E de um menino de 15 anos, que, como ele, entrou no gramado durante a segunda etapa. Para disputar sua primeira partida pelo time principal do Peixe. Um menino chamado Edson Arantes do Nascimento, que substituiu o experiente Del Vecchio quando o placar já indicava 5 a 0 para o Alvinegro Praiano.
Aos 36 minutos, o zagueiro santista Hélvio disputou um lance pelo alto e a bola sobrou na altura do meio-campo para Pelé. O adolescente dominou a pelota, arrancou, passou pelo volante Schank, driblou mais um marcador, invadiu a área e tocou a bola por baixo das pernas do goleiro. Que era…Zaluar. Era o sexto gol do Santos naquele dia. E o primeiro da carreira profissional do jovem que, menos de dois anos depois, seria peça fundamental para que o Brasil conquistasse pela primeira vez o título mundial, na Suécia.
E nas peladas de veteranos que disputava, usava um uniforme especial. Personalizado. Com o seu nome na parte da frente acompanhado da inscrição “Goleiro Rei Pelé 0001″.
Nunca um goleiro gostou tanto de ter levado um gol. Não um gol qualquer. Mas o número um dos 1.284 marcados por Pelé em sua carreira.
Corinthians de Santo André 1 x 7 Santos
Data: 7 de setembro de 1956
Local: Estádio Américo Guazelli (Santo André-SP)
Juiz: Abílio Ramos
Corinthians de Santo André – Antoninho (Zaluar); Bugre e Chicão (Talmar); Mendes, Zico e Schank; Vilmar, Cica, Teleco (Baiano), Rubens e Dore. Técnico: Jaú.
Santos – Manga; Hélvio e Ivan (Cássio); Ramiro (Fioti), Urubatão e Zito (Feijó); Alfredinho (Dorval), Álvaro (Raimundinho) e Del Vecchio (Pelé); Jair e Tite. Técnico: Lula.
Gols: Alfredinho (30), Del Vecchio (32), Álvaro (36), Alfredinho (41), Del Vecchio (61), Pelé (81), Vilmar (86) e Jair (89).
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