CRUZEIRO
Técnico valoriza presença do Cruzeiro em fase decisiva da Copa do Brasil; Raposa se junta aos sete brasileiros que vieram da Libertadores
Por GloboEsporte.com,
de Belo Horizonte
Mano Menezes ficou
agitado durante o duelo entre Chapecoense e Cruzeiro pelas oitavas de
final da Copa do Brasil (Foto: Marcio Cunha/Light Press)
Mano Menezes aderiu ao ritmo da “sofrência”. Mas isso no campo do jogo.
Na classificação do Cruzeiro às quartas de final da Copa do Brasil, com
direito a empate dramático com a Chapecoense, na Arena Condá, o técnico
viveu do banco de reservas uma noite de extremos. Gritos com a
arbitragem, susto com uma bola no travessão de Fábio e até um começo de
discussão que se estendeu ao vestiário celeste. Todo esse cenário causou
a sensação de dever cumprido para o treinador.
- Esperava um jogo difícil, pelo nível de atuação da Chapecoense nos
últimos jogos. Também era a única equipe que havia jogado a Libertadores
e que não havia passado para os oito melhores da Copa do Brasil. O
Cruzeiro veio para saber enfrentar o jogo, com a força que o jogo iria
requerer.
Soubemos sofrer. Tivemos chances para marcar também, com
Hudson, Raniel e Rafinha. O jogo foi dramático até o final. Foi difícil
marcar a bola aérea da Chapecoense, principalmente com o Reinaldo.
A eliminação para o Nacional-PAR, na Copa Sul-Americana, gerou
aprendizado para o grupo do Cruzeiro, na visão do técnico. Nessa hora
foi válido até uma expressão usada no automobilismo para justificar a
maturidade do Cruzeiro.
- Eu usava sempre uma diferente, da Fórmula 1. Uma é chegar, outra é
ultrapassar. Não é porque o adversário está bem que você deve sofrer o
gol. Não é porque você quer ter menos volume, é porque o jogo se coloca
dessa forma. Não batemos num adversário qualquer, eliminamos a
Chapecoense. O nosso comportamento hoje foi diferente do comportamento
em Assunção, quando aprendemos naquela eliminação para o Nacional.
Vale tudo pela vaga?
Um lance chamou atenção na Arena Condá. O técnico Mano esbarrou no
lateral Reinaldo quando o jogador se preparava para arremessar mais uma
bola na área do Cruzeiro. A jogada era motivo de preocupação para o
treinador, que tratou de dar um “jeitinho” de atrapalhar o lateral da
Chapecoense.
- Eu estava na minha área técnica e fiquei na linha para atrapalhá-lo um pouquinho. Eu tenho o meu direito de fazer.
O Cruzeiro conhecerá o adversário das quartas de final da Copa do
Brasil na próxima segunda-feira, quando ocorre o sorteio dos jogos na
sede da CBF. Além da Raposa, Palmeiras, Atlético-PR, Flamengo, Santos,
Atlético-MG, Grêmio e Botafogo estão entre os oito. No domingo, o
Cruzeiro entra em campo contra a própria Chapecoense, no Mineirão, pela
quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
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