Seleção mostra falhas na defesa, mas aposta nos saques de Sassá e ataques de Jaqueline para conquistar a vitória por 3 sets a 0 em Hamamatsu
A seleção volta à quadra na madrugada deste sábado, às 2h (de Brasília). A adversária será a República Tcheca, que estreia no Mundial contra a Holanda ainda nesta sexta-feira.
Seleção feminina de vôlei comemora a vitória sobre o Quênia (Foto: Divulgação / FIVB)
O clima era de festa para a seleção do Quênia, país que domina as corridas de longa distância no atletismo. Jogar contra o Brasil era um sonho para as rechonchudas jogadoras de vôlei. Marcar o primeiro ponto da partida, então, era motivo de muita alegria. E foi o que aconteceu. Depois de duas tentativas de ataque, Joycinha parou no bloqueio africano, e as Rainhas comemoraram muito, com pulos e gritos em quadra.Mas o entusiasmo logo mudou de lado. Do banco, Adenízia, com um pirulito na boca, gritou para Sassá:
- Vamos lá, bom saque!.
A resposta veio imediatamente. Ace da ponteira para colocar o Brasil na frente do placar, 2 a 1, e, de lá, ela não saiu até marcar mais dois pontos. O bloqueio brasileiro começou a funcionar, com Thaisa, e logo matou a jogada mais usada pelo Quênia. A levantadora Wairimu não mudava suas opções e forçava muito a entrada de rede, com Maiyo e Mercy. Com isso, a seleção abriu quatro pontos de vantagem e relaxou. Tanto que Camila Brait fez careta para Natália, que estava nas cadeiras de imprensa, assistindo ao jogo.
Quenianas comemoram ponto na partida
(Foto: Divulgação/FIVB)
Mas o ritmo mudou. O time brasileiro perdeu a concentração e mostrou falhas de comunicação em quadra. Erros de recepção e levantamento levaram o Quênia a crescer no jogo e diminuir a diferença para apenas um ponto.(Foto: Divulgação/FIVB)
A torcida incentivou, e Jaqueline respondeu. A ponteira voou na quadra e mostrou sua força com bons ataques na entrada de rede, apesar do entrosamento com Dani Lins ainda mostrar falhas. Em seguida, Thaísa foi para o saque. Conseguiu um ponto direto e abriu caminho para o segundo, o ponto do set. Errou na terceira tentativa, mas Jaqueline, que terminaria como a maior pontuadora do jogo, com 12, garantiu a vitória no primeiro set por 25 a 15.
Bloqueio queniano dá trabalho às brasileiras
Na volta à quadra, as brasileiras perderam a concentração novamente e viram as quenianas passarem à frente no placar pela primeira vez, com Maiyo (3 a 2). O Brasil reagiu com Joycinha e virou para 9 a 6. Mas o poder ofensivo não estava em seu melhor momento. Muito marcado pelo bloqueio adversário, o ataque parou, e as africanas marcaram três pontos seguidos.
Jaqueline foi para o saque e deu trabalho para as Rainhas. A recepção teve muitos erros e permitiu que o Brasil abrisse oito pontos de vantagem. Com novos ataques da número 12 e Sassá, a seleção fechou em 25 a 16.
Jaqueline cresce no terceiro set
A melhor atacante do Grand Prix apareceu na última parcial. Tanto na entrada de rede, como no meio, Jaqueline conquistou pontos decisivos para o Brasil no jogo. A vantagem chegou a 16 a 4, e o caminho para a vitória já estava aberto. O técnico José Roberto Guimarães aproveitou para dar ritmo de jogo às reservas. Camila Brait, Fabíola e Fernanda Garay fizeram suas estreias em Mundiais. Sassá foi para o saque, e, novamente, deu trabalho para a recepção queniana. Erro de saque das Rainhas, e 25º ponto. Fim de jogo, primeira vitória rumo ao título inédito conquistada.
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