Em Macaé, Atlético-PR faz 2 a 1, encerra série de cinco jogos sem vitória e ganha ar contra a degola. Cariocas perdem a quarta seguida e deixam G-4
O torcedor do Fluminense tem arrepios quando lembra de Joffre Guerrón.
Em 2008, o equatoriano foi protagonista da LDU na final da Libertadores
da América e calou um Maracanã abarrotado de tricolores. Na época, os
rubro-negros gostaram. A partir deste domingo, também vão pensar nele
com desgosto. Com uma assistência para Heracles e um golaço, "La
Dinamita" decidiu a partida para o Atlético-PR contra o Flamengo, em
Macaé, na 23ª rodada do Brasileirão. A vitória por 2 a 1 - Welinton
descontou - ainda não foi suficiente para tirar o Furacão da zona de
rebaixamento, mas serve de alento. A equipe de Antônio Lopes chega aos
22 pontos e sobe da vice-lanterna para a 18ª posição. E mais: quebra uma
sequência de cinco jogos sem conquistar três pontos.
A crise chega de uma vez por todas ao Flamengo. Apesar de alguns resultados favoráveis na rodada, o time de Vanderlei Luxemburgo continua estacionado nos 36 pontos, cai para o sexto lugar e deixa a zona de classificação para a Libertadores. Agora, são oito partidas sem vitória no Nacional (cinco derrotas e três empates). O Fla não perdia quatro jogos seguidos na competição desde julho de 2006, quando foi superado por Paraná (1 x 4), Vasco (0 x 1), Santa Cruz (0 x 3) e Atlético-PR (0 x 1).
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Botafogo, no Engenhão, às 16h. No mesmo horário, o Atlético-PR recebe o Figueirense na Arena da Baixada, em Curitiba.
Fla faz pressão, Furacão faz gol
Time grande joga como time grande. Não há razão para ser diferente. Aquele Flamengo acuado que se viu contra o Corinthians, quase pequenino, não entrou no campo do Moacyrzão. Desde a saída de bola, jogou para frente, fez pressão. Sobre os ombros dos jogadores, quilos de um sequência chata de sete partidas sem vitória (quatro derrotas e três empates). Os rubro-negros cariocas tiveram iniciativa. Dentro e fora de campo. A torcida pediu a plenos pulmões por Renato numa cobrança de falta de longe. O camisa 11 atendeu, disparou a bomba de esquerda e fez o travessão de Renan Rocha tremer.
Renan Rocha. Foi ele o jogador mais participativo do Atlético-PR no primeiro tempo. Mau sinal. A equipe de Antônio Lopes, que briga para sair da zona de rebaixamento, se encolheu, quase não passou do meio-campo. Um abismo separava volantes e armadores da dupla de ataque formada por Guerrón e Rodriguinho. Com exceção de algumas investidas tímidas, o Furacão nem brisa fez na primeira meia hora.
Foi um Flamengo com pontos positivos e negativos. De volta, Alex Silva
deu mais segurança para a retaguarda, falou o tempo todo com o Welinton,
vaiado desde o anúncio da escalação no sistema de som do estádio. Léo
Moura e Junior Cesar apoiaram mais, foram à linha de fundo. No meio,
Renato e Thiago Neves se apresentaram, mas erraram muitos passes. Na
frente, Deivid teve algumas chances, mas concluiu mal. Mesmo sem ser
brilhante, Ronaldinho esteve perigoso. O camisa 10 criou pelo menos
quatro boas oportunidades. Ora parou no bom Renan Rocha, ora errou o
alvo.
A pressão não virou resultado, o ritmo diminuiu, e o Atlético-PR aproveitou. Mais solto, o time aos pouquinhos entrou no campo do Fla, foi chegando, chegando, e marcou. Aos 39, o equatoriano Guerrón fez bonita jogada pela esquerda, disparou, deixando Willians na saudade, e deu um passe rasteiro para Heracles completar. Felipe nada conseguiu fazer.
