domingo, 25 de novembro de 2012

Desfalcados, Timão e Peixe ficam no empate em bom jogo no Pacaembu

Corinthians, sem Paulinho, e Santos, sem Neymar, travam duelo quente, mas que pouco interfere na classificação do


 A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari e Marcelo Prado

Sem suas principais estrelas, Corinthians e Santos fizeram um jogo de equilíbrio na atuação e no placar. No duelo de Tite e Muricy, dois dos técnicos candidatos ao cargo na Seleção Brasileira, Corinthians, sem Paulinho, e Santos, desfalcado de Neymar, empataram por 1 a 1, neste sábado, no Pacaembu, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O estádio estava lotado: o público pagante foi de 34.171 pessoas, e o total, de 36.482, com renda de R$ 1.157.591,94. E tudo no ritmo do Mundial do Japão.

Foi um embate entre pressa e paciência. O Timão teve um início insinuante, semelhante ao que fez em toda Libertadores, mas se perdeu em momentos de um nítido nervosismo e permitiu que o Peixe equilibrasse o jogo. Tranquilidade que sobrou para o Santos sair na frente com Felipe Anderson no primeiro tempo. A igualdade veio a dez minutos do fim, em uma cabeçada certeira do zagueiro Wallace.

A pouco mais de uma semana da viagem para o Oriente, o Corinthians tem quebrada sua série de quatro vitórias consecutivas no Brasileirão e cai para a sexta posição, com 57 pontos. Na rodada final, dois dias antes do embarque, faz outro clássico, agora contra o São Paulo, domingo, às 17h, novamente no Pacaembu – o Morumbi será usado para o show da cantora Madonna.
  
Já o Santos minimiza os números pouco positivos na edição de 2012. O time que iniciou a competição como um dos favoritos ao título aparece apenas na nona colocação, com 50 pontos. No próximo sábado, encerra a participação diante do Palmeiras, às 19h30m, na Vila Belmiro.

Danilo do Corinthians e Arouca do Vasco (Foto: Leandro Martins / Ag. Estado)Danilo, do Corinthians, na perseguição a Arouca, do Santos (Foto: Leandro Martins / Ag. Estado)

Timão começa bem, Peixe marca primeiro

A aproximação do Mundial de Clubes fez o Corinthians voltar a utilizar uma estratégia de muito sucesso na Libertadores. Com a marcação adiantada, o Timão iniciou a partida em ritmo alucinante e forçou os erros defensivos do Santos. Espaço para isso não faltou. Tanto que, em seis minutos, Romarinho e Guerrero apareceram livres na área e só não marcaram por causa de boas saídas do goleiro Rafael.

O Peixe conseguiu jogar quando encaixou a marcação sobre o setor ofensivo corintiano. Se a velocidade foi a arma do Timão, a equipe do litoral apostou na paciência para acalmar a partida. Substituto de Neymar, suspenso, Victor Andrade pouco produziu. Apareceu apenas recebendo de Muricy Ramalho uma sonora bronca na beirada do campo por não cumprir as orientações táticas de atuar pela direita. Na esquerda, Patito Rodríguez era igualmente nulo.

Com Anderson Polga e Edenílson nas vagas de Ralf e Paulinho na marcação, o Corinthians ficou vulnerável na proteção à defesa e mostrou dependência de seus selecionáveis. Por lá, o Santos chegou ao gol, aos 35 minutos. Felipe Anderson tabelou com André, invadiu a área e chutou forte, no canto esquerdo de Cássio.

Todo o volume apresentado pelo Corinthians no início da partida desapareceu até o fim do primeiro tempo. A reação esperada pelos mais de 30 mil alvinegros presentes no Pacaembu não aconteceu. Na melhor chance criada, Romarinho errou a cabeçada com o gol vazio após saída errada de Rafael em cobrança de escanteio.
  
Tite manda Corinthians ao ataque e consegue o empate

O Corinthians voltou para o segundo tempo com a mesma postura de tentar encurralar o Santos no campo de defesa nos primeiros minutos. No embalo da torcida, o Timão foi para cima e teve grande oportunidade nos pés de Emerson. Ele recebeu na área um passe de Guilherme Andrade nas costas da defesa e chutou por cima.

Coincidência ou não, a equipe se enervou após a chance perdida e, mais uma vez, permitiu que o Peixe crescesse de produção. Sheik tentou resolver o jogo sozinho, abusando dos lances individuais e sendo pouco produtivo coletivamente. Romarinho correu, correu, correu... enquanto Guerrero e Danilo, bem marcados, quase não apareceram.

Tite arriscou tudo com a entrada de Guilherme no lugar de Anderson Polga e Jorge Henrique em substituição a Guilherme Andrade. O time ficou mais ofensivo, mas abriu espaços para o Santos atacar. Arouca fez grande atuação, tanto na marcação quanto no auxílio ao ataque. Para azar de Muricy, somente Felipe Anderson teve algum destaque. Pato Rodríguez, André e Victor Andrade quase nada produziram.

Sem conseguir criar com a bola no chão, o Corinthians chegou ao empate aos 34, em um lance de bola parada. Após cobrança de falta pela direita, o zagueiro Wallace apareceu entre os defensores rivais e cabeceou no canto direito de Rafael. Explosão corintiana no Pacaembu, de comemoração e alívio, num jogo que pouco importava para as pretensões dos dois times, mas que muito valia para alimentar a rivalidade que tem crescido muito nos últimos anos. 


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