A CRÔNICA
por
Daniel Romeu
O Verdão viajou ao Ceará com a missão de vencer o Horizonte-CE por dois
gols de diferença e eliminar o jogo de volta na segunda fase da Copa do
Brasil. Com certo sofrimento, conseguiu. Graças à categoria de Marcos
Assunção nas cobranças de falta e escanteio e à habilidade de Maikon
Leite, ganhou de virada do Horizonte-CE por 3 a 1, no acanhado, porém
lotado estádio do Domingão, e garantiu a classificação às oitavas de
final.
No primeiro tempo, o Verdão sofreu com a pressão da torcida local. Mateus surpreendeu, abrindo o placar para o Horizonte. E o Verdão sofreu para empatar. Na etapa final, no entanto, Maikon Leite entrou bem e os cearenses sucumbiram.
Complicou? Manda no Assunção...
A festa armada em Horizonte, pequena cidade no interior do Ceará, para receber o Palmeiras foi grande. Uma queima de fogos digna de Réveillon “incendiou” as torcidas minutos antes do apito inicial. Ao mesmo tempo, no entanto, uma mudança promovida pelo técnico Luiz Felipe Scolari deixou os palmeirenses um pouco ressabiados. Com Maikon Leite no banco, o Verdão tentaria golear o Horizonte e eliminar a volta com somente um atacante: Hernán Barcos. João Vitor e Wesley começaram juntos no meio-campo.
Com a nova formação, o Palmeiras precisou de um tempo para se encontrar. No ataque, o time rondava a área horizontina, confiante de que marcaria o gol a qualquer instante. João Vitor aparecia em todos os cantos do campo e, em duas cabeçadas, Daniel Carvalho passou perto de abrir o placar. Mas o time pagou caro pela demora em furar a defesa adversária. Aos 19 minutos, o Domingão foi ao delírio: João Paulo levantou bola na área, a zaga alviverde afastou mal e Mateus bateu de primeira na sobra, direto para o fundo da rede de Deola.
Quando o jogo complica, o Palmeiras, automaticamente, parece voltar a 2011. Está difícil? A solução é buscar oportunidades em bolas paradas e rezar para que Marcos Assunção decida. Um minuto depois de sofrer o gol, o volante cobrou falta com perigo no travessão. Assim como na última temporada, o pé do capitão segue calibradíssimo. Cruzamento após cruzamento, o Verdão chegou perto do empate. Aos 34, num escanteio, Leandro Amaro subiu alto e colocou mais um gol na conta.
Ainda assim, o empate não tranquilizou a equipe e, mesmo pressionando, todo contra-ataque armado pelo Horizonte era um desespero no setor defensivo alviverde. Vanger, camisa 9 do time da casa, dava trabalho pela esquerda e “entortou” Cicinho e Leandro Amaro em diversos lances. Mas o problema dos times era o mesmo: as chances apareciam e não eram aproveitadas. No fim, o empate parcial foi justo.
Sem os reforços, vieram os gols
O Verdão foi pressão total no início da segunda etapa. Ainda assim, só com Marcos Assunção o time chegava perto de marcar. Na primeira boa chance, o volante cobrou falta de longe, e o goleiro Jefferson espalmou para escanteio. Contratado a peso de ouro, Wesley, mais uma vez, mostrava desentrosamento e pouco tocava na bola – logo no início, saiu para a entrada de Maikon Leite. O Horizonte também rondava a área alviverde, e Felipão tentava dar uma injeção de ânimo em sua equipe.
Barcos, outro reforço de peso, também fez partida apagada. Sem chances e bem marcado, deu lugar a Ricardo Bueno e saiu muito vaiado pela torcida local. Apesar das mudanças, o ritmo e a qualidade do jogo caíram. O Palmeiras seguia pressionando, mas as jogadas pelo meio batiam na zaga.
Enquanto isso, o Horizonte também não aproveitava os contra-ataques. Feliz com o empate, o time cearense cumpria o objetivo principal de levar a decisão para o jogo de volta. Mas deixava espaços, esperava o adversário e entrava no jogo do Alviverde. Numa cobrança, aos 22 minutos, Assunção ajeitou com carinho. No cruzamento do capitão, Leandro Amaro, de novo, cabeceou e decretou a virada palmeirense.
Pouco depois, aos 26, na intermediária do Palmeiras, o Horizonte vacilou e entregou o contra-ataque fatal. Maikon Leite tabelou com Ricardo Bueno e, na velocidade, decidiu. Sozinho, recebeu a bola e bateu colocado, tirando do alcance do goleiro e fazendo o belo gol decisivo.
O Horizonte ainda teve uma ótima oportunidade para garantir ao menos o jogo de volta. André bateu cruzado e Deola, sem jeito no lance, quase foi surpreendido. Nos descontos, Pedro Carmona ainda carimbou a trave em lance que poderia ter decretado a goleada alviverde no Ceará. Mas a jogada não comprometeu o time de Felipão. Sem o brilho dos badalados reforços, mas com o capitão e os operários de 2011, o Palmeiras está nas oitavas da Copa do Brasil. Sofrido, como de costume na competição nacional.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2012/04-04-2012/horizonte-palmeiras.html
No primeiro tempo, o Verdão sofreu com a pressão da torcida local. Mateus surpreendeu, abrindo o placar para o Horizonte. E o Verdão sofreu para empatar. Na etapa final, no entanto, Maikon Leite entrou bem e os cearenses sucumbiram.