A torcida não deixou de apoiar, berrou, pediu a virada. Sem a resposta imediata, passou a gritar pelo atacante Jael. Com o fim do primeiro tempo e a desvantagem no placar, vaiou enquanto a equipe caminhava para o intervalo.
Guerrón, 'La Dinamita', decideVanderlei Luxemburgo tornou o Flamengo mais ofensivo para o segundo tempo. Muralha e Deivid saíram, e Negueba e Jael entraram. Antônio Lopes também mexeu. Trocou Rodriguinho por Adaílton. Mas não houve sequer tempo de ver o resultado das mudanças. Antes do primeiro minuto de jogo, com 38 segundos, Guerrón ganhou dividida de Welinton e tocou por cima de Felipe: 2 a 0 Furacão.
Pressionado pela torcida e pela urgência da reação, o Flamengou se jogou para o ataque sem qualquer organização. Aberto pela direita, Negueba pedalou, encarou a marcação, mas não conseguia concluir as jogadas. Os cruzamentos que buscavam Jael, Ronaldinho e Thiago Neves na área de nada adiantavam. O camisa 7, aliás, vive fase muito ruim. A queda de rendimento é assustadora, e a sorte também anda passeando por aí. Aos 19, Ronaldinho cobrou escanteio, Thiago cabeceou com força, e Deivid, do Furacão, salvou sobre a linha também com a cabeça.
R10 correu, se esforçou, mas repetiu a atuação discreta que teve contra o Corinthians e não brilhou. Luxa ainda tentou mais uma alternativa. Sacou Junior Cesar, deslocou Renato para a lateral esquerda e lançou Diego Maurício na linha de frente. Ronaldinho Gaúcho passou a jogar um pocuo mais recuado, na armação.
O Furacão se preocupou apenas em defender. Principalmente depois que Guerrón, protagonista do time no jogo, foi expulso. Após falta dura em Willians, ele recebeu o segundo cartão amarelo e rumou para o vestiário mais cedo.
Na base do abafa, o Flamengo conseguiu diminuir. Vaiado durante todo o jogo, especialmente depois do segundo gol do Atlético, Welinton aproveitou rebote de um escanteio dentro da área e disparou com força, aos 39. Antes de chegar no zagueiro, a bola foi ajeitada com a mão por Diego Maurício. Com o 2 a 1, o time de Luxa atacou com todo mundo e foi empurrado pela torcida. A equipe criou uma série de chances na base do desespero, enlouqueceu os torcedores, mas não conseguiu derrubar a retranca paranaense. Da batalha dos aflitos, o Furacão sai um pouco mais tranquilo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/09/pura-dinamite-guerron-da-passe-faz-gol-e-expulso-e-furacao-bate-o-fla.html
A crise chega de uma vez por todas ao Flamengo. Apesar de alguns resultados favoráveis na rodada, o time de Vanderlei Luxemburgo continua estacionado nos 36 pontos, cai para o sexto lugar e deixa a zona de classificação para a Libertadores. Agora, são oito partidas sem vitória no Nacional (cinco derrotas e três empates). O Fla não perdia quatro jogos seguidos na competição desde julho de 2006, quando foi superado por Paraná (1 x 4), Vasco (0 x 1), Santa Cruz (0 x 3) e Atlético-PR (0 x 1).
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Botafogo, no Engenhão, às 16h. No mesmo horário, o Atlético-PR recebe o Figueirense na Arena da Baixada, em Curitiba.
Fla faz pressão, Furacão faz gol
Time grande joga como time grande. Não há razão para ser diferente. Aquele Flamengo acuado que se viu contra o Corinthians, quase pequenino, não entrou no campo do Moacyrzão. Desde a saída de bola, jogou para frente, fez pressão. Sobre os ombros dos jogadores, quilos de um sequência chata de sete partidas sem vitória (quatro derrotas e três empates). Os rubro-negros cariocas tiveram iniciativa. Dentro e fora de campo. A torcida pediu a plenos pulmões por Renato numa cobrança de falta de longe. O camisa 11 atendeu, disparou a bomba de esquerda e fez o travessão de Renan Rocha tremer.
