Surfista desembarca aos gritos de "é campeão" no aeroporto de Guarulhos e polícia precisa montar esquema de segurança especial para conter o tumulto
A expressão de espanto de Gabriel Medina ao ver a recepção que o esperava no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na tarde desta terça-feira, deixava claro: a ficha, enfim, estava caindo. Após o título mundial, no Havaí, o jovem de 21 anos dizia que ainda não tinha noção do tamanho de seu feito, mas o tumulto e a festa o trouxeram para a realidade. Deram a dimensão. O primeiro brasileiro campeão do mundo de surfe chegou ao saguão de desembarque com o troféu em mãos e, aos gritos de "é campeão", logo recebeu uma bandeira do Brasil. Ele seguiu para um hotel com sua família, em um carro particular.
Medina beija o troféu no saguão de desembarque
em Guarulhos (Foto: Marcelo Zambrana/
Agif/Agência Estado)
Com sorriso largo, Medina exibe orgulhoso oTroféu(Foto:MarceloZambrana/Agif/Agêna Estado)
Mesmo com um corredor exclusivo para a passagem do jovem surfista, além de policiamento reforçado, a presença de Medina causou muita correria e confusão no local. Além dos fãs, muitos profissionais da imprensa estavam a postos aguardando a chegada dele. Gabriel, no entanto, não parou para falar com os jornalistas. Foi praticamente empurrado até o carro com sua família. Sua irmã mais nova, Sophia, chegou a se assustar com a multidão.
Do aeroporto Medina seguiu para um hotel em São Paulo, onde concederá entrevista coletiva às 19h, com transmissão ao vivo do GloboEsporte.com. Ainda nesta quarta-feira, o paulista segue para sua cidade, Maresias, onde receberá uma série de homenagens da população e das autoridades locais.
Mesmo com segurança, Medina e a família foram
cercados pela multidão (Foto: Amanda Kestelman)
Fãs e profissionais da imprensa atrás de uma
foto de Gabriel Medina
(Foto: Amanda Kestelman)
Dentre os principais surfistas do país, o primeiro a aparecer na área comum do aeroporto foi Alejo Muniz, responsável pelas eliminações tanto de Kelly Slater quanto de Mick Fanning, únicos que poderiam tirar a conquista das mãos de Medina. Mesmo fora da elite em 2015, já que não recebeu um dos convites da ASP, Alejo teve seu feito reconhecido pela torcida, que o aplaudiu muito na chegada a São Paulo.
- Acho que é emocionante mais por ver um amigo meu alcançar um sonho que todos nós temos desde criancinha. Ver alguém tão próximo alcançar isso e fazer parte dessa história, para mim é uma honra. Queria ficar aqui para ficar batendo palma para ele, mas tenho que correr para pegar a conexão para Floripa. Ele falou que vai passar lá em casa em Bombinhas também, vai vamos ter tempo para comemorar. A festa aqui é do Gabriel - disse Alejo.
Alejo desembarca minutos antes de
Medina e lamenta não poder assistir
à recepção do amigo (Foto:
Amanda Kestelman)
Fãs com bandeira personalizada aguardavam a chegada de Medina (Foto: Amanda Kestelman)
Alguns fãs de Gabriel que foram até o aeroporto tinham até mesmo uma bandeira personalizada com o nome do surfista em mãos. Também adeptos do esporte, os jovens Vitor Valentino e Pedro Viera eram alguns dos mais empolgados e tiraram fotos com os familiares de Medina.
- Sou muito fã. Respeito muito o que ele fez pelo surfe e sempre acompanho. Agora com a vitória dele, muda para o Brasil. O esporte vai ser reconhecido - disse Vitor.
Teve torcedor, inclusive, que faltou ao trabalho para participar da recepção. Giovani Matos, de 18 anos, confessou ter dado uma ''fugida'' para ver o ídolo de perto.
- Sou muito fã dele. Quero tirar foto com ele. Quando vemos pela TV parece que nem é de verdade. Você ver assim é fenomenal, estou até tremendo- disse Giovani.
As crianças também marcaram presença na festa. Direto de Ubatuba, os irmãos Matheus, de nove anos, e David, de quatro, foram levados ao aeroporto pelo pai, Anderson, após um pergunta inusitada. Ansiosos, eles vestiam as cores do Brasil.
- Eles já pegam onda em Ubatuba. Foi engraçado. Porque o pequeno perguntou se o Medina existia. Por isso, trouxe para ele ver que é de verdade. Apesar do tumulto, ele conseguiu ver - disse o pai dos meninos.
O pequeno Davi (direita), de quatro anos, estava
na dúvida se Medina era mesmo "de verdade"
(Foto: Amanda Kestelman)
Medina sagrou-se campeão do WCT em 2014 na última sexta-feira. Líder do circuito mundial, ele fez sua própria parte e chegou à final, perdendo o título da etapa de Pipeline para o aussie Julian Wilson por 19,63 a 19,20. O caneco, no entanto, já estava garantido com as eliminações precoces dos principais adversários no Havaí.
FONTE:
http://glo.bo/1CvLYer
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