Corinthians faz 2 a 0 no Rio e alcança a nona vitória em dez partidas do Brasileirão. Glorioso continua fora do G-4, e torcida pede Cuca
Pode chamar o próximo da fila. O próximo candidato a tentar bater o
Corinthians no Brasileirão. Nesta quarta-feira, em jogo que marcou a
estreia do volante Renato com a camisa do Botafogo, o líder manteve a
rotina de vitórias e superou o Glorioso por 2 a 0, gols de Liedson e
Paulinho. A equipe do técnico Tite chega à nona vitória em dez partidas
no campeonato. Agora, soma 28 pontos e abre sete para o São Paulo, o
segundo colocado.
No castigado gramado de São Januário, que foi camuflado com uma mistura de areia e tinta verde, o Botafogo demonstrou fibra e mais volume de jogo, mas se deixou envolver pela frieza do rival, que apostou na marcação forte e nos contra-ataques. A torcida chiou com alguns jogadores. O meia Maicosuel, por exemplo, foi substituído na etapa final e saiu vaiado. Já o técnico Caio Júnior ouviu pedidos por Cuca, que já trabalhou no clube e está desempregado desde a saída do Cruzeiro. O time continua fora do G-4: é o sexto, com 16 pontos. Foi apenas a segunda derrota da equipe na competição, a primeira em casa, mas o Alvinegro não vence há três jogos.
O Timão iguala um recorde que pertencia justamente ao Botafogo. Em
2007, o Glorioso ficou dez jogos sem perder, melhor início de campeonato
desde que o torneio passou a ser disputado por pontos corridos.
O Bota volta a jogar no próximo sábado, contra o Atlético-PR, em Curitiba, às 18h30m. No dia seguinte, o Corinthians recebe o Cruzeiro, às 16h, no Pacaembu.
Bota fica mais tempo com a bola, e Timão faz gol
Caio pisou no gramado de São Januário, tomou o lado direito do ataque do Botafogo para si e por lá ficou. Contra um, dois e até três marcadores, ele não se intimidou. Sempre que recebia a bola, partia em velocidade até a linha de fundo para tentar descolar um cruzamento. Fez isso por mais de uma vez, levou perigo, mas no fim trombava em Leandro Castán ou Fábio Santos.
Weldinho fez o mesmo pela lateral direita do Corinthians. Ele soube tirar proveito dos espaços deixados por Lucas Zen, volante improvisado na lateral, e foi figura constante nos avanços do Timão. Apesar de ter menos posse de bola, a equipe de Tite soube controlar a partida. Marcação firme e contra-ataque perigoso. Assim os corintianos assustaram. Os volantes Ralf e Paulinho se aproximavam de Danilo, William, Jorge Henrique e Liedson na frente. Os três últimos, aliás, investiram na movimentação para fugir dos marcadores.
Além de lançar Caio bem aberto pela direita, o técnico Caio Júnior apostou em Elkeson e Maicosuel pela esquerda, e Herrera mais adiantado. Mas foi com o moicano-rastafari Fábio Ferreira que o time conseguiu chegar pela primeira vez, só aos 20 minutos. Após cobrança de escanteio pela direita, a bola sobrou para o zagueiro na área, e o chute forte passou perto do travessão. Estreante da noite, o volante Renato correu, se esforçou, mas não foi além de uma boa inversão de jogo e uma cobrança de falta muito ruim.
Na base do estilo brigador, Herrera criou a melhor chance do Botafogo, aos 40. O argentino disparou até a entrada da área e bateu firme de pé esquerdo. A bola acertou a trave do goleiro Julio César, que chegara atrasado no lance. No minuto seguinte, o Bota reclamou de um pênalti. Caio acreditou na disputa de bola com Fábio Santos na linha de fundo e ganhou. Caído no gramado, o lateral esticou o braço e derrubou o atacante no limite da área. O árbitro André Luiz de Freitas Castro nada marcou.
O mesmo Fábio Santos deu o passe para o gol de Liedson, aos 43. Jorge Henrique abriu na esquerda para o lateral, ele disparou pela avenida deixada por Alessandro e cruzou no pé do camisa 9: quinto gol dele no Brasileirão.
