Seleção celeste é formada apenas por atletas que trabalham e estudam
Paola Galusso, levantadora do Uruguai(Foto: Éwerton Araujo / Globoesporte.com)
Contra a seleção brasileira, as uruguaias entraram em quadra sabendo que não podiam vencer. A meta era aprender e ganhar experiência com o duelo. Afinal, nenhuma das atletas da seleção é profissional na modalidade. Todas trabalham e jogam vôlei amador. Paola, por exemplo, é executiva de uma multinacional e pegou licença no trabalho para poder representar seu país no Pré-Olímpico.
- Eu pratico vôlei desde os onze anos e tiro licença do trabalho para poder servir a seleção. Faço isso por amor. Amor à camisa do nosso país. Todas nós somos atletas amadoras, trabalhamos e estudamos. Respeitamos o Brasil e temos essas meninas como um exemplo a ser seguido. Elas são muito boas. Aproveitamos muito desse jogo – disse a levantadora.
Todas nós somos atletas amadoras, trabalhamos e estudamos"
Paola Galusso
O fato chamou atenção das brasileiras que estiveram em quadra. Fabiola, que atua na mesma posição, mas do lado do Brasil, se impressionou com o que viu e para ela a levantadora uruguaia mostrou que é possível, mesmo fora dos padrões, ser atleta.
- Como se vê, ela não é dos padrões normais. É um pouco mais fortinha e isso, querendo ou não, exige mais dela em quadra. Mas ela se supera, mostra que é possível jogar mesmo nessas condições. Com certeza a questão de ela trabalhar e não viver somente do vôlei interfere na forma física dela. A gente aqui no Brasil faz isso todos os dias e de uma forma muito intensa. Além de termos uma alimentação balanceada e uma rotina que para quem trabalha como ela, não dá para ter.
Seleção do Uruguai arma ataque contra o Brasil no Pré-Olímpico (Foto: Celio Messias / VIPCOMM)
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