OLIMPÍADAS
Medalhistas de Jogos anteriores viram "padrinhos" dos velejadores do Brasil no Rio 2016. "Adoro pedir conselhos para eles", diz Martine Grael sobre Torben e Lars
Equipe brasileira de vela do Rio 2016 com os
"padrinhos" no Morro da Urca (Foto:
Fred Hoffmann/CBVela)
Passado e presente da vela brasileira estiveram juntos nesta segunda-feira, na apresentação da equipe olímpica do Rio 2016, no Morro da Urca. Ex-atletas que abriram o caminho para que a vela fosse um dos esportes mais premiados da história do Brasil nos Jogos - 17 medalhas, atrás apenas do judô, que tem 19. Elas estavam expostas em uma mesa protegida por um vidro, como tesouros conquistados nos mares. Lá embaixo, a Baía de Guanabara, de onde poderão vir outras em agosto do próximo ano.
Durante a apresentação, os antigos medalhistas foram homenageados e nomeados "padrinhos" da equipe brasileira. Passado e presente, Robert Scheidt virou "afilhado" de Alex Welter e Lars Bjorkstrom, ouro na classe Tornado em Moscou 1980. O bicampeão olímpico lembrou de quando, aos 7 anos, pegou um autógrafo da dupla na chegada em um carro de bombeiros no Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo. Outra conexão foi feita entre Bruno Prada, prata e bronze com Scheidt na Star, padrinho do antigo rival e pupilo Jorge Zarif na classe Finn. Dono de dois bronzes, Lars Grael resumiu o encontro dos medalhistas do passado:
Medalhas olímpicas da vela
(Foto: Fred Hoffmann/CBVela)
- Nós estamos aqui para servir de inspiração. Tentem encontrar nessa inspiração de hoje os melhores exemplos. Mas muitas vezes a geração atual teve sequer contato com quem abriu o caminho e construiu esta credibilidade para que eles tivessem o grande apoio de hoje em dia. Quem deu certo lá atrás, contrariando a lógica, a falta de apoio, vai trazer conhecimento e uma bagagem de experiência importante para os nossos velejadores. Todos vocês têm obrigação de lutar pelo pódio até a última regata. Que esses meses antes dos Jogos sejam de muita dedicação - disse aos 15 atletas das dez classes.
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Junto com Kahena Kunze, Martine Grael foi apadrinhada pelo pai, Torben, também coordenador técnico da equipe brasileira, e pelo tio Lars, membro da Comissão Técnica da Confederação Brasileira de Vela (CBVela).
- Sempre que ele fala eu fico emocionada. Ele fala muito bem e tem tanta experiência, sempre acho interessante escutar um pouquinho. Achei super legal que ele é meu padrinho junto com o meu pai, eles são uma enciclopédia da vela e eu adoro pedir conselhos para eles, escutá-los falando. É inspirador - disse Martine.
Equipe
brasileira de vela. Em pé: Samuel Albrecht,
Bruno Bethlem, Marco Grael,
Robert Scheidt,
Fernanda Oliveira, Jorge Zariff, Gabriel
Borges,
Fernanda Decnop e Bimba. Agachados:
Henrique Haddad, Isabel
Swan, Patrícia
Freitas, Martine Grael, Kahena Kuzne e
Ana Barbachan
(Foto: Fred Hoffmann/CBVela)
A equipe olímpica de vela do Brasil teve as duas últimas classes definidas no domingo, com a Copa Brasil: Nacra 17 e 470. Confira:
Laser: Robert Scheidt
Laser Radial: Fernanda Decnop
49er: Marco Grael e Gabriel Borges
49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze
Finn: Jorge Zarif
470 feminina: Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan
470 masculina: Henrique Haddad e Bruno Bethlem
Nacra 17: Samuel Albrecht e Isabel Swan
RS:X feminina: Patricia Freitas
RS:X masculina: Ricardo Winicki, o Bimba
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2015/12/inspiracao-para-2016-equipe-olimpica-brasileira-encontra-passado-da-vela.html
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