A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
Foi do jeito que o palmeirense se acostumou a ver em 2013. Luta,
correria e superação. Em uma partida de baixo nível técnico, o Palmeiras
passou por cima de todos os seus problemas para vencer na estreia na
Série B do Campeonato Brasileiro. Da cabeça de Tiago Real (1,72m de
altura) saiu o gol da suada vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, neste
sábado, no estádio Novelli Júnior, em Itu.
O jogo foi ruim, com atuações dignas de dois times que naufragaram na elite em 2012. Verdão e Dragão, dois candidatos ao acesso, deram o tom do que será a Segundona: muita garra, pouca técnica. O Palmeiras correu como sempre, errou em demasia, mas não desistiu até conseguir a vantagem mínima.
A decepção foi o púbico - apenas 4.612 torcedores pagaram ingressos (caros), entre R$ 60 e R$ 200 (renda de R$ 182.850,00). A principal organizada do clube nem entrou no estádio, em protesto. E o Verdão ainda fará mais três jogos em Itu, em virtude da suspensão imposta pelo STJD após a confusão criada pela torcida em duelo contra o Botafogo, em Araraquara, pelo Brasileirão do ano passado.
O Palmeiras volta a jogar na próxima terça-feira, contra o ASA, às 21h50m, em Arapiraca. O Atlético-GO pega o Joinville, no mesmo dia e horário, em Goiânia.
Baixo nível técnico
Quatro minutos. Nada mais que isso. Foi o que Palmeiras e Atlético-GO jogaram de futebol no sofrível primeiro tempo em Itu. Nos outros 41, houve de tudo: passes errados, cruzamentos que assustaram repórteres e cinegrafistas posicionados atrás das metas, reclamações com a arbitragem, trombadas, chutes tortos e...nada de gol.
O Verdão começou a partida em ritmo acelerado, dando impressão de que abriria vantagem rapidamente. Faltou aquilo que a torcida e o técnico Gilson Kleina estão cansados de saber: qualidade. Kleber, que veste a camisa 9 de um centroavante, poderia usar a 3, de um zagueiro, ao tirar uma chance clara da cabeça de Tiago Real.
O passar do tempo enervou a pequena torcida alviverde presente no Novelli Júnior e fez o time se desesperar. Tiago Real, o único na armação, sumiu. O time dependeu então da velocidade dos laterais Ayrton e Juninho para furar o bloqueio goiano. Em vão. Leandro, outro apagado em campo, e Kleber, de novo, desperdiçaram as últimas oportunidades.
Por sorte, o Dragão seguiu o rendimento paulista. Mais preocupado em se defender do que atacar, o time do Centro-Oeste pouco perigo levou ao goleiro Bruno com o trio ofensivo formado por João Paulo, William Barbio e Ricardo Jesus.
Verdão marca e vence
O segundo tempo só não começou pior para os palmeirenses graças a um jogador que vive uma relação de amor e ódio – muito mais ódio – com a torcida. Após falha de marcação da defesa, Bruno defendeu com os pés um chute cara a cara de William Barbio quase na pequena e impediu o gol dos visitantes.
A insistência do Verdão pelas laterais, enfim, deu resultado, aos seis. Enquanto a defesa do Dragão se preocupou com o grandalhão Kleber, o baixinho Tiago Real apareceu livre para aproveitar belo cruzamento de Ayrton pela direita e cabecear no canto esquerdo de Márcio. Pouco depois, o goleiro ainda fez ótima defesa em chute cruzado de Leandro.
A necessidade de reagir fez o Atlético-GO abandonar a postura mais cautelosa e se abrir. O time, porém, sentiu a falta de mais qualidade ofensiva para pressionar o adversário. Melhor para o Palmeiras, que passou a apostar nos contra-ataques com Maikon Leite, escalado no lugar de Leandro.
Em um deles, Maikon Leite avançou em velocidade pela direita e carimbou a trave em chute cruzado. Os minutos finais foram de angústia para os alviverdes. O Dragão arriscou tudo. Não que fosse muito, mas o suficiente para manter a torcida apreensiva até o apito final. Vitória verde no sufoco. Mais uma.