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Agora, o Palmeiras espera o vencedor do confronto entre Ceará e Paraná –
o primeiro jogo será na próxima quarta-feira, em Fortaleza. Antes
disso, o time volta a campo neste domingo, mas pelo Paulistão: enfrenta o
Guarani, às 16h, em Campinas. O Horizonte tem o próximo compromisso só
na terça-feira, quando enfrenta o Guarany de Sobral-CE, às 20h20, pelo
Campeonato Cearense.
João Vitor voltou ao time titular nesta quarta-feira, contra o Horizonte (Foto: Jarbas Oliveira / Ag. Estado)
A festa armada em Horizonte, pequena cidade no interior do Ceará, para receber o Palmeiras foi grande. Uma queima de fogos digna de Réveillon “incendiou” as torcidas minutos antes do apito inicial. Ao mesmo tempo, no entanto, uma mudança promovida pelo técnico Luiz Felipe Scolari deixou os palmeirenses um pouco ressabiados. Com Maikon Leite no banco, o Verdão tentaria golear o Horizonte e eliminar a volta com somente um atacante: Hernán Barcos. João Vitor e Wesley começaram juntos no meio-campo.
Com a nova formação, o Palmeiras precisou de um tempo para se encontrar. No ataque, o time rondava a área horizontina, confiante de que marcaria o gol a qualquer instante. João Vitor aparecia em todos os cantos do campo e, em duas cabeçadas, Daniel Carvalho passou perto de abrir o placar. Mas o time pagou caro pela demora em furar a defesa adversária. Aos 19 minutos, o Domingão foi ao delírio: João Paulo levantou bola na área, a zaga alviverde afastou mal e Mateus bateu de primeira na sobra, direto para o fundo da rede de Deola.
Quando o jogo complica, o Palmeiras, automaticamente, parece voltar a 2011. Está difícil? A solução é buscar oportunidades em bolas paradas e rezar para que Marcos Assunção decida. Um minuto depois de sofrer o gol, o volante cobrou falta com perigo no travessão. Assim como na última temporada, o pé do capitão segue calibradíssimo. Cruzamento após cruzamento, o Verdão chegou perto do empate. Aos 34, num escanteio, Leandro Amaro subiu alto e colocou mais um gol na conta.
Ainda assim, o empate não tranquilizou a equipe e, mesmo pressionando, todo contra-ataque armado pelo Horizonte era um desespero no setor defensivo alviverde. Vanger, camisa 9 do time da casa, dava trabalho pela esquerda e “entortou” Cicinho e Leandro Amaro em diversos lances. Mas o problema dos times era o mesmo: as chances apareciam e não eram aproveitadas. No fim, o empate parcial foi justo.
Maikon Leite comemora gol da classificação do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
O Verdão foi pressão total no início da segunda etapa. Ainda assim, só com Marcos Assunção o time chegava perto de marcar. Na primeira boa chance, o volante cobrou falta de longe, e o goleiro Jefferson espalmou para escanteio. Contratado a peso de ouro, Wesley, mais uma vez, mostrava desentrosamento e pouco tocava na bola – logo no início, saiu para a entrada de Maikon Leite. O Horizonte também rondava a área alviverde, e Felipão tentava dar uma injeção de ânimo em sua equipe.
Barcos, outro reforço de peso, também fez partida apagada. Sem chances e bem marcado, deu lugar a Ricardo Bueno e saiu muito vaiado pela torcida local. Apesar das mudanças, o ritmo e a qualidade do jogo caíram. O Palmeiras seguia pressionando, mas as jogadas pelo meio batiam na zaga.
Enquanto isso, o Horizonte também não aproveitava os contra-ataques. Feliz com o empate, o time cearense cumpria o objetivo principal de levar a decisão para o jogo de volta. Mas deixava espaços, esperava o adversário e entrava no jogo do Alviverde. Numa cobrança, aos 22 minutos, Assunção ajeitou com carinho. No cruzamento do capitão, Leandro Amaro, de novo, cabeceou e decretou a virada palmeirense.
Pouco depois, aos 26, na intermediária do Palmeiras, o Horizonte vacilou e entregou o contra-ataque fatal. Maikon Leite tabelou com Ricardo Bueno e, na velocidade, decidiu. Sozinho, recebeu a bola e bateu colocado, tirando do alcance do goleiro e fazendo o belo gol decisivo.
O Horizonte ainda teve uma ótima oportunidade para garantir ao menos o jogo de volta. André bateu cruzado e Deola, sem jeito no lance, quase foi surpreendido. Nos descontos, Pedro Carmona ainda carimbou a trave em lance que poderia ter decretado a goleada alviverde no Ceará. Mas a jogada não comprometeu o time de Felipão. Sem o brilho dos badalados reforços, mas com o capitão e os operários de 2011, o Palmeiras está nas oitavas da Copa do Brasil. Sofrido, como de costume na competição nacional.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2012/04-04-2012/horizonte-palmeiras.html
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