Após fratura cervical na estreia dos Jogos Pan-Americanos, ponteira da seleção se mostra animada, mas chora ao falar da família e do apoio dos fãs
Quando caiu em quadra, Jaqueline temeu pelo pior. O formigamento no
corpo inteiro a deixou por instantes com braços e pernas endurecidos,
com movimentos mínimos e um desespero sem tamanho. Nesta terça, três
dias depois de se chocar com Fabi na estreia da seleção nos Jogos
Pan-Americanos e ter uma fratura cervical,
a ponteira entrou no auditório do hospital Real San José, em
Guadalajara, com um sorriso de alívio no rosto, apesar do incômodo colar
no pescoço. Em alguns momentos, liberou o choro, ao falar da família e
agradecer o apoio dos fãs. Nos últimos anos, superou, sem se abater, uma
trombose na mão direita, uma punição por doping, três cirurgias nos
joelhos e uma gravidez interrompida. Agora, tem como única certeza uma
nova volta por cima.
- A palavra exata é força. Aprendi isso desde a minha infância, com minha família. Passamos por diversas dificuldades e conseguimos reverter. Mas uma coisa que vou conseguir é mostrar para as pessoas que não se pode desistir jamais. Sou lutadora. Como gosto de dizer, sou brasileira e não desisto nunca. Vou fazer de tudo para me recuperar rapidamente. Vocês podem ter certeza de que eu vou voltar dando show.
Jaqueline afirma que, depois de tantos problemas, aprendeu a lidar com
os sustos. O novo baque, segundo ela, é apenas mais uma etapa a ser
superada.
- Fico muito feliz em saber que recebo tanto carinho. Na hora do choque, foi uma sensação que nunca tinha sentido. Fiquei com o corpo dormente. Quando eu acordei e vi que as pessoas estavam preocupadas, fiquei mais nervosa. Minha preocupação maior foi por não sentir tão bem as pernas e os braços, por causa do formigamento. Mas fui me tranquilizando. Não me faltou nada nesse momento e isso me deixou muito bem. Estou supertranquila. Quero passar para minha família que estou bem – afirmou a jogadora, entre lágrimas.
Acompanhada pelos médicos Júlio Nardelli, da seleção, e João Grangeiro, do Comitê Olímpico Brasileiro, Jaqueline ouviu a previsão de que deve ficar entre quatro a seis semanas com o colar. Nesta terça, passou por novos exames de revisão, sem nenhuma alteração em seu quadro de saúde. A volta às quadras, no entanto, ainda é uma incógnita.
- A gente vive de etapas. Primeira etapa, com colar, vai ser de quatro a
seis semanas. Nesse tipo de trauma, não tem uma data fixa. Pode ser que
volte antes, talvez depois. Esse ano ela volta a jogar, com certeza.
Mas, nessas semanas, ela tem de ficar de repouso, sem atividades
físicas. Ela, como atleta, vai ter uma recuperação mais rápida, mas não
temos prazo. Mas o colar é o que ela tem de usar para se recuperar
direitinho e por completo. Ela está se adaptando muito bem. Mas é
inconveniente, incomoda – afirmou Nardelli.
Fora de mais um Pan, Jaqueline diz não se abater. Em suas previsões, afirma que suas companheiras de seleção subirão ao pódio em Guadalajara e que também terá feito parte da conquista.
- Com certeza, é triste. Tem pouco tempo que eu retornei à seleção. Mas vou ficar torcendo. A minha torcida vai ser grande. Vai ser difícil, mas eu creio que essa equipe vai lutar por essa medalha de ouro.
Após a notícia de que estava tudo bem com Jaqueline, Zé Roberto afirmou que ainda tinha esperanças de contar com a jogadora na Copa do Mundo, em novembro, no Japão. Ela, no entanto, reconhece que só deve voltar à equipe no ano que vem.
