A CRÔNICA
por
Felippe Costa
Caio, marcado de perto, tenta dominar a bola no }
jogo contra o Boavista (Foto: Satiro Sodré/Agif)
jogo contra o Boavista (Foto: Satiro Sodré/Agif)
Apenas 703 torcedores pagaram ingresso para assistir à partida no estádio do Vasco (1295 presentes).
A equipe de Oswaldo de Oliveira termina a primeira fase da Taça Rio na segunda posição do Grupo A com 18 pontos, atrás do Flamengo, que venceu o Americano por 3 a 1, chegou a 21 e se manteve na ponta. Com os resultados, o Botafogo enfrentará o Bangu, primeiro colocado do Grupo B, na semifinal. O jogo será no sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. Flamengo e Vasco fazem a outra semi, domingo, também no estádio João Havelange.
Traves balançam dos dois lados
O Botafogo entrou em campo com a nova camisa branca, com uma listra preta no peito. A ideia do marketing alvinegro é que o time utilize os outros dois modelos recentemente lançados nos próximos compromissos. Já classificado, Oswaldo de Oliveira optou por poupar alguns titulares, como Elkeson, Andrezinho e Antônio Carlos. Os dois primeiros começaram no banco, ao lado de Maicosuel, recuperado de lesão, e o zagueiro não foi relacionado. Formados na base alvinegra, o lateral-esquerdo Renan Lemos e o volante Jadson iniciaram a partida.
O Glorioso teve sua primeira chance de gol logo com um minuto. Caio avançou e foi derrubado no bico da grande área. Na cobrança de falta, o zagueiro Brinner apareceu livre para cabecear. A bola passou raspando a trave do Boavista. O forte calor, porém, fez a partida começar cadenciada.
Apesar da maior posse de bola do Botafogo, o Boavista marcava forte e apostava nos contra-ataques. Em um deles, Fabricio recebeu na entrada da área e arriscou. A bola explodiu no travessão de Jefferson, que só ficou observando. O Bota respondeu na mesma moeda. Fabio Ferreira aproveitou cruzamento e cabeceou na trave.
Durante os treinos da semana, Oswaldo fez questão de pedir atenção com o artilheiro Somália, muito forte nas bolas aéreas. A preocupação era justificada. O grandalhão recebeu belo passe na grande área e, de cabeça, tentou encobrir Jefferson, que se esticou todo para defender.
O Botafogo dominava o jogo, mas corria riscos, principalmente após jogadas de um ex-atleta do clube, Tony, o principal articulador do Boavista. Ele levava vantagem sobre a marcação de Renato e Jadson. Loco Abreu mal pegava na bola. Com isso, a torcida começou a cobrar.
O ritmo da partida caiu na parte final da primeira etapa. O Boavista já começava a equilibrar a posse de bola, mas nenhuma equipe chegava com muito perigo.
Loco Abreu e a maldição dos pênaltis
Mal começou a etapa final, os torcedores do Botafogo começaram a reclamar, principalmente dos laterais, que não chegavam muito pela linha de fundo. Porém, as vaias foram substituídas pelo grito de gol logo em seguida. Após uma cobrança de falta, Caio se antecipou aos zagueiros e abriu o placar aos oito minutos.
Mesmo na frente, o Botafogo mostrou que queria mais. Maicosuel deu mais movimentação ao time e, mesmo quase um mês ausente, não aparentava falta de ritmo. Felipe Menezes, por outro lado, não estava bem.
Aos 24, Renan Lemos avançou pela ponta, entrou na área e foi derrubado: pênalti. Os jogadores do Boavista correram em direção ao árbitro Leonardo de Castro Moreira para reclamar. Loco Abreu foi para a cobrança e bateu no meio do gol. O goleiro Thiago ficou parado e defendeu (veja no vídeo acima). Nas últimas seis oportunidades da marca da cal, o uruguaio perdeu cinco.
Para piorar, o castigo veio logo em seguida. Lenny, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou um rebote da zaga do Botafogo e empatou. O lance deixou os torcedores revoltados. O time sentiu o golpe e não demonstrou poder de reação. Sem criar chances efetivas de desempatar, o Alvinegro ouviu vaias de sua torcida depois do apito final.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2012/15-04-2012/boavista-botafogo.html
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