Atacante abusa de álcool, deixa a Itália, interrompe carreira e retorna ao Fla para ser artilheiro e campeão, com novas polêmicas fora de campo
Em abril de 2009, depois de defender a seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo, Adriano não se reapresentou ao Internazionale de Milão. Viajou ao Rio e ficou três dias internado na Vila Cruzeiro, sem dar notícias. Ele só queria ser feliz, andar tranquilamente na favela onde nasceu. Mas não havia nada tranquilo em sua vida. Como em outras ocasiões, o Imperador estava com seu reino em ruínas, abusando do álcool.
- Quero é ser feliz, dinheiro não me importa. Felicidade não se compra nunca. Vou fazer e acabou – dizia Adriano.
Mas, nos momentos de lucidez, ele confessava:
- Bebida é uma fuga. Quando está triste, bebe, esquece, no outro dia é a mesma coisa. Quando vê, já está dentro e não consegue mais sair. Quando estava no limite, vi que tinha que voltar.
Na mesma época, o então empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, confirmou que seu cliente enfrentava graves problemas particulares. Ainda em abril de 2009, o atacante anunciou que pararia de jogar futebol por tempo indeterminado. No mês seguinte, porém, acertou o seu retorno ao Flamengo. Começava uma nova fase de gols. E de problemas.
No Rio, ele voltava aos braços da família, perto dos amigos, com quem dividia farras, churrascos e noitadas.
- Adriano tem um coração enorme. Não sabe dizer não, e muitas vezes não tem limite: quando acha que está bem, bebe muito para comemorar; quando está mal, bebe para esquecer. Pelo porte físico, tem extrema resistência ao álcool – disse um dos amigos que por muitas vezes tiveram a missão de tentar acordar o jogador para que ele fosse treinar no Flamengo, em 2009.
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Entre tórrida paixão, houve muitas brigas. Quando Adriano se internava na Vila Cruzeiro, Joana não se furtava de ir até a favela e passar por traficantes para enquadrar o jogador. Em uma das vezes, em março de 2010, aconteceu o episódio conhecido como “Barraco da Chatuba”, quando a namorada ofendeu companheiros de time que acompanhavam o atacante e atirou pedras nos carros.
- Adriano é uma pessoa incrível, sempre foi muito fiel. O único problema é que a gente tinha um gênio muito forte, brigávamos muito. Não dava mais para continuar. Eu quis terminar – afirmou Joana, no ano passado.
Depois do episódio, Adriano não viajou com a delegação para a Venezuela, onde o Rubro-Negro enfrentou o Caracas, pela fase de grupos da Libertadores de 2010. Dias depois, Adriano apareceu na Gávea de mãos dadas com Joana.
- Adriano vai arrumar uma esposa bacana, que o ajude. A mãe não pode dormir ao lado – brincou Rosilda.
Longa lista de mulheres
Mas o desejo de Rosilda ainda não se concretizou. Volta e meia, os sites de celebridades estampam Adriano em companhia de morenas, louras, mulatas. Na lista do Imperador, figuram Dani Bolina, Dani Sperle, Luana Kisner, Cassia Menega, Mulher Moranguinho e outras frutas mais.
Adriano tem dois filhos com Danielle Carvalho, que é evangélica, discreta e caseira, e mora no mesmo condomínio da ex-sogra, Rosilda.
Em 2010, Adriano enfrentou ainda questionamentos sobre ligações com traficantes da Vila Cruzeiro. No Natal de 2011, uma mulher foi baleada dentro do carro onde estava o atacante.
Novamente, Adriano está perto da família, de novo no Flamengo; como em outras vezes, prometeu se controlar, mas escorregou e faltou a dois treinos. Abusou da bebida, trocou o Ninho do Urubu pela Vila Cruzeiro. Aos 30 anos, ele admite:
- É minha última chance, se errar, vou falar com a minha família e amigos: “Gente, parei, acabou”.
*Nesta matéria, há trechos de entrevistas inéditas de Adriano, de sua mãe, Rosilda, e de sua avó, Wanda, concedidas ao repórter Tino Marcos, da TV Globo, antes da Copa do Mundo de 2010
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/09/feliz-ano-velho-em-2009-mulheres-bebida-e-o-ultimo-brilho-de-adriano.html
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