sexta-feira, 1 de julho de 2016

"É caso de absolvição sumária", diz Cardozo sobre impeachment



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/e-caso-de-absolvicao-sumaria-diz-cardozo-sobre-impeachment


Jornal GGN – José Eduardo Cardozo, advogado da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, disse ao encerrar a defesa que confia na absolvição no Senado. “Acho que vamos ganhar”, afirmou em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada. “Não temos denúncias sérias. Portanto, em condições jurídicas normais, é caso de absolvição sumária”.
Para ele, se a condenação prevalecer, o “golpe” estará confirmado. “Não houve alerta de incompatibilidade com a meta fiscal”, disse o advogado, reproduzindo o laudo dos peritos. No caso do plano Safra não houve ato que tenha contribuído “direta ou indiretamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos”.
Apesar de admitir que o julgamento é mais político do que jurídico, Cardozo disse que confia no bom senso dos senadores. “Eu acho que a grande maioria dos senadores são pessoas que tem a razoabilidade como parâmetro da ação política. É a esses que estamos mostrando, e também ao povo brasileiro, que elegeu Dilma”.
Da Agência Brasil
Por Marcelo Brandão
O advogado da presidenta da República afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, disse hoje (30) que confia na absolvição dela no processo de impeachment. Para ele, as provas e o parecer da perícia não deixam dúvidas da inocência de Dilma. “Acho que vamos ganhar no Senado”, disse Cardozo em entrevista coletiva a jornalistas no Palácio da Alvorada.
Para Cardozo, a conclusão da perícia  pedida pela defesa derruba as acusações sobre Dilma. “Não temos denúncias sérias. Portanto, em condições jurídicas normais, é caso de absolvição sumária. Portanto um golpe ficará confirmado se [a condenação] acontecer”.
Cardozo leu trechos do parecer dos peritos. Nele, está expresso que, no que diz respeito aos decretos de crédito suplementar, “não houve alerta de incompatibilidade com a meta fiscal”. Já em relação a operações relativas ao Plano Safra, o parecer diz que não houve ato que tenha contribuído “direta ou indiretamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos”.
Além das conclusões da perícia, Cardozo citou uma entrevista da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) à Rádio Itatiaia. A senadora disse que Dilma não está afastada por conta das operações de crédito e os decretos, e sim porque “o país está parado”.
“Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada. Eu estudo isso, faço parte da Comissão de Orçamento. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar”, disse a senadora. Essa declaração da senadora, hoje líder do governo no Congresso, foi anexada pela defesa ao processo de impeachment.
Cardoso disse confiar nos senadores, apesar de admitir que se trata de um julgamento “jurídico-político”. “Mas eu acho que a grande maioria dos senadores são pessoas que tem a razoabilidade como parâmetro da ação política. É a esses que estamos mostrando, e também ao povo brasileiro, que elegeu Dilma”. Cardozo não afasta a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal, caso o impeachment seja aprovado no Senado, mas ele evitou a todo momento afirmar que vai fazê-lo ou mesmo se precisará fazê-lo. “Ainda confio no Senado”.

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