Goleiro, titular do Santos na última temporada, é apresentado no Palmeiras e se diz mais tranquilo com Oswaldo no comando: "Sabem o que eu posso render ou não"
Aranha tem contrato com o Palmeiras até o final deste ano (Foto: Rodrigo Faber)
O goleiro Aranha foi apresentado como jogador do Palmeiras
na manhã desta terça-feira, após treino realizado na Academia de Futebol. O
atleta assinou contrato até o fim deste ano e disputará vaga entre
os titulares com Fernando Prass, atual dono da meta alviverde. Em sua primeira
entrevista coletiva, Aranha minimizou um duelo particular com o colega, mas
admitiu que ficar na reserva não o deixará completamente satisfeito.
– Eu tenho que ser bem sincero e dizer que não é uma
situação das mais felizes deixar de ser titular e ficar na reserva, porque você
faz todo o trabalho e na hora do filé você fica assistindo. Temos de respeitar
a decisão do treinador. Eu joguei no Ecus, de Suzano, no Sumaré, na quinta
divisão... Eu não olhava para os times grandes e pensava que iria só se fosse
titular. Eu preciso trabalhar como todo mundo aqui. Se o meu melhor me levar à condição
de titular, ótimo. Senão, quem não gostaria de estar na minha situação? A
grande maioria está sofrendo com falta de estrutura e salário. Tenho de olhar
para trás e ver o que já passei. Quanta gente está lutando para ter uma oportunidade
maravilhosa como essa – argumentou.
Indicado pelo técnico Oswaldo de Oliveira, Aranha comemorou o
fato de ser novamente comandado pelo treinador, com quem trabalhou no Santos.
Ele acredita que não começará o trabalho da “estaca zero” justamente pelo fato
de já ter a confiança necessária caso surja uma chance entre os titulares.
– Com o Oswaldo, com o Oscar (Rodriguez), preparador de
goleiros, eu não começo do zero. Mesmo só treinando e não participando dos
jogos, eles me conhecem atuando. Eles sabem o que posso render ou não. Não começo
do zero. Isso pesa bastante – completou.
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No último sábado, após a vitória por 3 a 1 sobre o Audax, Fernando Prass se irritou ao ser questionado sobre a contratação de Aranha. O goleiro disse que “não comentaria todo jogador que acertasse com o clube”. Em entrevista coletiva na semana passada, o atual titular não se mostrou à vontade com a possível chegada do concorrente, dizendo que a avaliação cabia à diretoria.
Aranha, por sua vez,
apontou que um dos motivos que o fizeram querer deixar o Santos, além
dos atrasos nos salários, era o fato de que a diretoria alvinegra não
escondia o fato de que buscava um outro atleta para a posição. O jogador
foi à Justiça e, na última semana, aceitou um acordo para rescindir com
o clube do litoral.
Ele é o quinto goleiro à disposição de Oswaldo no
Palmeiras. Além dele e de Prass, o técnico também conta com Jailson, Fabio e
Vinícius Silvestre. Um desses deve ser emprestado, já que o comandante
planeja trabalhar com quatro atletas para a posição.
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