Jonathan Tehau faz história pela seleção taitiana fora da Oceania, e nem a goleada incomoda. Thiago Silva é o ladrão de bolas; Hulk, quem mais erra passe
Jonathan Tehau comemora o gol histórico do Taiti:
o primeiro feito fora da Oceania (Foto: Agência Efe)
o primeiro feito fora da Oceania (Foto: Agência Efe)
Com um elenco amador (só o meia Vahirua é profissional), o Taiti voltou a ganhar destaque após conquistar o inesperado título da Copa da Oceania. Claro, desta vez com um feito bem menos ambicioso: sem chances de classificação para a Copa do Mundo, a seleção faz as suas primeiras partidas fora da Oceania, e o objetivo, citado pelo próprio técnico Eddy Etaeta, não era arrancar pontos dos adversários. Era algo bem mais simples: marcar um gol. E quando o zagueiro Jonathan Tehau cabeceou para o fundo da rede do goleiro da Nigéria, aos nove minutos do segundo tempo, a festa tomou conta dos taitianos. E do Mineirão. Pouco importou a goleada sofrida por 6 a 1, pois a meta é desfrutar o momento, mesmo que a equipe ainda tenha Uruguai e Espanha pela frente.
Além de Jonathan Tehau, a rodada inaugural da Copa das Confederações destacou os craques de outras seleções como candidatos a heróis. No Brasil, Neymar fez um golaço que abriu o caminho para a vitória por 3 a 0 sobre o Japão, no Mané Garrincha, e findou um jejum de nove jogos em branco. Na Espanha, Fàbregas foi garçom, e Iniesta orquestrou o time que teve 71% de posse de bola no triunfo por 2 a 1 sobre o Uruguai, na Arena Pernambuco.
A Celeste, apesar da derrota, teve o brilho individual de Luis Suárez numa bela cobrança de falta para descontar. Gol de falta, aliás, que consagrou o centésimo jogo de Pirlo pela Itália. No Maracanã, a Azzurra também contou com o brilho de Balotelli. O atacante garantiu o 2 a 1 sobre o México e foi das vaias aos aplausos. Do lado mexicano, Chicharito deixou a sua marca de pênalti. E na Nigéria, Oduamadi aproveitou a fragilidade do Taiti para marcar três vezes, assumindo a artilharia das Confederações.
Fora de campo, o campeonato não passou imune à onda de protestos que acontece em várias cidades do Brasil. Em dias de jogos, manifestações tomaram conta de ruas no entorno dos estádios. Dentro do Mané Garrincha, na abertura da competição, a revolta do povo transformou-se em vaia à presidente da República, Dilma Rousseff, e ao mandatário da Fifa, Joseph Blatter.
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Enquanto as atenções dos nigerianos estavam voltadas para Vahirua, o único jogador profissional do Taiti, foi um desconhecido zagueiro o personagem da partida. Jonathan Tehau subiu bonito na segunda trave para fazer, de cabeça, o primeiro gol de sua seleção fora da Oceania. Mas nem só de glórias vivem os heróis. Minutos depois, o defensor também jogou contra o próprio patrimônio, "marcando" o quarto gol da vitória da Nigéria por 6 a 1, no Mineirão.
Neymar levou três minutos para responder as críticas que vinha recebendo às vésperas da Copa das Confederações. Com um chute que atingiu 89km/h, o atacante mandou a bola no ângulo do goleiro Kawashima, do Japão, e abriu caminho para a tranquila vitória do Brasil por 3 a 0, no Mané Garrincha. O gol ainda quebrou um jejum de nove partidas do craque sem balançar a rede: dois jogos pela Seleção e sete pelo Santos - seu último clube antes de ser vendido ao Barcelona, da Espanha.
Na fila de jogadores, ainda no túnel de acesso ao gramado do Maracanã, o árbitro chileno Enrique Osses foi surpreendido por um pedido inusitado de Buffon. O goleiro italiano esqueceu suas luvas no vestiário, só se dando conta de que estava de mãos abanando momentos antes de entrar em campo. Resultado, teve que correr para buscar o acessório. Mas o "desgaste" não atrapalhou, e a Azzurra venceu o México por 2 a 1.
Samin, goleiro titular do Taiti também teve o seu momento no jogo contra a Nigéria. Só que mais para o lado negativo do que positivo. Ele até fez algumas boas defesas em saídas corajosas nos pés dos adversários, mas sofreu com os rápidos atacantes nigerianos e sua defesa inocente nas linhas de impedimento. Foi vazado seis vezes na goleada por 6 a 1 no Mineirão. E para piorar, falhou feio no terceiro gol ao tentar encaixar a bola e soltá-la nos pés de Oduamadi.
O árbitro chileno Enrique Osses não costuma marcar falta a qualquer contato físico, mas relaxou na vitória da Itália sobre o México por 2 a 1, no Maracanã. O juiz recebeu reclamações de Chicharito, Balotelli e Pirlo, todos protestando por infrações ignoradas pelo homem do apito. Mas a mais grave delas foi com o experiente meia italiano, que fintou o marcador na área e foi derrubado por dois, um pela frente, e outro por trás. Pênalti que só Osses não viu.
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