Renan Rocha. Foi ele o jogador mais participativo do Atlético-PR no primeiro tempo. Mau sinal. A equipe de Antônio Lopes, que briga para sair da zona de rebaixamento, se encolheu, quase não passou do meio-campo. Um abismo separava volantes e armadores da dupla de ataque formada por Guerrón e Rodriguinho. Com exceção de algumas investidas tímidas, o Furacão nem brisa fez na primeira meia hora.
Ronaldinho Gaúcho tenta, em vão, comandar reação do Fla na derrota para Furacão (Foto: Ag. Estado)
A pressão não virou resultado, o ritmo diminuiu, e o Atlético-PR aproveitou. Mais solto, o time aos pouquinhos entrou no campo do Fla, foi chegando, chegando, e marcou. Aos 39, o equatoriano Guerrón fez bonita jogada pela esquerda, disparou, deixando Willians na saudade, e deu um passe rasteiro para Heracles completar. Felipe nada conseguiu fazer.
A torcida não deixou de apoiar, berrou, pediu a virada. Sem a resposta imediata, passou a gritar pelo atacante Jael. Com o fim do primeiro tempo e a desvantagem no placar, vaiou enquanto a equipe caminhava para o intervalo.
Guerrón, 'La Dinamita', decideVanderlei Luxemburgo tornou o Flamengo mais ofensivo para o segundo tempo. Muralha e Deivid saíram, e Negueba e Jael entraram. Antônio Lopes também mexeu. Trocou Rodriguinho por Adaílton. Mas não houve sequer tempo de ver o resultado das mudanças. Antes do primeiro minuto de jogo, com 38 segundos, Guerrón ganhou dividida de Welinton e tocou por cima de Felipe: 2 a 0 Furacão.
Pressionado pela torcida e pela urgência da reação, o Flamengou se jogou para o ataque sem qualquer organização. Aberto pela direita, Negueba pedalou, encarou a marcação, mas não conseguia concluir as jogadas. Os cruzamentos que buscavam Jael, Ronaldinho e Thiago Neves na área de nada adiantavam. O camisa 7, aliás, vive fase muito ruim. A queda de rendimento é assustadora, e a sorte também anda passeando por aí. Aos 19, Ronaldinho cobrou escanteio, Thiago cabeceou com força, e Deivid, do Furacão, salvou sobre a linha também com a cabeça.
R10 correu, se esforçou, mas repetiu a atuação discreta que teve contra o Corinthians e não brilhou. Luxa ainda tentou mais uma alternativa. Sacou Junior Cesar, deslocou Renato para a lateral esquerda e lançou Diego Maurício na linha de frente. Ronaldinho Gaúcho passou a jogar um pocuo mais recuado, na armação.
O Furacão se preocupou apenas em defender. Principalmente depois que Guerrón, protagonista do time no jogo, foi expulso. Após falta dura em Willians, ele recebeu o segundo cartão amarelo e rumou para o vestiário mais cedo.
Na base do abafa, o Flamengo conseguiu diminuir. Vaiado durante todo o jogo, especialmente depois do segundo gol do Atlético, Welinton aproveitou rebote de um escanteio dentro da área e disparou com força, aos 39. Antes de chegar no zagueiro, a bola foi ajeitada com a mão por Diego Maurício. Com o 2 a 1, o time de Luxa atacou com todo mundo e foi empurrado pela torcida. A equipe criou uma série de chances na base do desespero, enlouqueceu os torcedores, mas não conseguiu derrubar a retranca paranaense. Da batalha dos aflitos, o Furacão sai um pouco mais tranquilo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/09/pura-dinamite-guerron-da-passe-faz-gol-e-expulso-e-furacao-bate-o-fla.html
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