terça-feira, 29 de março de 2016

"Faltou coração, paciência, coragem": fora da final, Osasco lamenta falhas


 Após temporada irregular e eliminação para o Rio na semifinal, jogadoras lembram erros durante a Superliga: “Não fizemos nosso papel”, afirma Camila Brait



Por
Rio de Janeiro





Jogadoras do Osasco desoladas após a derrota para o Rio (Foto: Andre Durão)
Jogadoras ficaram desoladas após a derrota 
para o Rio: time perdeu terceiro jogo por 
3 sets a 0 (Foto: Andre Durão)



Após uma temporada de altos e baixos, o Osasco perdeu por 3 sets a 0 para o Rio de Janeiro e foi eliminado na semifinal (2 a 1 na série) nesta segunda-feira, no Tijuca. Quarto colocado na fase classificatória, o time paulista pagou pela sua irregularidade durante a Superliga, o que fez com que o duelo contra a equipe carioca, que era esperado na final, ocorresse antes do previsto. 

Apesar da melhora na fase final, do fim do jejum de sete partidas sem vitória contra o Rio, e de uma semifinal acirrada, as jogadoras não esconderam o descontentamento com o desempenho abaixo do esperado da equipe. Coração, coragem, paciência, tranquilidade, problemas ofensivos, irregularidade foram algumas dos itens que faltaram ao time de acordo com as atletas.

- Nessa semifinal mostramos uma força que eu ainda não tinha visto nessa temporada. Mas não foi o suficiente para ganhar delas. Faltou coração, paciência, coragem. Começamos muito bem os dois primeiros sets, quando saímos na frente mas não conseguimos segurar. Não fizemos nosso papel na fase classificatória, o que fez acontecer essa final antecipada – disse a líbero Camila Brait, que no primeiro set levou uma bolada em cortada de Gabi (veja o v´deo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).  

O sentimento de que o time podia mais era consenso na equipe paulista. Thaísa fez questão de lembrar o grande potencial do Osasco, mas sabe que o time cometeu erros demais.

- Eu fico muito triste porque nós tínhamos uma equipe boa para disputar uma final e acabamos fazendo uma final precoce. Fomos muito irregulares. Começamos a ter tranquilidade, virada de bola e estabilidade defensiva muito tarde, e aí já estávamos muito abaixo da classificação que estávamos esperando. Precisamos melhorar muito e espero que nosso patrocinador continue acreditando que pode – afirmou a central.

Rio de Janeiro  Osasco semifinal da superliga feminina (Foto: Andre Durão)
Thaísa e Dani Lins lamentaram a instabilidade 
do  Osasco durante toda a competição (Foto: 
Andre Durão)


A levantadora Dani Lins foi outra a frisar que, numa Superliga tão disputada, alguns erros podem acabar sendo fatais.

- Vacilamos muito na competição. E não podemos fazer isso em nenhum minuto. Nem no primeiro e nem no segundo turno, porque é uma competição muito equilibrada. Temos que nos manter sempre firmes e pontuar o máximo possível na fase classificatória. Sabemos que esse era para ser o jogo da final. Acho que sentimos mais a derrota no segundo jogo, quando tivemos boas chances de ganhar, mas tomamos a virada – disse Dani, que deixou o ginásio com lágrimas nos olhos.

A camisa 3 do time paulista aproveitou pra fazer uma autocrítica da sua temporada.

- Eu comecei mal no primeiro turno. Depois melhorei, não fui tão bem. Dei meu máximo sempre, mas não consegui chegar aos meus 100%.

Essa é apenas a segunda vez nas últimas dez edições da Superliga que o Osasco não chega à final. O Rio de Janeiro vai à sua 12ª disputa de título seguida buscando o 11º troféu. O adversário da equipe carioca na decisão será o Praia Clube, que chega pela primeira vez à final. O duelo acontece no domingo, 3, às 9h da manhã, com transmissão da TV Globo, do SporTV e acompanhamento em tempo real do GloboEsporte.com


*Sob supervisão de Luciano Ribeiro




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