quarta-feira, 29 de junho de 2016

COMO EXPLICAR A VENDA DA GLOBO



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/como-explicar-a-venda-da-globo


Onze herdeiros e genros e noras com triplex em Paraty
bessinha pirata
O amigo navegante soube que a Globo conseguiu dar um piparote na lei e antecipou alterações que permitem se desfazer de ações – em benefício de herdeiros e de compradores.

(Não deixe de ver "O que os novos acionistas vão fazer quando chegarem à Globo").

As observações do Conversa Afiada mereceram comentários de implacável e competente analista:
Eles não quiseram esperar a sucessão natural, em que cada um herda sua parte ideal. 

Estão fazendo isso para evitar provavelmente disputas sobre herança no futuro e devem também estar alterando participações dos herdeiros, mantendo alguma (alguma!) forma de controle sobre o processo.

Mas acho que, mesmo assim, o futuro deles será complicado.

Não vejo muita perspectiva em uma empresa que terá, ao menos, onze donos (esse é o número de filhos dos 3 filhos do Roberto Marinho, salvo engano).

Esse modelo tradicional de empresa familiar vai comprometer o futuro deles.

Veja o que aconteceu no Estadão – eram uns 498 Mesquita que, hoje, não mandam nem no continuo. 

Sem falar nos genros e noras que podem sair por aí a construir triplex em Paraty… 

Não mudou a lei. Foi um decreto autorizando previamente as alterações, como a lei prevê no artigo 38, b.

As amizades só aceleraram e facilitaram a expedição do decreto presidencial. A lei continua a mesma.


(A propósito, ler o sempre atento Fernando Brito e em tempo.)

Ou podem estar beneficiando algum dos filhos, com alguma porcentagem maior do que a receberia por herança ou devem ter preparado algum instrumento de mudança de controle da empresa para os filhos não atrapalharem.

O decreto é necessário por causa da Lei. Eles estão transferindo a propriedade, não o controle, o que precisa da anuência do poder concedente. A lei facilita isso e eles estão usando. Um governo amigo faz tudo andar mais rápido e pronto.


Se estiverem transferindo o controle, também precisaria da anuência (generosidade) do Governo.

Se eles estiverem em crise financeira, acho mais fácil venderem disfarçadamente a gestão do grupo, arrendando a programação como os outros fazem para as Igrejas ou se tornando "produtores de conteúdo", como fizeram com o Slim, na NET.

O nó deles, salvo engano meu, são os esportes, principalmente o futebol. Lá é ou era a mina de ouro. (Com a selecinha e o e o braileirinho… já não sei mais ...)

Se perderem o controle disso, ou se a publicidade disso cair, começam a ter dificuldades de verdade. 

Eles estão nas mãos dos americanos, que podem querer controlar tudo (e aí eles dançam) ou podem querer que a Globo seja sócia minoritária deles aqui e aí eles terão que se adaptar às novas circunstâncias.

De todo modo, não vejo muito futuro em uma empresa “nacional” com 11 donos.

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