Corinthians suporta a pressão e amplia
Não foi o Botafogo que a torcida esperava no segundo tempo. Muito pelo contrário. Em desvantagem, o time criou pouco. Apesar da vontade, Caio, Elkeson e Maicosuel voltaram sem inspiração e foram bem marcados. O Mago, por exemplo, ouviu algumas vaias nas vezes que não conseguiu superar os adversários com dribles e arrancadas. Herrera não passou de uma figura esforçada.
Com a frieza que tem marcado a campanha quase perfeita, o líder do Brasileirão foi sempre mais perigoso. William e Weldinho tiveram boas chances de ampliar. Na melhor delas, aos 26, o atacante buscou o ângulo de Jefferson. De volta depois de servir a Seleção Brasileira na Copa América, o camisa 1 saltou bonito para espalmar.
Caio Júnior fez as três alterações do Botafogo num curto espaço de tempo. Ele lançou o estrante Alexandre Oliveira no lugar de Caio, tirou Lucas Zen da lateral esquerda e colocou Márcio Azevedo e trocou Maicosuel por Thiago Galhardo. Ao deixar o campo, o camisa 7 ouviu mais vaias. O Alvinegro melhorou e criou algumas boas chances, inclusive na bola parada. Aos 33, Alexandre Oliveira recebeu cruzamento na área e, sozinho, mergulhou para cabecear na trave. No rebote, Fábio Ferreira isolou.
Tite também mudou. O técnico colocou Emerson no lugar de Jorge Henrique, Alex no de William e Edenilson na vaga de Liedson. A equipe, que havia perdido a força no contra-ataque, só voltou a assustar aos 38. Alex deixou Emerson na cara do gol, ele encobriu Jefferson, mas a bola tocou no travessão. Quase um golaço do Sheik.
Ainda havia tempo para um susto e mais um gol. Aos 41, o goleiro Julio César machucou o dedo mínimo da mão esquerda em uma defesa simples. Ao se levantar para a reposição de bola, pediu atendimento médico. Quando tirou a luva, se desesperou com o dedo mínimo da mão esquerda torto. Naquele momento, Tite não poderia mais fazer mudanças, e o camisa 1 continuou em campo. Aos 48, o golpe de misericórdia. Edenilson chutou forte, e Paulinho aproveitou o rebote de Jefferson para fazer o segundo. Quem segura o Corinthians?
No castigado gramado de São Januário, que foi camuflado com uma mistura de areia e tinta verde, o Botafogo demonstrou fibra e mais volume de jogo, mas se deixou envolver pela frieza do rival, que apostou na marcação forte e nos contra-ataques. A torcida chiou com alguns jogadores. O meia Maicosuel, por exemplo, foi substituído na etapa final e saiu vaiado. Já o técnico Caio Júnior ouviu pedidos por Cuca, que já trabalhou no clube e está desempregado desde a saída do Cruzeiro. O time continua fora do G-4: é o sexto, com 16 pontos. Foi apenas a segunda derrota da equipe na competição, a primeira em casa, mas o Alvinegro não vence há três jogos.
Liedson comemora o quinto gol dele no Brasileiro com Fábio Santos (Foto: Ag. Estado)
O Bota volta a jogar no próximo sábado, contra o Atlético-PR, em Curitiba, às 18h30m. No dia seguinte, o Corinthians recebe o Cruzeiro, às 16h, no Pacaembu.
Bota fica mais tempo com a bola, e Timão faz gol
Caio pisou no gramado de São Januário, tomou o lado direito do ataque do Botafogo para si e por lá ficou. Contra um, dois e até três marcadores, ele não se intimidou. Sempre que recebia a bola, partia em velocidade até a linha de fundo para tentar descolar um cruzamento. Fez isso por mais de uma vez, levou perigo, mas no fim trombava em Leandro Castán ou Fábio Santos.
Weldinho fez o mesmo pela lateral direita do Corinthians. Ele soube tirar proveito dos espaços deixados por Lucas Zen, volante improvisado na lateral, e foi figura constante nos avanços do Timão. Apesar de ter menos posse de bola, a equipe de Tite soube controlar a partida. Marcação firme e contra-ataque perigoso. Assim os corintianos assustaram. Os volantes Ralf e Paulinho se aproximavam de Danilo, William, Jorge Henrique e Liedson na frente. Os três últimos, aliás, investiram na movimentação para fugir dos marcadores.
