terça-feira, 23 de abril de 2013

Grêmio joga mal, bate São Luiz nos pênaltis e decide semi fora de casa

Após fraco empate sem gols na Arena, equipe de Luxa acerta todas as cobranças e enfrenta o Juventude para ir à decisão da Taça Farroupilha


 A CRÔNICA

por Hector Werlang

O Grêmio repetiu a tônica de 2013. Na noite desta segunda-feira, o time de Vanderlei Luxemburgo não jogou bem, teve enormes dificuldades para atacar, correu riscos na defesa e até foi vaiado por parte da torcida. Neste contexto, após o 0 a 0 no tempo normal, precisou da decisão nos pênaltis para superar o São Luiz por 5 a 3, na Arena, e avançar à semifinal do segundo turno do Campeonato Gaúcho.

Ao empatar nos 90 minutos, perdeu a melhor campanha em relação ao Juventude, seu rival de sábado. Assim, enfrentará o Alviverde no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, por uma vaga na decisão da Taça Farroupilha. A outra semi é composta por Internacional e Veranópolis e será disputada no domingo, na mesma cidade da Serra.

guilherme biteco grêmio são luiz gauchão arena (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Guilherme Biteco converteu o último pênalti(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Jogo sonolento

Não fosse Oliveira, o capítulo à parte de um jogo sem emoção, Grêmio e São Luiz teriam feito um primeiro tempo de envergonhar o futebol. Ao cobrar quatro tiros de meta para fora, em sequência, o goleiro adversário provocou risos e vaias da torcida: tirou a mesmice dos talvez piores primeiros 45 minutos do campeonato. Não houve sequer um chute a gol. Um drible. Um passe. Nem normal, muito menos brilhante. Sobraram empenho e iniciativa, porém, insuficientes para evitar o sono.


Quem não dormiu pôde presenciar apenas dois lances merecedores de destaque. Aos 28 minutos, Bressan derrubou Juba. O time do Interior pediu pênalti. O primeiro erro de Anderson Daronco. O da Capital, aos 37, quase teve a oportunidade de finalizar com Barcos, em sobra de escanteio, na pequena área, mas Chicão afastou o perigo.

A se destacar: o Grêmio não contou com Werley, André Santos, Fernando, Elano, Marco Antonio, Elano, Vargas e Welliton. O São Luiz não tinha desfalques.

Faltou competência

O segundo tempo deu pinta de que seria diferente. Logo aos três minutos, Yuri Mamute, que entrara na vaga de Fábio Aurélio, apareceu livre no ataque, mas foi derrubado por Thiago Costa. Daronco se equivocou de novo: não assinalou a infração. Quatro minutos depois, Barcos protagonizou, de cabeça, a primeira jogada tramada da equipe. Zé Roberto cruzou, o centroavante finalizou, mas Oliveira cedeu escanteio.

A série de tentativas prosseguiu aos 11. Em grande jogada pela esquerda, Washington passou por dois tricolores e chutou cruzado. A bola passou perto, assustou Dida. Parou por aí. A falta de criatividade, a morosidade em atacar e a troca de passes improdutiva voltaram a pautar o Grêmio. O São Luiz, priorizando a marcação, se mantinha inviolável. Até que um lance...

Aos 17, Thiago Costa fez falta no meio de campo em Kleber. Desnecessária. Como já tinha amarelo, foi expulso. O que poderia desequilibrar, não aconteceu. O São Luiz continuou marcando bem. O Grêmio foi incompetente. Não soube aproveitar a vantagem numérica. Assustou na base do abafa. Aos 31, após cruzamento de Biteco, Mamute escorou, e Kleber bateu para marcar. Mas Marcel afastou de cabeça, quase em cima da linha. Ainda deu tempo para uma série de cruzamentos. Todos cortados pela defesa ou pelo goleiro. E a decisão foi para os pênaltis.

Zé Roberto abriu a série de cobranças, colocando com categoria. Washington deslocou Dida na sequência. Depois, Kleber bateu rasteiro e fez 2 a 1. Danilo Baia isolou, deixando o Grêmio em vantagem. Barcos abriu 3 a 1. Marcel deu sobrevida ao São Luiz. Mas Alex Telles, com canhão de esquerda, aplicou 4 a 2.

Se Juba errasse, dava Tricolor. Mas Juba não errou, chutou na gaveta. Coube ao jovem Guilherme Biteco classificar o Grêmio, menos de uma semana depois de o Tricolor arrancar uma classificação literalmente brigada às oitavas de final.


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