quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Prestes a ser preso, Eike já quis denunciar caixa 2 do PSDB à Lava Jato



FONTE:

http://jornalggn.com.br/noticia/prestes-a-ser-preso-eike-ja-quis-denunciar-caixa-2-do-psdb-a-lava-jato



Reação dos procuradores ao descobrir que lista envolvia tucanos foi a de devolver o documento imediatamente


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Eike disse que após um encontro com o ex-ministro Guido Mantega, que teria solicitado doação eleitoral, decidiu feito um contrato de prestação de serviços com a empresa de Santana para justificar a remessa de dinheiro ao exterior. No caso, o empresário argumentou que Santana, de fato, prestou uma consultoria em relação à política de investimentos na Venezuela. A Lava Jato, porém, acha que o contrato foi fictício.

O que os grandes jornais continuam escondendo é que, no mesmo encontro com os procuradores da Lava Jato, Eike, como prova de sua boa vontade em colaborar com as investigações, tentou entregar uma lista com doações eleitorais que suas empresas fizeram a políticos e partidos de todas as cores, de Cristovam Buarque a Aécio Neves. Algumas doações eram oficiais e registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas outras eram "privadas", dando a entender que teriam ocorrido via caixa dois.
Em setembro de 2016, o GGN mostrou que três minutos após entregar a lista a um dos procuradores informando seu conteúdo, Eike recebeu o documento de volta. A força-tarefa da Lava Jato não demonstrou nenhum interesse em ouvir nomes relacioados a partidos que não fosse PP, PMDB e PT.
Mesmo diante da proximidade da prisão de Eike Batista - que devo levá-lo a fechar um acordo de delação premiada mais amplo - a grande mídia, ainda assim, não abordou a tentativa de denunciar esquemas com o PSDB e aliados. Preferiu falar da pasta de dente que a nova companhia de Eike desenvolve, além da falta de diploma de ensino superior poder levá-lo a uma cela comum.
Com a colaboração, ainda que parcial, a defesa de Eike imaginou que estaria se antecipando a denúncias e mantendo seu cliente fora do alcance da Lava Jato. Porém, o núcleo que atua no Rio de Janeiro, sob a batuta do juiz Marcelo Bretas, decidiu mostrar que a operação está de volta das férias, e com a corda toda.
Bretas, aliás, figurou ao lado de Sergio Moro (Paraná) e Vallisney Oliveira (Brasília) numa lista que a Ajufe (Associação dos Juízes Federais) pretende entregar para o presidente Michel Temer, que precisa escolher um ministro para substituir Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. Lauro Jardim informou em O Globo que como a consulta é informal e não campanhas de juízes federais ao Supremo, os favoritos à lista tríplice são os nomes ligados à Lava Jato.

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