Prefeitura notifica construtora Ibeg por atrasos, em meio a protestos de ex-operários que não foram pagos. Empreiteira alega falta de projeto básico e repasse financeiro
Novo protesto em frente ao Centro de Tênis
do Parque Olímpico, nesta segunda-feira
(Foto: Helena Rebello)
Nesta segunda-feira operários do Centro de Tênis voltaram a fechar o trânsito na Avenida Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Protestos semelhantes haviam sido feitos duas vezes na semana passada, e segundo o Sintraconst-Rio, Sindicato da Indústria da Construção Civil, a movimentação vai se repetir diariamente até que a situação se resolva.
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Centro de Tênis do Parque Olímpico
(Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
Na última sexta-feira a prefeitura publicou no Diário Oficial uma segunda convocação à Ibeg, um mês após a primeira, para que se defendesse da acusação de atraso no cronograma da obra, baixa mobilização e o não atendimento da primeira convocação. A Empresa Olímpica Municipal informou que só vai se pronunciar após o prazo de cinco dias úteis para a defesa da empresa.
Por meio de nota, a Ibeg esclarece que os "atrasos" (aspas da empresa) acontecem por falta de repasse da Prefeitura e pela inexistência de projeto básico para a execução das obras. Tal situação seria de conhecimento do governo municipal através de inúmeras cartas e reuniões realizadas:
Neste sentido não existe frente de trabalho, pois dependemos do projeto básico que é de responsabilidade exclusiva da Prefeitura para execução das obras. A IBEG Engenharia é uma empresa sólida de 50 anos no mercado, que nunca teve problemas financeiros. E mesmo com os constantes pagamentos de apenas parte das faturas emitidas, a empresa não poupou esforços para execução, com absoluto êxito, dos eventos testes realizados. Tanto em Deodoro, como no Estádio de Tênis do Centro Olímpico da Barra.
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Centro de Hipismo de Deodoro (Foto:
André Motta/Brasil2016.gov.br)
As duas instalações já receberam eventos-testes para os Jogos mesmo sem ter as obras concluídas. Ambas contam com recursos do governo federal da Caixa Econômica Federal e execução da Prefeitura do Rio. A reforma do Centro de Hipismo, orçada em 157,1 milhões, deveria ter sido concluída no mês passado. O Centro de Tênis tinha como prazo de conclusão setembro do ano passado e o evento-teste foi feito apenas com a quadra central. Com 90% concluída na virada do ano, custa, até agora, R$ 201 milhões, após dois aditivos, fora o da inflação. Mudanças do projeto original motivaram os aditivos, bancados pela prefeitura após o governo federal se negar a pagar. Outro problema enfrentado pela obra foi a paralisação em abril do ano passado por dez dias pelo Ministério do Trabalho, por falta de segurança dos operários. A cobertura da quadra central, que ficaria sobre todos os assentos, ficou restrita apenas aonde ficará a família olímpica (dirigentes e convidados do COI).
Para que o Centro de Hipismo fosse preparado para o evento-teste, em agosto, operários do Centro de Tênis precisaram ser deslocados para reforçar o trabalho em Deodoro. O mesmo aconteceu para aprontar o Centro de Tênis para o evento-teste de dezembro.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/01/falta-de-pagamento-complica-reta-final-de-obras-de-arenas-do-tenis-e-hipismo.html
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