quinta-feira, 9 de abril de 2015

Wallace admite surpresa com vice e não vê ninguém melhor que o Fla

Zagueiro lamenta gols perdidos diante do Nova Iguaçu, mas trata de logo elevar a autoestima do elenco: "Nenhuma equipe mudou tanto e manteve o padrão"


Por
Macaé, RJ

 
Serenidade e confiança. Com essas características, Wallace encarou a imprensa nesta quinta-feira, em Macaé, para falar dos efeitos da perda do título da Taça Guanabara no Flamengo. Precisando apenas de um gol contra o Nova Iguaçu, time de pior campanha na competição, o Rubro-Negro tropeçou na ansiedade e viu o Botafogo fazer a festa. No dia seguinte ao tropeço decisivo, as olheiras e rostos inchados deixavam claro o abatimento da maioria do elenco, mas o capitão fez questão de levantar o astral e olhar para frente.

Seguro do que o Flamengo pode fazer na reta final do Carioca, Wallace colocou a equipe acima dos rivais, mas não escondeu a frustração pela perda de um título que parecia fadado ao Rubro-Negro. Frustração que aflige, e muito, também o torcedor, e o zagueiro sabe que só o título do Carioca é capaz de recolocar as coisas no rumo certo.


Wallace Flamengo (Foto: Cahê Mota/GloboEsporte.com)
Capitão, Wallace concedeu entrevista após 
perda do título da Taça GB (Foto: 
Cahê Mota/GloboEsporte.com)


- Temos que saber que o esporte tem dessas coisas. Com todo o respeito ao Botafogo, e parabéns pelo título, nenhuma equipe jogou melhor que a gente. Estou falando isso sem demagogia ou querendo fazer média para minha equipe. Sou o mais sincero possível. Vi todas as equipes jogarem e nenhuma mudou tanto por obrigação e manteve o padrão de jogo. Claro que em algumas partidas jogamos um pouco menos ou mais, mas temos que pegar a frustração e encarar com naturalidade. Temos que ter a consciência de que fizemos muita coisa boa e estamos em um processo de construção. O torcedor sofre para caramba, é uma surpresa não termos conquistado o título, porque estava em nossas mãos, mas temos a oportunidade de ganhar o Carioca.

Wallace não acredita que o Flamengo tenha entrado em campo de salto alto contra o Nova Iguaçu por conta do abismo entre as duas equipes na tabela. Lamentando as chances desperdiçadas no Moacyrzão, o camisa 14 ressaltou que o Rubro-Negro teve campanha idêntica a do Botafogo e a derrota por 1 a 0 na fase de classificação acabou pesando.

- Acho que talvez não tenhamos sido incisivos no primeiro tempo, mas criamos inúmeras oportunidades. No segundo tempo, a partir dos 20 minutos, inconscientemente, sabendo o resultado do adversário, você acaba se lançando ao ataque de qualquer forma. É natural. 

Talvez, não tenha visto nenhum jogo nesse campeonato em que tenhamos criados tanto. Não acho que o gol sairia de qualquer forma, foi uma tranquilidade natural para não sair com pressa. O jogo que definiu para não ganharmos o título talvez não tenha sido o de ontem. Empatamos em todos os critérios com o Botafogo e um gol que sofremos fez a diferença.

Segundo colocado da Taça Guanabara, o Flamengo encara o Vasco, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela semifinal do Carioca. Dois empates colocam o time na decisão contra Botafogo ou Fluminense.



Efeitos da perda do título
- A melhor coisa do futebol é que domingo está aí, quarta-feira está aí... Não há muito tempo para lamentar. Lamentamos até 5h da manhã, que foi quando dormi, e agora é pensar no Vasco. Alguns lidam com a frustração mais fácil, outros com mais dificuldade, mas a equipe já demonstrou que tem maturidade.


Gols perdidos
- Quando você perde uma chance, outra, outra, vai entrando em desespero. Tive duas chances de cabecear e cabeceei mal, outros tiveram chances... Isso gera desespero, independentemente do resultado do Botafogo.


Clássico com o Vasco
- Vai ser um clássico equilibrado. Não vejo o fato dos resultados no meio de semana fazerem diferença. Em campo, não entra. O que temos que fazer é estudar o Vasco novamente, ver no que evoluíram e não permitir que tenham o sucesso que tiveram contra o Volta Redonda. Temos que ficar atentos aos detalhes, a Taça GB foi definida assim.


Retorno de Luxa
- O Vanderlei estar no banco era importantíssimo, mas não foi a falta dele que nos fez empatar o jogo. Não podemos achar desculpas nisso ou naquilo. Mas é o Vanderlei, tem muito peso. Vai ser importantíssima a presença no banco. É um cara que se impõe, todo mundo respeita, até o adversário. Não pelo Deivid, mas vocês entendem o que quero dizer.


Pressão nas finais
- No Flamengo, tudo é muito grande, as coisas têm proporção macro. A obrigação de ganhar é normal. Time que está acostumado a vencer tem que estar acostumado com esse tipo de cobrança. Há também uma cobrança interna. Quem não quer ser campeão? A externa é natural, mas também temos nossa pressão um com o outro. A derrota nos deixa com a luz muito mais acesa.


FONTE:
http://glo.bo/1JsYXyb

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