Em semana dos aniversários de Carol e Mayhara, cariocas fogem do "já ganhou" e querem dar classificação de presente. Sem pressão, mineiras tentam estragar a festa
Gabi é uma das armas de Bernardinho para encerrar a série semifinal (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)
A vantagem conquistada no último sábado e o currículo vitorioso da última década dão confiança ao time de Bernardinho. Tranquilidade, não. Afinal de contas, do outro lado da rede está um rival que endureceu os três primeiros sets no revés por 3 sets a 1.
O SporTV transmite a partida a partir das 21h30m (horário de Brasília). Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar tudo pelo SporTV Play.
- Acho que vai ser um jogo completamente diferente do primeiro, que foi um jogo de muitos erros, principalmente da equipe do Minas. Elas vão vir com tudo, já que é a última oportunidade que elas têm de ter o próximo jogo. As jogadoras mais experientes vão conversar com as mais novas ,que ainda não passaram pela experiência de jogar uma semifinal. Sabemos que temos que segurar esse entusiasmo delas - analisou Gabi.
Tradicional equipe do vôlei brasileiro, o Minas deposita sua esperança nas mãos das rodadas Waleska, Carol Gattaz, Mari Paraíba e, principalmente, da estrela Jaqueline. Sem abaixar a cabeça, elas planejam endurecer os sets e serem mais eficientes nos momentos finais, fator desequilibrante na derrota de sábado.
- É um jogo complicado, de vida ou morte, em que vamos ter que fazer tudo perfeitamente para tentar vencer e levar a série para o terceiro jogo, até porque a equipe do Rio de Janeiro está acostumada a jogar partidas decisivas, e o Bernardo sabe muito bem preparar suas equipes para esses tipos de jogos. Por outro lado, nós temos um time muito jovem, com algumas jogadoras que estão participando pela 1ª vez de uma semifinal e isso acaba pesando. Sabemos que esse lado emocional influencia, mas as jogadoras mais velhas vão sempre estar ajudando as mais novas - afirmou Jaque.
Jaqueline tentará de tudo para adiar a decisão
para o terceiro jogo (Foto:
Orlando Bento / Divulgação)
Favorito na série, o Rio mantém sua dose do antirrelaxamento para evitar uma surpresa indigesta de um adversário que veio para esta semifinal sem pressão, quase como um franco-atirador.
- Com certeza, a gente percebeu isso em vários momentos no primeiro jogo. Conseguíamos abrir certa vantagem, e elas vinham com tudo, não se desesperavam. Sabem dosar os momentos difíceis, e tenho certeza que vão tentar jogar essa pressão para cima da gente aqui dentro de casa - completou Gabi.
Recuperado física e psicologicamente, o Minas tem noção do tamanho da dificuldade que irá enfrentar num Tijuca, que promete estar lotado. Contudo, o técnico Marco Queiroga sabe, na teoria, como fazer para que suas comandadas não digam adeus nesta noite.
- A gente teve o desgaste físico e psicológico no primeiro jogo e a recuperação era nossa primeira preocupação. O Minas é clube tradicional e queremos colocá-lo de novo numa final. Não temos pressão e vamos jogar o mesmo vôlei de determinação, garra e alegria. O Rio, nas últimas 10 edições, foi finalista e, pela tradição e jogando dentro de casa, tem que assumir a condição de favorito. Precisamos melhorar nosso side out, nosso nível no bloqueio e defesa, quebrar o passe do Rio de Janeiro e saber aproveitar as oportunidades quando aparecerem. Não podemos criar fantasmas - declarou.
Assim como aconteceu com Fofão e Natália, o time carioca quer vencer no dia do aniversário de uma de suas atletas, desta vez, a central Mayhara, que completa 26 anos. E as comemorações não param por aí. Nesta quarta, também a meio de rede Carol fez 24 primaveras.
Presente atrasado. Aniversariante de quarta,
Carol quer vitória de presente
(Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)
- Já falamos que queremos de presente, e elas vão ter que se virar para nos dar esse presentão - "cobrou" Carol.
Melhor atacante da Superliga, Gabi elogia Naiane
- A Naiane conseguiu levar o Minas à semifinal, com 20 anos. Fico muito feliz, pois ela é a levantadora da minha geração, conversamos bastante, brinco com ela para não passar nenhuma bola de segunda em cima de mim. Acho que nesse ano ou em uns dois, ela possa ter uma oportunidade na seleção. Também tem a sub-23. É uma levantadora alta, que consegue jogar com uma pressão muito grande, com jogadoras mais velhas, numa Superliga que não é fácil, a primeira dela atuando como titular, e tem mostrado personalidade, fazendo boas jogadas, boas fintas. O Bernardo já a elogiou bastante, e tenho certeza de que terá um futuro brilhante. Torço pra ela, mas, nesta quinta-feira, vou querer ganhar - elogiou Gabi.
*Colaborou Marcello Pires
FONTE:
http://glo.bo/1NdPvEe
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