CRUZEIRO
Treinador defendeu tese de utilizar um atacante de mobilidade como titular
Sobre Ramón Ábila: Mano Menezes diz que precisa de um jogador de mobilidade no ataque
Mano Menezes voltou a falar sobre sua polêmica
conduta na partida entre Chapecoense e Cruzeiro (0 a 0), pelo jogo de
volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Nos minutos finais do
confronto, o técnico atrapalhou propositadamente o arremesso lateral do
jogador Reinaldo. Desta vez, em entrevista ao SporTV, Mano admitiu que estava errado e citou até Ayrton Senna para se justificar.
Sobre a polêmica, o treinador do Cruzeiro disse que conhece a regra e que quis, na verdade, demarcar o espaço que Reinaldo tinha para se deslocar até a linha. Segundo recomendação da Fifa, os atletas têm um metro para fora do campo para fazer a cobrança. Os jogadores, contudo, se utilizam do espaço necessário para arremessar a bola, já que não há nenhuma regra que impeça esse procedimento.
“É verdade, não pode isso, é lógico que não pode. Eu sei que não pode, sou homem do futebol o bastante para saber o que pode e o que não pode. Todos nós que vivemos competitivamente na beirada ou dentro do campo sabemos que de vez em quando passamos do ponto. Mas a minha intenção foi demarcar porque o Reinaldo já tinha passado o um metro que a regra diz que a bola sai e você tem um metro para lá e um metro para cá para cobrar o lateral. Às vezes, mesmo sabendo que está errado, você tenta. Várias coisas aconteceram nesse jogo. Foi um jogo muito duro. A Chapecoense com todas as suas qualidades, quis meio que ganhar no grito em determinados momentos. A gente se sente meio impotente naquele momento, a bola vinha vindo, e ele mais perto para jogar a bola na nossa área, e você sabe que ele joga bem. Eu passei do ponto e atrapalhei. Mas eu só fiz isso porque já havia brincado com ele minutos antes que ia marcar o lateral dele. Até falei isso no jogo agora. Mas conheço a regra e sei como é”, disse Mano.
Em seguida, o técnico celeste relembrou outro ato considerado antidesportivo para justificar a conduta dele no jogo em Chapecó, em Santa Catarina. Mano relembrou o título mundial de Ayrton Senna, em 1990. Naquela ocasião, Senna forçou um acidente com Alain Prost, acabando com a chance de o francês conquistar o título. Em 1989, um ano antes, Prost tinha feito uma manobra parecida.
“Todo mundo fica (vergonha) quando faz errado. Tem dia que você fala assim: 'como é que eu fui fazer aquilo'. Mas você faz. O envolvimento emocional é tal que você passa do ponto. Um exemplo da história: estava pensando no Ayrton Senna. Certamente no dia em que Ayrton Senna jogou o carro no carro do Prost para ser campeão do mundo, ele sabia que estava errado. Por que ele fez? Porque ele achou que era justo. Porque ele estava lembrando do ano anterior, ele estava devolvendo uma coisa. Por que um grande esportista fez aquilo? Porque você está envolvido nas coisas do esporte. Eu queria pedir para as pessoas, essas que ficam sentadas no ar condicionado, para parar de dar valor para coisinha pouca. Foi um lance isolado do jogo, não interferiu no jogo, não atrapalhou o jogo, não teve confusão por causa daquilo. Então as pessoas dizem “ele é ridículo”. Deixa a gente trabalhar no futebol se não vai ficar muito chato. Não precisa gostar de todo muito, mas tem que respeitar. Vamos nos respeitar, porque se a gente elevar o nível de respeito, acho que vai ser melhor”, disse.
“Tomou uma proporção maior por causa da entrevista depois do jogo. A expressão não saiu como deveria sair. Como eu iniciei a frase dizendo que tinha feito de propósito, e disse que tinha, falando que estava na minha área técnica e que posso fazer. O que posso fazer é estar na minha área técnica. Não é que eu estava dizendo que poderia dar um passo. Eu sei o que poderia fazer”, acrescentou Mano Menezes.
Após o jogo contra a Chapecoense, Mano fez a seguinte declaração: "Não, não foi sem querer, não. Estava na minha área técnica e fiquei na linha para atrapalhar ele um pouquinho. E tenho o direito de fazer", disse Mano Menezes, após a partida”.
Caso Ábila
Mano
Menezes foi questionado sobre as poucas oportunidades para o atacante
Ramón Ábila no time titular do Cruzeiro. Ele voltou a falar que, na
maioria dos jogos, precisa de um atacante com mobilidade para voltar ao
meio-campo e ajudar o time na construção da jogada.
“Técnico faz escolhas e decisões a todo momento. O Cruzeiro perdeu quatro jogos na temporada. Então, a coisa não está tão ruim. As coisas não estão tão erradas. Acho o Ábila um grande centroavante, mas ele é um centroavante que a equipe precisa levar a bola lá. E quando a equipe leva a bola lá, o Ábila vai ser um jogador extremamente útil. Ele precisa desta bola para fazer a definição. Quando o nosso time não consegue levar a bola, preciso de um jogador que saia de lá um pouco e se junte ao jogador de meio-campo para construir a jogada. Então, a escolha por outro jogador. É só por isso. Mas todas as vezes que eu toma uma decisão e o time ganha sem ele, ninguém fala nada. E quando falta, como no domingo, ai vem o assunto. Eu gosto de todas as formações. Eu apenas tenho que fazer a minha equipe se tornar competitiva a ponto de ganhar os jogos, meu time vive de vitórias, não adianta contar história bonita. Você sabe como este filme termina, terminou já para nove (técnicos demitidos). Daqui a pouco termina para gente também”, afirmou Mano Menezes.
“Quando ele está jogando tem que mudar a característica do time a bola que vai para ele não é a mesma bola que vai para Rafael Marques, Sobis. Ele é diferente, é um jogador terminal. E quando o adversário recua, isso fica ainda mais evidente. Eu, como treinador, tenho que resolver o problema”, acrescentou.
“Técnico faz escolhas e decisões a todo momento. O Cruzeiro perdeu quatro jogos na temporada. Então, a coisa não está tão ruim. As coisas não estão tão erradas. Acho o Ábila um grande centroavante, mas ele é um centroavante que a equipe precisa levar a bola lá. E quando a equipe leva a bola lá, o Ábila vai ser um jogador extremamente útil. Ele precisa desta bola para fazer a definição. Quando o nosso time não consegue levar a bola, preciso de um jogador que saia de lá um pouco e se junte ao jogador de meio-campo para construir a jogada. Então, a escolha por outro jogador. É só por isso. Mas todas as vezes que eu toma uma decisão e o time ganha sem ele, ninguém fala nada. E quando falta, como no domingo, ai vem o assunto. Eu gosto de todas as formações. Eu apenas tenho que fazer a minha equipe se tornar competitiva a ponto de ganhar os jogos, meu time vive de vitórias, não adianta contar história bonita. Você sabe como este filme termina, terminou já para nove (técnicos demitidos). Daqui a pouco termina para gente também”, afirmou Mano Menezes.
“Quando ele está jogando tem que mudar a característica do time a bola que vai para ele não é a mesma bola que vai para Rafael Marques, Sobis. Ele é diferente, é um jogador terminal. E quando o adversário recua, isso fica ainda mais evidente. Eu, como treinador, tenho que resolver o problema”, acrescentou.
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