes, que, ao lado de Sérgio Queiroz, fez a defesa.
Os advogados do Flamengo Marcos Motta e Bichara Neto calculam uma segunda proposta, esticando a corda até no máximo R$ 12 milhões.
— Vamos esperar 15 dias para ver se vai ter acordo. Os valores são muito distantes, a dificuldade reside aí. Suspendemos o processo para poder negociar — explicou Bichara Neto, ao deixar a audiência, que não teve nenhum membro da diretoria rubro-negra.
A presidente Patricia Amorim não foi, assim como o vice jurídico Rafael De Piro. Advogado do futebol, Andre Galdeano apareceu como testemunha, mas não foi chamado.
Sob a pressão de um corredor lotado na saída da audiência, chamado de mercenário, Ronaldinho sorriu e admitiu fazer acordo.
— Quero é acertar tudo, sem problemas. Por mim, tem acordo. O caminho é esse.
R49 saiu escoltado do Fórum. A advogada dele reclamou da desorganização, um dos motivos para a suspensão da sessão, conduzida pela juíza assistente Adriana Freitas.
— Haviam outras pessoas que não tinham a ver com o processo, agrediram verbalmente e empurraram o atleta. Esse clima contribuiu para que a audiência fosse suspensa. Foi pesado — disse Clara Galdino.
Alguns milhões separam R49 e Flamengo do acordo.
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