Além de lançar Caio bem aberto pela direita, o técnico Caio Júnior apostou em Elkeson e Maicosuel pela esquerda, e Herrera mais adiantado. Mas foi com o moicano-rastafari Fábio Ferreira que o time conseguiu chegar pela primeira vez, só aos 20 minutos. Após cobrança de escanteio pela direita, a bola sobrou para o zagueiro na área, e o chute forte passou perto do travessão. Estreante da noite, o volante Renato correu, se esforçou, mas não foi além de uma boa inversão de jogo e uma cobrança de falta muito ruim.
Na base do estilo brigador, Herrera criou a melhor chance do Botafogo, aos 40. O argentino disparou até a entrada da área e bateu firme de pé esquerdo. A bola acertou a trave do goleiro Julio César, que chegara atrasado no lance. No minuto seguinte, o Bota reclamou de um pênalti. Caio acreditou na disputa de bola com Fábio Santos na linha de fundo e ganhou. Caído no gramado, o lateral esticou o braço e derrubou o atacante no limite da área. O árbitro André Luiz de Freitas Castro nada marcou.
O mesmo Fábio Santos deu o passe para o gol de Liedson, aos 43. Jorge Henrique abriu na esquerda para o lateral, ele disparou pela avenida deixada por Alessandro e cruzou no pé do camisa 9: quinto gol dele no Brasileirão.
Corinthians suporta a pressão e amplia
Não foi o Botafogo que a torcida esperava no segundo tempo. Muito pelo contrário. Em desvantagem, o time criou pouco. Apesar da vontade, Caio, Elkeson e Maicosuel voltaram sem inspiração e foram bem marcados. O Mago, por exemplo, ouviu algumas vaias nas vezes que não conseguiu superar os adversários com dribles e arrancadas. Herrera não passou de uma figura esforçada.
Com a frieza que tem marcado a campanha quase perfeita, o líder do Brasileirão foi sempre mais perigoso. William e Weldinho tiveram boas chances de ampliar. Na melhor delas, aos 26, o atacante buscou o ângulo de Jefferson. De volta depois de servir a Seleção Brasileira na Copa América, o camisa 1 saltou bonito para espalmar.
Caio Júnior fez as três alterações do Botafogo num curto espaço de tempo. Ele lançou o estrante Alexandre Oliveira no lugar de Caio, tirou Lucas Zen da lateral esquerda e colocou Márcio Azevedo e trocou Maicosuel por Thiago Galhardo. Ao deixar o campo, o camisa 7 ouviu mais vaias. O Alvinegro melhorou e criou algumas boas chances, inclusive na bola parada. Aos 33, Alexandre Oliveira recebeu cruzamento na área e, sozinho, mergulhou para cabecear na trave. No rebote, Fábio Ferreira isolou.
Tite também mudou. O técnico colocou Emerson no lugar de Jorge Henrique, Alex no de William e Edenilson na vaga de Liedson. A equipe, que havia perdido a força no contra-ataque, só voltou a assustar aos 38. Alex deixou Emerson na cara do gol, ele encobriu Jefferson, mas a bola tocou no travessão. Quase um golaço do Sheik.
Ainda havia tempo para um susto e mais um gol. Aos 41, o goleiro Julio César machucou o dedo mínimo da mão esquerda em uma defesa simples. Ao se levantar para a reposição de bola, pediu atendimento médico. Quando tirou a luva, se desesperou com o dedo mínimo da mão esquerda torto. Naquele momento, Tite não poderia mais fazer mudanças, e o camisa 1 continuou em campo. Aos 48, o golpe de misericórdia. Edenilson chutou forte, e Paulinho aproveitou o rebote de Jefferson para fazer o segundo. Quem segura o Corinthians?
Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Lucas Zen (Márcio Azevedo); Marcelo Mattos, Renato, Elkeson e Maicosuel (Thiago Galhardo); Caio (Alexandre Oliveira) e Herrera. | Julio César, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique (Emerson), William (Alex) e Liedson (Edenilson). |
Técnico: Caio Júnior. | Técnico: Tite. |
Gols: Liedson, aos 43 do primeiro tempo. Paulinho, aos 48 do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Herrera (Botafogo); Liedson e Fábio Santos (Corinthians). | |
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro. Data: 20/07/2011. Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO). Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Pasos Sorence (GO). Público pagante: 8.128. Renda: R$ 135.010,00. FONTE: http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2011/20-07-2011/botafogo-corinthians.html |
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