Agora musa da areia, Mari Paraíba quer conquistar espaço: 'Muito treino'

Beldade do vôlei faz balanço positivo da estreia na praia e intensifica rotina de treinamentos para consolidar carreira na nova modalidade

Por Túlio Moreira Rio de Janeiro

 

Mari Paraíba ainda se adapta aos jogos na areia
(Foto: Divulgação)

 

A agitação e o barulho dos ginásios deram lugar à serenidade da areia, mas um detalhe permanece intacto na vida de Mari Paraíba. Assim que a partida termina, a musa do vôlei é cercada por dezenas de admiradores, que fazem questão de garantir fotos e autógrafos da jogadora. A beldade de 27 anos já está acostumada ao assédio da legião de fãs, que a acompanham desde o tempo das quadras. Ainda em adaptação para jogar na praia, a atleta comemora a estreia oficial na modalidade e intensifica a rotina de treinos para se aperfeiçoar no novo cenário.

- A estreia foi como eu e todos os que fazem parte da comissão técnica planejávamos. Tudo é muito novo e a primeira competição sempre gera muita ansiedade e nervosismo. Comecei tudo do zero novamente, mas fui me soltando e melhorando o desempenho com o decorrer dos jogos. Minha meta é evoluir e crescer como jogadora de vôlei de praia, melhorar os fundamentos e, pensando lá na frente, chegar ao nível das melhores. Isso requer tempo e vou me dedicar. É preciso ter paciência para que meu crescimento venha. Ainda tenho que melhorar muita coisa, me acostumar à nova realidade - avalia a musa.

Após pouco mais de cinco meses de treinamentos para se habituar à areia, Mari estreou em uma exibição de quartetos em Manaus, em junho. Ao lado de Natasha Valente, Bruno e Fábio Luiz, a bela venceu o time argentino por 2 sets a 1. A primeira partida em uma competição oficial aconteceu em Sobral, no Ceará. Novamente acompanhada por Natasha, a musa chegou até as quartas de final da última etapa do Circuito Sul-Americano. A participação da jogadora terminou com duas vitórias e duas derrotas. A dupla foi eliminada pelas argentinas Gallay e Klug, por 2 sets a 0.

Na estreia em uma competição oficial, a musa chegou às quartas de final (Foto: Luiz Queiroz/CBV)

 

A areia exige mais do físico da atleta, que ainda está se adaptando à nova realidade. Quando Mari está no Rio de Janeiro, a rotina é marcada por treinos na Escola de Educação Física do Exército (Esefex), na Urca, de segunda a sexta - às vezes até aos sábados. A agenda ainda inclui viagens frequentes a Saquarema, onde faz um trabalho com as atletas da seleção brasileira. Por causa de um problema crônico no joelho esquerdo, que a impossibilitou de disputar as semifinais da Superliga pelo Minas no ano passado, a beldade fez um fortalecimento físico e aumentou a massa muscular, para evitar uma nova lesão.

- Fiz um trabalho todo voltado para meu joelho e não precisei operar. Talvez o fato de a areia ter muito menos impacto que a quadra tenha feito com que essas dores sumissem. Por outro lado, a areia realmente exige muito mais do físico. Na verdade, até hoje meu corpo está se adaptando. Estou começando a jogar agora e normalmente são dois jogos por dia. O desgaste é imenso, mas meus treinadores estão fazendo um trabalho muito bom na parte física e, aos poucos, meu corpo está suportando os desgastes - conta Mari.

A beldade  quer conquistar espaço no vôlei de
praia nacional (Foto: Isabella Pina)

 

Após as inúmeras vitórias e títulos conquistados no vôlei, a musa teve uma rápida passagem pelo mundo artístico. Mari estampou a capa de uma revista masculina, fez diversos ensaios fotográficos e se tornou presença constante em programas de televisão. A bela garante que não ficou deslumbrada com o universo das celebridades e revela que a melhor coisa desse período foi conhecer alguns de seus ídolos do show business:

- Minha incursão foi rápida. Aproveitei o momento que tive, mas é um mundo muito diferente do meu. O que mais me encantou foi conhecer pessoas como Jô Soares e Silvio Santos, entre tantos outros artistas que sempre tive vontade de conhecer. Não fiquei deslumbrada com nada e curti esse o momento que surgiu na minha vida - diz a bela jogadora.

Ao retomar os treinos, a beldade de 1,80m garante que está disposta a conquistar seu espaço nas areias. Enquanto não define os próximos passos de sua carreira no vôlei de praia, Mari Paraíba lembra com carinho de sua trajetória nas quadras e ressalta a importância que o esporte teve em sua formação pessoal. A bela também é rápida ao apontar o que mais sente falta daquele tempo:

- O que sinto mais falta é daquela barulheira toda nos treinos, um monte de mulheres juntas. Na areia não existe essa agitação, é tudo mais silencioso. Minha carreira na quadra foi ótima. Tudo o que sou hoje, a pessoa que me tornei, os aprendizados, o amadurecimento: devo tudo a esses anos que passei na quadra e fora de casa. O esporte faz você amadurecer muito rápido, você tem que ficar longe de casa, da família, e enfrentar tudo sozinha não é fácil. Por mais que os pais procurem estar sempre presentes, não é a mesma coisa de quando moramos com eles, ao nosso lado a todo momento. Tive oportunidades muito boas, de jogar ao lado de grandes jogadoras, técnicos, aprender um pouco com cada uma delas e deles. Isso levarei por toda a minha vida - reflete Mari

Durante os treinos no Rio, a bela exibe a ótima forma física (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)

 

O convite para jogar na praia veio por meio do Projeto Renovação, da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). O objetivo do programa é atrair atletas altas que estejam dispostas a migrar para a modalidade outdoor. No projeto, Mari Paraíba tem a companhia de Fernanda Berti, que fez a transição entre os dois ambientes e também treina na Urca.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/07/agora-musa-da-areia-mari-paraiba-quer-conquistar-espaco-muito-treino.html