Campeã de tudo em 2011 ao lado de Larissa afirma que precisa descansar antes dos Jogos, mas convites para amistosos podem atrapalhar os planos
Juliana quer descansar antes das Olimpíadas de
ano que vem (Foto: Júlia Pecci / SporTV.com)
ano que vem (Foto: Júlia Pecci / SporTV.com)
Apesar de um 2011 praticamente perfeito, Juliana afirma que algumas coisas precisam mudar na preparação para as Olimpíadas. Faltando cerca de nove meses para os Jogos, a atleta reclama da grande quantidade de compromissos e da falta de férias.
- Precisamos de tempo para curtir todos esses títulos. Não tivemos descanso. Precisamos recarregar para estarmos leves nas Olimpíadas - comenta, em entrevista ao SPORTV.COM, após participar do programa "Tá na Área".
O plano da dupla é tirar os meses de dezembro e janeiro de férias, mas Juliana sabe que isso é muito difícil, ainda mais ficando no país. Além das quatro etapas que faltam do Circuito Brasileiro, a dupla tem convites para dois amistosos contra as americanas Walsh e May e para o desafio Brasil x Estados Unidos.
Retrospecto positivo no México
Juliana se impressionou com o carinho no México
(Foto: Crédito: Washington Alves / Inovafoto / COB)
(Foto: Crédito: Washington Alves / Inovafoto / COB)
A primeira vitória sobre as americanas aconteceu em 2005, na última etapa do Circuito Mundial, na cidade de Acapulco. A televisão local transmitia as partidas do campeonato e a dupla brasileira ganhou diversas etapas naquele ano. Por conta de algumas embaixadinhas que fazia antes das partidas, Juliana recebeu o apelido de "Ronaldinha".
A atleta conta que não acreditava quando o técnico da dupla mexicana exaltava o carinho que a população local tinha por elas.
- Quando chegamos lá, ficamos surpresas. Eles acreditavam mais do que a gente que íamos vencer. Antes do jogo da semifinal, uma criança me deu uma camisa de Nossa Senhora de Guadalupe e eu vesti. A torcida na arena veio abaixo - relembra.
A partida entrou para o Livro dos Recordes como a mais longa e com o maior número de pontos em um jogo de vôlei de praia. Foi 1h42m de disputa, com o segundo set terminando em 42 a 40. A dupla brasileira demorou cinco horas para sair da Arena, entre cansaço e atendimento aos fãs. Na volta, Juliana lembra ter ficado impressionada com a repercussão do título. No embarque para o Brasil, já na Cidade do México, agentes da alfândega mexicana pediam para tirar fotos, o piloto, que mantém contato com Juliana até hoje, as convidou para ir à cabine e anunciou que elas estavam no voo.
Quartos separados para evitar brigas
Juntas desde 2004, Juliana e Larissa têm personalidades muito diferentes. A primeira gosta mais de cidade, praia e música, enquanto a segunda é mais calma, preferindo fazenda e tranquilidade. Com tanto tempo de convivência, brigas são inevitáveis, mas para tentar diminuir o desgaste, as duas ficam em quartos separados quando viajam. Juliana reclama que o celular da companheira não para de tocar enquanto ela quer descansar.
Elas somam mais de 15 títulos entre competições brasileiras, continentais e mundiais. A última conquista foi a medalha de ouro no Pan-Americano de Guadalajara. A final não foi fácil. As brasileiras enfrentaram as donas da casa e uma arena lotada. Dessa vez, obviamente, os mexicanos torceram contra.
Larissa e Juliana com uma das conquistadas
neste ano, do Pan (Foto: Mariana Canedo)
neste ano, do Pan (Foto: Mariana Canedo)
Mesmo frustrando a festa dos torcedores locais, Juliana conta que elas foram aplaudidas ao conquistar o título. E as próprias adversárias reconheceram que o carinho foi por conta da história das brasileiras naquele país.
Juliana não gosta de pensar nas Olimpíadas de 2016. Mas confessa que seria um sonho encerrar a carreira após uma medalha olímpica em casa. Comenta que ambas estão na plenitude fisicamente e garante que pretende continuar a parceria com Larissa até quando o corpo aguentar.
Planos de ser mãe no futuro
Com uma rotina tão desgastante, Juliana afirma que não tem como pensar em filhos agora. Com 28 anos, ela garante que é o que mais quer na vida e cita o exemplo da ex-jogadora Leila, que foi mãe aos 38 anos.
- Agora é a hora de ganhar dinheiro. Ter filho para a babá criar? Então eu não vou ser mãe, só vou colocar no mundo. Eu quero ver, quero trocar fralda. Não dá, tem que ser planejado com calma.
A atleta namora há quase três anos com o carioca Rodrigo, que a acompanha em quase todas as viagens nacionais. Ele é praticamente um amuleto da sorte, já que Juliana garante que joga melhor quando o namorado está por perto. No último mês, ele tirou férias para acompanhá-la no Circuito Mundial e ouviu da rival americana Walsh que a brasileira realmente melhora quando Rodrigo está por perto.
Morando em Fortaleza, a atleta encontra o namorado sempre que consegue passar pelo Rio. No próximo fim de semana, Rodrigo vai aproveitar para acompanhar a namorada na etapa de Maceió do circuito nacional. O único problema é que o namorado é muito ciumento, enquanto ela garante ser muito tranquila.
- Eu falo para ele: "Imagina se eu fosse bonita?" - brinca.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/ta-na-area/noticia/2011/10/apos-ano-perfeito-juliana-so-quer-ferias-antes-da-reta-final-para-londres.html
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