sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Contra-ataque: Celso Barros pretende apoiar oposição e voltar em 2017

Apesar do fim da parceria entre Unimed e Flu, presidente da cooperativa de médicos tem desejo de voltar a patrocinar o clube. Mandato de Peter dura até o fim de 2016


Por
Rio de Janeiro


Celso Barros comemora o título do Fluminense (Foto: Ricardo Ayres / Photocamera)
Celso Barros na comemoração do tetra
campeonato brasileiro de 2012: desejo 
de voltar ao Flu em 2017 
(Foto: Ricardo Ayres 
/ Photocamera)


Celso Barros deixou o Fluminense, mas o Fluminense ainda não deixou Celso Barros. O presidente da Unimed usou o tom apaziguador após o anúncio do fim da parceria da empresa com o clube na última quarta-feira. Mas a paciência com o mandatário tricolor Peter Siemsen se esgotou. A resposta pode vir na próxima eleição, no fim de 2016. Ele não pretende se candidatar. O desejo é apoiar alguém de confiança e voltar a ser patrocinador. 

– Celso agora está na trincheira, mas prepara o contra-ataque – disse uma pessoa próxima a Celso Barros.

Alguns nomes começam a surgir como possíveis candidatos. O ex-vice de futebol Sandro Lima pode compor uma possível chapa. E Deley, derrotado por Siemsen na última eleição, é outro nome ventilado.

– (risos) Eu estou ouvindo isso, mas está muito longe 2016, não acha? – disse Deley, por telefone.

O projeto ainda é embrionário. A insatisfação com Siemsen, não. Além dos problemas financeiros que a Unimed vive, Celso teve como principal propulsor para a rescisão de contrato o relacionamento pouco amigável dos últimos meses. O contrato terminaria em 2016, mas com opção de rompimento, ele fez uso do direito para finalizar a parceria de 15 anos. Logo em seguida, a Viton44 foi anunciada como nova patrocinadora master pelo valor de R$ 14 milhões - o contrato é válido até o fim 2016, justamente quando será realizado o próximo pleito.

O que mais chateava Celso era a mudança de postura de Peter. O médico se incomodava com a posição do presidente do Flu em alguns casos. A indecisão sobre a contratação de Renato Gaúcho no fim do ano passado deixou claro o ruído de comunicação. 



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– Na verdade, fui surpreendido ontem, com uma conversa do Peter e do Tenório (Ricardo, vice de futebol). Fui contrário à demissão do Renato por que achava importante passar a partida do Horizonte. Ele saiu da reunião sem nenhuma decisão. Compete a ele a decisão. Achei estranho e covarde é ele ter ido embora e, na madrugada, dizer que o Renato não é técnico do Flu. Não estou discutindo a saída do Renato. Estou levantando a forma como foi feito isso. Foi um ato de covardia e desrespeito ao patrocinador. Enfim, nós estamos nesta situação. Desejo que o Cristóvão vá bem, como torcedor do Flu. É uma relação complicada. Isso desestimula a Unimed a manter este tipo de patrocínio. Nossa situação é que vamos apenas cumprir o contrato até o final do ano – disse Celso Barros em abril, pouco depois da demissão de Renato Gaúcho como técnico.

O problema se estendeu. A relação ficou pior. Celso preferiu sair.

- O maior problema ali foi relacionamento. Eu sabia – garante Deley.

A opção de ser presidente não passa pela cabeça de Celso Barros. Sua intenção é apoiar alguém para que possa voltar a patrocinar e, assim, injetar novamente dinheiro no clube. Se 2016 ainda está distante, as intenções parecem cada vez mais claras e reais.  



FONTE:
http://glo.bo/1Gvb8r6

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