Um dos personagens principais da recente polêmica entre os times da Série A do Campeonato Brasileiro e o Clube dos 13, a Rede Globo anunciou por meio de um comunicado nesta sexta-feira que não participará da licitação dos direitos de transmissão dos jogos da competição, licitação da qual também devem fazer parte a Rede Record e a RedeTV!. A emissora afirma que a partir de agora negociará individualmente com cada clube.
"As condições impostas na carta-convite não se coadunam com nossos formatos de conteúdo e de comercialização, que se baseiam exclusivamente em audiência e na receita publicitária, sendo incompatíveis com a vocação da televisão aberta que, por ser abrangente e gratuita, é a principal fonte de informação e entretenimento para a maioria dos brasileiros", diz o comunicado sobre as condições da licitação impostas pelo Clube dos 13.
O acordo de direitos de TV para o Campeonato Brasileiro deste ano já está selado. O contrato para o período entre 2012 e 2014, porém, está em aberto. A Record surgiu como principal concorrente da Globo na disputa pela detenção dos direitos e como uma possibilidade de maiores lucros para o Clube dos 13, - até então responsável direto pela negociação - e, consequentemente, para os clubes.
No começo desta semana, a CBF decidiu após 24 anos de indefinição oficializar o Flamengo como campeão nacional de 1987, ao invés do Sport, antes considerado campeão. A medida soou como uma forma de afastar o clube da Gávea do C13, criando um racha no grupo.
A divisão começou a partir do momento em que o Corinthians decidiu se licenciar do C13 e negociar os valores individualmente. Em seguida, o Coritiba e os quatro grande do Rio - Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo -, tomaram o mesmo caminho.
O acordo de licitação do C13 prevê que a rede de TV interessada em transmitir o campeonato pague pelo menos R$ 500 mi. Detentora dos direitos nos últimos anos, a Globo teria a vantagem de vencer a disputa mesmo com porpostas até 10% maiores.
Com o racha dos clubes e a decisão da Globo de não negociar com o C13, entretanto, cria-se uma dúvida sobre o futuro da transmissão dos jogos do Brasileiro, já que no Brasil os times envolvidos em uma partida dividem os direitos desta partida, permitindo sua transmissão apenas no caso de ambos estarem sob acordo da mesma emissora.
Leia a nota abaixo na íntegra:
"Os dirigentes efetivamente preocupados com os legítimos interesses dos seus clubes e, acima de tudo, os torcedores são testemunhas dos volumosos investimentos que a Rede Globo tem feito ao longo desses anos, numa parceria pelo aprimoramento do nosso futebol, na busca de um espetáculo emocionante, com profissionalismo e qualidade.
Essa contribuição tem se traduzido no crescimento das receitas dos clubes, não só através das receitas obtidas com a venda dos direitos de transmissão, bem como com a comercialização de outros direitos, incluindo propaganda nos uniformes e publicidade nos estádios.
As exigências e modificações nos conteúdos das plataformas implicam na desestruturação de um produto complexo, que foi construído ao longo dos últimos 13 anos, inviabilizando assim qualquer perspectiva de um retorno compatível com os investimentos na compra dos direitos.
As condições impostas na carta-convite não se coadunam com nossos formatos de conteúdo e de comercialização, que se baseiam exclusivamente em audiência e na receita publicitária, sendo incompatíveis com a vocação da televisão aberta que, por ser abrangente e gratuita, é a principal fonte de informação e entretenimento para a maioria dos brasileiros.
Assim é, em respeito ao interesse do público, que a Rede Globo se sente impedida de participar desta licitação e pretende manter diálogo com cada um dos clubes para chegarmos a um formato para a disputa pelos direitos de transmissão que privilegie a parte mais importante desse evento: o torcedor."
FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/artigo-espn.aspx?cp-documentid=27814541
"As condições impostas na carta-convite não se coadunam com nossos formatos de conteúdo e de comercialização, que se baseiam exclusivamente em audiência e na receita publicitária, sendo incompatíveis com a vocação da televisão aberta que, por ser abrangente e gratuita, é a principal fonte de informação e entretenimento para a maioria dos brasileiros", diz o comunicado sobre as condições da licitação impostas pelo Clube dos 13.
O acordo de direitos de TV para o Campeonato Brasileiro deste ano já está selado. O contrato para o período entre 2012 e 2014, porém, está em aberto. A Record surgiu como principal concorrente da Globo na disputa pela detenção dos direitos e como uma possibilidade de maiores lucros para o Clube dos 13, - até então responsável direto pela negociação - e, consequentemente, para os clubes.
No começo desta semana, a CBF decidiu após 24 anos de indefinição oficializar o Flamengo como campeão nacional de 1987, ao invés do Sport, antes considerado campeão. A medida soou como uma forma de afastar o clube da Gávea do C13, criando um racha no grupo.
A divisão começou a partir do momento em que o Corinthians decidiu se licenciar do C13 e negociar os valores individualmente. Em seguida, o Coritiba e os quatro grande do Rio - Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo -, tomaram o mesmo caminho.
O acordo de licitação do C13 prevê que a rede de TV interessada em transmitir o campeonato pague pelo menos R$ 500 mi. Detentora dos direitos nos últimos anos, a Globo teria a vantagem de vencer a disputa mesmo com porpostas até 10% maiores.
Com o racha dos clubes e a decisão da Globo de não negociar com o C13, entretanto, cria-se uma dúvida sobre o futuro da transmissão dos jogos do Brasileiro, já que no Brasil os times envolvidos em uma partida dividem os direitos desta partida, permitindo sua transmissão apenas no caso de ambos estarem sob acordo da mesma emissora.
Leia a nota abaixo na íntegra:
"Os dirigentes efetivamente preocupados com os legítimos interesses dos seus clubes e, acima de tudo, os torcedores são testemunhas dos volumosos investimentos que a Rede Globo tem feito ao longo desses anos, numa parceria pelo aprimoramento do nosso futebol, na busca de um espetáculo emocionante, com profissionalismo e qualidade.
Essa contribuição tem se traduzido no crescimento das receitas dos clubes, não só através das receitas obtidas com a venda dos direitos de transmissão, bem como com a comercialização de outros direitos, incluindo propaganda nos uniformes e publicidade nos estádios.
As exigências e modificações nos conteúdos das plataformas implicam na desestruturação de um produto complexo, que foi construído ao longo dos últimos 13 anos, inviabilizando assim qualquer perspectiva de um retorno compatível com os investimentos na compra dos direitos.
As condições impostas na carta-convite não se coadunam com nossos formatos de conteúdo e de comercialização, que se baseiam exclusivamente em audiência e na receita publicitária, sendo incompatíveis com a vocação da televisão aberta que, por ser abrangente e gratuita, é a principal fonte de informação e entretenimento para a maioria dos brasileiros.
Assim é, em respeito ao interesse do público, que a Rede Globo se sente impedida de participar desta licitação e pretende manter diálogo com cada um dos clubes para chegarmos a um formato para a disputa pelos direitos de transmissão que privilegie a parte mais importante desse evento: o torcedor."
FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/artigo-espn.aspx?cp-documentid=27814541
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