- Zé é uma pessoa que não desiste fácil. Até o último momento, que disserem que eu tenho chances, vai falar para eu tentar. Quando perdi o bebê, ele sempre ficou comigo, me apoiou para que eu voltasse logo e eu voltei muito bem. Ele fala isso pela confiança que tem em mim. E quando eu voltar, vou estar fortalecida.
Apesar da falta de lugares nos voos, o problema foi contornado pelo COB, e Jaqueline retornará ao país nesta terça-feira. Acompanhada de um representante da entidade, a ponteira fará conexão em Houston, tendo São Paulo como destino final. Por enquanto, Jaqueline só pensa em tranquilizar a família e os fãs.
- Eu estou muito bem.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/entre-sorrisos-e-lagrimas-jaqueline-garante-vou-voltar-dando-show.html
- A palavra exata é força. Aprendi isso desde a minha infância, com minha família. Passamos por diversas dificuldades e conseguimos reverter. Mas uma coisa que vou conseguir é mostrar para as pessoas que não se pode desistir jamais. Sou lutadora. Como gosto de dizer, sou brasileira e não desisto nunca. Vou fazer de tudo para me recuperar rapidamente. Vocês podem ter certeza de que eu vou voltar dando show.
Jaqueline mostrou confiança em um retorno rápido às quadras (Foto: Vipcomm)
- Fico muito feliz em saber que recebo tanto carinho. Na hora do choque, foi uma sensação que nunca tinha sentido. Fiquei com o corpo dormente. Quando eu acordei e vi que as pessoas estavam preocupadas, fiquei mais nervosa. Minha preocupação maior foi por não sentir tão bem as pernas e os braços, por causa do formigamento. Mas fui me tranquilizando. Não me faltou nada nesse momento e isso me deixou muito bem. Estou supertranquila. Quero passar para minha família que estou bem – afirmou a jogadora, entre lágrimas.
Acompanhada pelos médicos Júlio Nardelli, da seleção, e João Grangeiro, do Comitê Olímpico Brasileiro, Jaqueline ouviu a previsão de que deve ficar entre quatro a seis semanas com o colar. Nesta terça, passou por novos exames de revisão, sem nenhuma alteração em seu quadro de saúde. A volta às quadras, no entanto, ainda é uma incógnita.
Jaqueline diz que ficará na torcida pela seleção
no Pan (Foto: Vipcomm)
no Pan (Foto: Vipcomm)
Fora de mais um Pan, Jaqueline diz não se abater. Em suas previsões, afirma que suas companheiras de seleção subirão ao pódio em Guadalajara e que também terá feito parte da conquista.
- Com certeza, é triste. Tem pouco tempo que eu retornei à seleção. Mas vou ficar torcendo. A minha torcida vai ser grande. Vai ser difícil, mas eu creio que essa equipe vai lutar por essa medalha de ouro.
Após a notícia de que estava tudo bem com Jaqueline, Zé Roberto afirmou que ainda tinha esperanças de contar com a jogadora na Copa do Mundo, em novembro, no Japão. Ela, no entanto, reconhece que só deve voltar à equipe no ano que vem.
- Zé é uma pessoa que não desiste fácil. Até o último momento, que disserem que eu tenho chances, vai falar para eu tentar. Quando perdi o bebê, ele sempre ficou comigo, me apoiou para que eu voltasse logo e eu voltei muito bem. Ele fala isso pela confiança que tem em mim. E quando eu voltar, vou estar fortalecida.
Apesar da falta de lugares nos voos, o problema foi contornado pelo COB, e Jaqueline retornará ao país nesta terça-feira. Acompanhada de um representante da entidade, a ponteira fará conexão em Houston, tendo São Paulo como destino final. Por enquanto, Jaqueline só pensa em tranquilizar a família e os fãs.
- Eu estou muito bem.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/entre-sorrisos-e-lagrimas-jaqueline-garante-vou-voltar-dando-show.html
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