O jogo foi ruim, com atuações dignas de dois times que naufragaram na elite em 2012. Verdão e Dragão, dois candidatos ao acesso, deram o tom do que será a Segundona: muita garra, pouca técnica. O Palmeiras correu como sempre, errou em demasia, mas não desistiu até conseguir a vantagem mínima.
A decepção foi o púbico - apenas 4.612 torcedores pagaram ingressos (caros), entre R$ 60 e R$ 200 (renda de R$ 182.850,00). A principal organizada do clube nem entrou no estádio, em protesto. E o Verdão ainda fará mais três jogos em Itu, em virtude da suspensão imposta pelo STJD após a confusão criada pela torcida em duelo contra o Botafogo, em Araraquara, pelo Brasileirão do ano passado.
O Palmeiras volta a jogar na próxima terça-feira, contra o ASA, às 21h50m, em Arapiraca. O Atlético-GO pega o Joinville, no mesmo dia e horário, em Goiânia.
Jogadores do Palmeiras festejam o gol de Tiago Real (Foto: André Montejano / Ag. Estado)
Baixo nível técnico
Quatro minutos. Nada mais que isso. Foi o que Palmeiras e Atlético-GO jogaram de futebol no sofrível primeiro tempo em Itu. Nos outros 41, houve de tudo: passes errados, cruzamentos que assustaram repórteres e cinegrafistas posicionados atrás das metas, reclamações com a arbitragem, trombadas, chutes tortos e...nada de gol.
O Verdão começou a partida em ritmo acelerado, dando impressão de que abriria vantagem rapidamente. Faltou aquilo que a torcida e o técnico Gilson Kleina estão cansados de saber: qualidade. Kleber, que veste a camisa 9 de um centroavante, poderia usar a 3, de um zagueiro, ao tirar uma chance clara da cabeça de Tiago Real.
O passar do tempo enervou a pequena torcida alviverde presente no Novelli Júnior e fez o time se desesperar. Tiago Real, o único na armação, sumiu. O time dependeu então da velocidade dos laterais Ayrton e Juninho para furar o bloqueio goiano. Em vão. Leandro, outro apagado em campo, e Kleber, de novo, desperdiçaram as últimas oportunidades.
Por sorte, o Dragão seguiu o rendimento paulista. Mais preocupado em se defender do que atacar, o time do Centro-Oeste pouco perigo levou ao goleiro Bruno com o trio ofensivo formado por João Paulo, William Barbio e Ricardo Jesus.
Verdão marca e vence
O segundo tempo só não começou pior para os palmeirenses graças a um jogador que vive uma relação de amor e ódio – muito mais ódio – com a torcida. Após falha de marcação da defesa, Bruno defendeu com os pés um chute cara a cara de William Barbio quase na pequena e impediu o gol dos visitantes.
A insistência do Verdão pelas laterais, enfim, deu resultado, aos seis. Enquanto a defesa do Dragão se preocupou com o grandalhão Kleber, o baixinho Tiago Real apareceu livre para aproveitar belo cruzamento de Ayrton pela direita e cabecear no canto esquerdo de Márcio. Pouco depois, o goleiro ainda fez ótima defesa em chute cruzado de Leandro.
A necessidade de reagir fez o Atlético-GO abandonar a postura mais cautelosa e se abrir. O time, porém, sentiu a falta de mais qualidade ofensiva para pressionar o adversário. Melhor para o Palmeiras, que passou a apostar nos contra-ataques com Maikon Leite, escalado no lugar de Leandro.
Em um deles, Maikon Leite avançou em velocidade pela direita e carimbou a trave em chute cruzado. Os minutos finais foram de angústia para os alviverdes. O Dragão arriscou tudo. Não que fosse muito, mas o suficiente para manter a torcida apreensiva até o apito final. Vitória verde no sufoco. Mais uma.
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