SELEÇÃO BRASILEIRA
Vaias a Arão e provocações entre flamenguistas e botafoguenses cortam ambiente de partida beneficente. Ambulantes faturam com camisas a R$ 50 do time catarinense
Cambistas à vontade, vendedores ambulantes e provocações de torcidas rivais. A partida em prol das vítimas do trágico voo da Chapecoense - que terminou 1 a 0 para o Brasil, gol do palmeirense Dudu - afastou o caráter de amistoso beneficente da partida no Rio de Janeiro. Claro que havia bandeiras da Colômbia, camisas do Atlético Nacional de Medellín e, evidentemente, do time alviverde de Chapecó. Mas a mobilização pequena frustrava quem chegava ao Nilton Santos.
"Força Chape", diz faixa de torcedor
(Foto: Raphael Zarko)
Foi um tal de "ninguém cala esse nosso amor", com "ninguém cala esse chororô", "ão, ão, ão, segunda divisão", "Bo-ta-fo-go" que os gritos pela Chapecoense ficaram esquecidos no momento do apito inicial. E Arão quase marcou o dele no rebote de jogada de Dudu. Pouco depois, o espetáculo ficou mais bonito quando as torcidas fizeram "ola" pelos anéis do estádio e cantaram juntas pelo Brasil e pela Chapecoense.
- Torcedor carioca é assim mesmo, brasileiro também é assim. Claro que a gente queria todos apoiando todo mundo, mas logo de início, no banco, a gente comentou que não precisava disso. Mas acontece. O Arão é um grande jogador. Eles queriam essa qualidade do lado deles. Mas ainda bem que ele está com a gente - disse Jorge, sobre o fato, após a partida.
A entrada de Diego e Jorge, além de Berrío na Colômbia, o atacante que está mais perto de deixar o Atlético Nacional e defender o Flamengo, também movimentou os torcedores nas arquibancadas do Engenhão. Os alvinegros pediram e foram atendidos quando Tite chamou Camilo no segundo tempo. Para delírio dos donos da casa, o jogador do Botafogo ainda aplicou uma caneta no colombiano Berrío (veja nos vídeos, esse e outros lances clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).
Cambistas sem timidezAté perto de 19h ainda era raro encontrar cambistas nas bilheterias. Mas eles não demoraram a aparecer. Circulavam normalmente em volta dos guichês e tentavam comprar ingressos de quem tinha sobrando entradas. Por R$ 30 para vender por R$ 50 e R$ 60. O ingresso mais barato, sem meia-entrada, custava R$ 70.
Perto dali, vendedores ambulantes vendiam mais de quatro tipos de camisas com referências à Chapecoense - a verde, a branca, verde com símbolo do Brasil e outra escudo do Nacional e da Chape. Uma custava R$ 50, para duas havia promoção: R$ 80. Mas o movimento nos bares que funcionam em casas ao redor do estádio era frustrante.
Movimento em amistoso do Brasil foi menor para ambulantes ao redor do estádio (Foto: Raphael Zarko)
Alheio às disputas de torcedores rivais, um casal colombiano aproveitava para conhecer o Engenhão. Felizes pela oportunidade de ver a seleção "cafetera" de perto, eles queriam vitória da Colômbia com gol de Téo Gutierrez.
- Mas acima de tudo esperamos um bonito espetáculo, que esse clube tenha toda força e siga adiante, com apoio da Colômbia - disse Henrique Fonseca, morador de Medellín.
Grande parte da torcida chegou ao Engenhão
perto do horário do jogo (Foto: Raphael Zarko)
Cambista age na bilheteria oferecendo ingressos
aos torcedores (Foto: Raphael Zarko)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2017/01/cambistas-rixas-de-rivais-e-publico-pequeno-marcam-jogo-pela-chape.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário