Camila foi ouro em 1999 como ginasta e em 2003 como assistente: ‘Justo no Rio fiquei fora’. Por Guadalajara, viu o filho apenas duas vezes por mês
Camila Ferezin chora após a conquista do ouro
(Foto: Luiz Pires / Vipcomm)
(Foto: Luiz Pires / Vipcomm)
Quando estava escolhendo uma das músicas para as coreografias, leu a letra de “My Way” e não teve dúvidas. Era daquele jeito que ela retornaria a um lugar do qual tinha sido afastada.
- Quando assumi a seleção, falei: “Assumo, mas deixem que eu faça do meu jeito”. Comecei um trabalho com ginastas novas que têm tudo para chegar a 2016. É um trabalho para 2016, mas arrisquei. Elas são inexperientes. Mais da metade nunca tinha participado de um campeonato mundial e de cara foram para um pré-olímpico, na França. Não conseguimos a vaga olímpica, mas atingimos o objetivo: o ouro no Pan.
Depois do ouro em Santo Domingo e das Olimpíadas de Atenas-2004, a seleção passou a treinar em Vitória. Nessa transição, Camila ficou fora da comissão técnica.
- Justo no Pan do Rio eu fiquei fora. Foi muito triste. Era o que eu mais sonhava.
Em fevereiro, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) então fez o convite para que Camila voltasse. Teria, porém, de morar em Aracaju. O filho, João Lucas, de 12 anos, ficou em Londrina.
- É muito difícil ficar longe da família, mas uma medalha como essa compensa tudo. A cada 15 dias ele ia a Aracaju, e eu a cada 15 dias ia a Londrina.
Sacrifício recompensado, Camila pode voltar a abraçar suas meninas mais duas vezes. Nesta segunda elas disputam a final de bolas.
- Voltar como técnica e com o ouro faz eu me sentir muito realizada. Durante esse tempo, aprendi muita coisa. Fui treinar as ginastas do meu clube. Acho que assumi a seleção no momento certo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/primeira-campea-em-pan-tecnica-usa-my-way-como-resposta-apos-corte.html
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